A situação da saúde pública em nossa cidade não é muito - TopicsExpress



          

A situação da saúde pública em nossa cidade não é muito diferente do resto do Brasil. Falta principalmente vontade política para resolver o problema. Habitualmente, não há verba suficiente para a saúde, entretanto, quando esta existe é corroída por dois tipos de cupins insaciáveis: a má gestão e a ingerência política. Em Salto, estância turística, o município é obrigado a aplicar perto de 30% do orçamento geral na saúde. O Sistema Único de Saúde - SUS, responsável pela integralidade das ações de saúde no serviço público, é igual à nossa Constituição de 1988, no papel é perfeito. Mas, na realidade, é uma utopia. Como o SUS não dispõe de uma estrutura para suprir o atendimento à população, utiliza-se da rede privada para complementar, o que é perfeitamente lícito e constitucional. Muitas vezes sai até mais barato terceirizar do que montar um serviço próprio. Mas, aí, aparecem puristas das mais diversas tribos a dizer que o SUS não pode se contaminar utilizando os serviços da rede privada. Os representantes dessas entidades deveriam ter atendimento exclusivo pelo SUS, pois, sentindo na pele as dificuldades poderiam até ajudar a resolvê-las. O que vemos hoje é que perto de 60% da população de Salto possui algum plano de saúde para suprir a deficiência do sistema público. Isso pode parecer até bom, mas esconde um problema muito sério. Ou seja, o Poder Público não consegue-se atender os outros 40% da população com um sistema de atendimento ao menos satisfatório. Falta de profissionais, baixos salários, incompetência, má gestão são os fatores que levam a isso. Terceiriza-se então a saúde para somente encher o bolso de empresas privadas sem nenhumaa contrapartida de bom atendimento. Entrega-se parte do hospital municipal ao estado, regionalizando-se um atendimento, dividindo-o com mais outras 11 cidades, sem ao menos elaborar um estudo de impacto social sobre isso. Vereadores que deveriam fiscalizar e denunciar o sistema, dizem “amém” pois utilizam o que resta de dignidade na Saúde Pública para angariar votos para si próprios. Estão mais preocupados em furar filas de agendamento médico ou direcionar remédios do que fiscalizar. E a má gestão na Saúde Pública não consegue romper esse círculo vicioso! Os pobres, aqueles que realmente precisam, os que não podem pagar planos e seguros, são as únicas vítimas da iniqüidade dos nossos governantes, completamente alheios ao sofrimento da população, torrando dinheiro com obras desnecessárias como a ciclovia e projetos sem a menor lógica. Concluo afirmando o que disse no começo: o caos na saúde pública se deve à falta de vontade política para resolver o problema. Por má gestão ou por ingerência política. angelodomingosnucci.blogspot.br/p/saude-publica.html
Posted on: Mon, 10 Jun 2013 23:39:59 +0000

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