ABRAÃO – O PONTO INICIAL DO PLANO DE DEUS Por Mario L. P. Dalmao Parte 1ª. Para poder salvar à raça humana, Deus colocou em ação seu Plano que foi traçado e planejado desde antes da Criação. Cabe perguntar-se por que Deus escolheu a Abraão e se esse foi o único caminho. Adão poderia tê-lo começado, mas o grupo dos salvos foi muito pequeno, embora eles fossem o germe da linhagem espiritual da qual Abraão formava parte. Adão gerou muitíssimos filhos (calculo mais de 300), mas dois deles são fundamentais porque determinam as duas linhas espirituais pelas quais nasceria toda a raça humana: 1) a dos que crêem e obedecem a Deus (Abel) e 2) dos que não crêem nem obedecem a Deus (Caim). O nome dos obedientes está em Gênesis 5 e eles não eram os únicos que criam senão que eram os líderes, os encarregados de transmitir a Palavra, ensina-la e pratica-la ao pequeno grupo dos obedientes. É comum ouvir a Pastores e a teólogos que antes do Sinai não havia nada para obedecer e que Deus só fez conhecer seus mandamentos nesse lugar e momento. Mas não é isso o que a Bíblia ensina. Sabe quando o “Evangelho” começou a ser anunciado? Com Jesus! Você responderá. Mas Adão foi o primeiro a ouvi-lo! Ele foi o protagonista do grande desastre. Foi como ter visto a queda das Torres Gêmeas. Ele viveu o momento em que foi expulso do seu fantástico Reino e viu quando Satanás se assentou no seu trono. Viu sua glória apagar-se, seu corpo ficar nu e seus delicados pés se espetaram nos espinhos. A primeira idéia que deve ter passado pela sua cabeça foi: Será que isto tem conserto? Haverá uma maneira de restaurar o Paraíso? SIM!!! Mas não seria ele que o restauraria nem tampouco nos seus dias. A possibilidade de o homem fracassar foi considerada por Deus ANTES QUE O MUNDO EXISTISSE!!!! E o próprio Deus lho anunciou a Adão: “até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás”. Como toda profecia, ela tem um duplo sentido. Adão morrerá e se tornará pó, porque ele é terra e voltará a formar parte dela. Mas por outro lado, ele está saindo do Paraíso de onde ele foi tomado por Satanás, então Deus o anima dizendo-lhe que ele voltará ao lugar de onde está saindo. O Evangelho é justamente isso – a restauração do Paraíso novamente por meio do Senhor Jesus Cristo quem fará a obra que primeiramente lhe foi assinada a Adão. Ele deveria transformar toda a Terra num Paraíso e ter originado toda uma raça humana batizada com Espírito Santo e 100% obediente à Palavra de Deus. Como poderiam ser obedientes à Palavra se Deus não a tinha anunciado? Para a maioria dos teólogos a Adão não lhe foi dada nenhuma lei senão “não comer da árvore da ciência do bem e do mal”. Mas este ponto de vista cai por terra imediatamente. Como poderia haver uma geração de “obedientes” se não havia nada para obedecer? E o mesmo acontece com os “desobedientes”. Eles não se sujeitavam à Lei de Deus! Agora apliquemos um princípio bem conhecido por nós. Junto com a Palavra, Deus sempre levantou profetas que são pessoas fiéis que alertam ao povo de Deus e ao mundo quando eles se desviam dos caminhos divinos. Eles são como bússolas espirituais que sempre estão indicando o caminho correto. Será que houve naqueles tempos “profetas”? E se houve – que profetizaram? Será que Deus deixou ao mundo antigo sem direção ou Ele fez a mesma coisa que fez com Israel? Veja estes versículos: II REIS (cap. 17) “13 Todavia o Senhor advertiu a Israel e a Judá pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas”. II REIS (cap. 21) “10 Então o Senhor falou por intermédio de seus servos os profetas, dizendo...” II CRÔNICAS (cap. 24)• “19 Contudo Deus enviou profetas entre eles para os fazer tornar ao Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não lhes deram ouvidos”. •II CRÔNICAS (cap. 36)• “16 Eles, porém, zombavam dos mensageiros de Deus, desprezando as suas palavras e mofando dos seus profetas, até que o furor do Senhor subiu tanto contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”. NEEMIAS (cap. 9)• “26 Não obstante foram desobedientes, e se rebelaram contra ti; lançaram a tua lei para trás das costas, e mataram os teus profetas que protestavam contra eles para que voltassem a ti; assim cometeram grandes provocações”. JEREMIAS (cap. 7)• “25 Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito, até hoje, tenho-vos enviado insistentemente todos os meus servos, os profetas, dia após dia;...” JEREMIAS (cap. 25)• “4 Também o Senhor vos tem enviado com insistência todos os seus servos, os profetas mas vós não escutastes, nem inclinastes os vossos ouvidos para ouvir,...” JEREMIAS (cap. 44) “4 Todavia eu vos enviei persistentemente todos os meus servos, os profetas, para vos dizer: Ora, não façais esta coisa abominável que odeio!” DANIEL (cap. 9)• “10 e não temos obedecido à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas.” OSÉIAS (cap. 6)• “5 Por isso os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca os matei; e os meus juízos a teu respeito sairão como a luz.” É evidente que os líderes antigos eram também os “profetas do Senhor” antes do Dilúvio! Que prova temos disto? Veja o que diz a própria Bíblia: “Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos,...” (Judas 14). Enoque era um PROFETA e anunciava a “vinda do Senhor com os seus milhares de santos”. Para que? Para restaurar o Paraíso perdido! Ele profetizava o exato momento da vinda de Cristo, tal como Zacarias o descreveria, onde o Senhor pousa seus pés no Monte das Oliveiras e com Ele todos seus santos ressuscitados e glorificados. Eles pregaram o arrependimento e se não houvesse viria o catastrófico final. Ao igual que Israel e o mundo moderno, não aceitaram a mensagem. E assim como aconteceu o Dilúvio, agora o Apocalipse está às portas! E a gente se pergunta – e a Lei quando e onde foi dada? Foi dada a Adão pessoalmente por Deus, assim como aconteceu no Monte Sinai. Como podemos afirmar isso se não há nada escrito? Ele não a escreveu porque naquela época a memória dos homens era total e não necessitavam da escrita. A Lei era transmitida oralmente de geração a geração, assim como foi com todas as obras literárias até a época de Homero, em que as pessoas ouviam os grossos volumes da Ilíada e da Odisséia e a repetiam textualmente, vírgula por vírgula. Ao ir o homem perdendo a capacidade de decorar, surgiu à escrita. A Lei chegou a Noé e de Noé a Abraão. Se ele tinha morrido antes de Abraão, seu filho Sem ainda vivia e foi seu instrutor, de modo que todas as informações antigas desde a criação foram-lhe ensinadas. O Universal rejeite a Deus Depois do Dilúvio, Deus esperou para ver o que faria a nova raça humana, e eles em vez de obedecerem a Deus, novamente restauraram tudo o que havia sido destruído! Em Gênesis 10 aparecem os nomes de todos os filhos e descendentes dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé. “1 Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio. 2 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. 3 Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma. 4 Os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim. 5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações”. Estas pessoas são os pais das nações atuais do mundo. A Bíblia não chama às nações pelos nomes atuais delas senão que usa o antigo nome do seu fundador. Quando ela diz “Togarma” tem que saber quem era ele e para onde foi e instalou-se. Quando eles foram para suas terras? “32 Essas são as famílias dos filhos de Noé segundo as suas gerações, em suas nações; e delas foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio” (Gên. 10). A obstinação deles foi tão grande que Deus teve que intervir novamente porque a nova corrupção humana os levaria a um fim antecipado. A construção da torre de Babel fez com que fossem espalhados pela Terra e cada filho ou descendentes dos filhos de Noé viajaram às suas respetivas nações. “1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma. 2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. 3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa. 4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro. 8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra” (Gên. 11). E QUE ACONTECEU? ACREDITE! NENHUM LEVOU AO DEUS JEOVÁ PARA SER O DEUS DA SUA NAÇÃO! NINGUÉM SE LEMBROU DELE!!!!! Simplesmente o ignoraram e o deixaram de lado, mas levaram os ídolos, a “deusa da fertilidade”, os falsos deuses, a árvore sagrada e todas as depravações pagãs, inclusive a prática de relacionamento com anjos gerando aos gigantes da terra. Então Deus começa seu Plano da Salvação do Homem a partir de um homem que tivesse demonstrado fidelidade e obediência. Esse homem se transformaria num grande povo e possuiria uma terra, neste caso a Palestina, escolhida para ser o Paraíso restaurado e servir de modelo para todas as nações. Todo o mundo deveria ver como é uma nação governada por Deus e dentro do pensamento do Senhor, todas as nações iriam querer lançar seus deuses de mentira e pedir para que o Deus Jeová fosse também o Deus deles, e transformasse suas terras nas mais ricas e produtivas. E o homem escolhido foi Abraão. “Viveu Naor, depois que gerou a Tera, cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas. Tera viveu setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. Estas são as gerações de Tera: Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. Harã morreu antes de seu pai Tera, na terra do seu nascimento, em Ur dos Caldeus. Abrão e Naor tomaram mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher do Naor era Milca, filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá. Sarai era estéril; não tinha filhos. Tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos Caldeus, a fim de ir para a terra de Canaã; e vieram até Harã, e ali habitaram. Foram os dias de Tera duzentos e cinco anos; e morreu Tera em Harã” (Gên. 11:25-32). O Chamado de Abraão “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Partiu, pois Abrão, como o Senhor lhe ordenara, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Abrão levou consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhes acresceram em Harã; e saíram a fim de irem à terra de Canaã; e à terra de Canaã chegaram” (Gên. 12:1-5). Agora encaixemos os textos anteriores. Deus chama a Abraão (cap. 12) e lhe ordena separar-se da sua parentela e ir para uma terra que lha daria a ele e à sua descendência. Por que sair da sua parentela? Porque não todos obedeciam à Palavra de Deus! Observe que Labão, apesar de ser descendente da linhagem espiritual era idólatra, mas era a única família obediente que ainda restava. Sair da parentela é uma caraterística de todos os chamados pelo Senhor, porque somos dependentes das posses familiares, heranças, apoio familiar, dinheiro, etc. Pertencer a Deus significa estar sob seu cuidado, proteção e previdência. Perdemos aquilo que temos ou tenhamos herdado, para receber de Deus muito mais do que tínhamos. Ur não era a terra que Deus queria dar a Abraão e sim Palestina. Ele tinha que ir lá e tomar posse, conquista-la por meio da fé. Mas Abraão não parte imediatamente. Ur foi uma cidade conhecida como a capital do tijolo e todas as casas e templos eram construídos com eles. Nos tijolos das ruínas dessa cidade, a maioria deles, levam gravado um nome “Abrão”, o que nos faz supor que ele era o fabricante e com eles deve ter ganhado muito dinheiro, porque era uma pessoa poderosa, tinha muitos empregados, sabia lidar como grande empresário e fazer grandes negócios. Não podia sair correndo de um dia para outro. Ele estava preparando sua viagem, mas demorou-se mais da conta. Para ele sair de Ur veja o que aconteceu: morreu seu irmão Harã. Seu pai fica tão arrasado e desolado que decide abandonar essa terra e ir para Padã-Harã, um território na Síria ao norte de Israel. Mas ele não deixa seu pai ali e parte para Canaã, senão que fica até que seu pai morre, e depois de cinco anos de estar ali, empreende a viagem rumo à promessa de Deus. Levou consigo ao seu sobrinho Ló. Ele também era uma pessoa muito rica e dono dum grande rebanho. A Terra Prometida era o lugar ideal para sustentar os dois rebanhos e esse deve ter sido o motivo pelo qual Ló foi levado. Harã na atualidade. Aqui esteve Abrão e desde aqui partiu para a Terra Prometida A primeira obra de Abraão “Passou Abrão pela terra até o lugar de Siquém, até o carvalho de Moré. Nesse tempo estavam os cananeus na terra. Apareceu, porém, o Senhor a Abrão, e disse: ë tua semente darei esta terra. Abrão, pois, edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera” (Gên. 12:6-7). Que havia ali que Abraão se dirige diretamente a esse lugar e edifica um altar? O centro de adoração das religiões pagãs dos povos cananitas! Ali estava o “tronco sagrado”, altares de sacrifícios e todo tipo de imundícia. Nesse lugar, Abraão edifica um altar tomando posse das promessas divinas e colocando ali ao Deus Verdadeiro. O aperfeiçoamento da fé de Abraão Todos pensamos que Abraão possuiu sempre uma fé perfeita. Não. Não foi assim. Ele foi aperfeiçoado na fé por meio da obediência como todos o têm sido. A Bíblia diz que “houve uma grande fome” e ele foi ao Egito. Deus o mandou ou ele foi por conta própria? Isto não fica claro, mas o incidente mostra que ainda não tinha um conhecimento correto de Deus. Vejamos: “Depois continuou Abrão o seu caminho, seguindo ainda para o sul. Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra. Quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista; e acontecerá que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é mulher dele. E me matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida. Diz, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma em atenção a ti” (Gên. 12:9-13). De fato, ele não estava mentindo, pois, Sara era meia-irmã dele. Mas este episódio se encaixa dentro do bosquejo que Deus está desenhando no livro de Gênesis. A Bíblia diz: “Do Egito chamei ao meu filho” (Mateus 2:15). Todos os filhos de Deus devem “sair” do Egito. O que isto significa? “E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios que a mulher era mui formosa. Até os príncipes de Faraó a viram e gabaram-na diante dele; e foi levada a mulher para a casa de Faraó. E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e este veio a ter ovelhas, bois e jumentos, servos e servas, jumentas e camelos. Feriu, porém, o Senhor a Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? por que não me disseste que ela era tua mulher? Por que disseste: E minha irmã? de maneira que a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te. E Faraó deu ordens aos seus guardas a respeito dele, os quais o despediram a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha” (Gên. 12:14-20). Nesse momento o Egito é a nação mais adiantada e a herdeira da Babilônia e de todo o babilonismo. Todas as idéias religiosas que impregnam atualmente a todas as religiões mundiais se concentraram e se difundiram desde o Egito. Faraó é um símbolo de Satanás. Então Abrão representa ao Senhor e Sara à Igreja. Qual é o desejo constante de Satanás? Possuir a Igreja de Deus! Para evitar isto, Deus intervém e castiga e ao Egito com grandes pragas, símbolo do que aconteceria posteriormente com Moisés. E assim como Israel saiu com grandes riquezas, assim saiu Abrão. Que aprendeu Abrão com isto? Não somente ele. Senão todos nós – que o Senhor é nosso protetor e que Satanás apesar do seu desejo não pode destruir-nos. Abrão e Ló se separam Há uma diferença entre Abrão e Ló. O primeiro é um verdadeiro crente e herdeiro espiritual, da linhagem espiritual. Ló é confuso, gosta de Deus, mas não é perfeitamente convertido. É um mundano-crente, se porventura existe isso. Toda a gente que acompanhava a Abrão (empregados, serventes e escravos) o acompanhavam na fé. Ele sabia instrui-los e suas experiências eram transferidas. Essa foi a caraterística que o levou a ser o escolhido de Deus, porque saberia obedecer e instruir à sua descendência. Ló não. Ele gostava das coisas de Deus. Não recebeu um chamado especial, mas ia de reboque. As benções de Abraão acabavam favorecendo-o. Como podemos saber disto? Pelas coisas que aconteceram! “E também Ló, que ia com Abrão, tinha rebanhos, gado e tendas. Ora, a terra não podia sustentá-los, para eles habitarem juntos; porque os seus bens eram muitos; de modo que não podiam habitar juntos. Pelo que houve contenda entre os pastores do gado de Abrão, e os pastores do gado de Ló. E nesse tempo os cananeus e os perizeus habitavam na terra. Disse, pois, Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Porventura não está toda a terra diante de ti? Rogo-te que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda. Então Ló levantou os olhos, e viu toda a planície do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, até chegar a Zoar. E Ló escolheu para si toda a planície do Jordão, e partiu para o oriente; assim se apartaram um do outro” (Gên. 13:5-11). Se os dois fossem convertidos não haveria contenda entre eles, mas os que são de Deus não são do mundo e o mundo os aborrece. Nunca, jamais uma sociedade entre crente e incrédulo tem dado certo. E isso foi o que aconteceu. Houve briga entre o pessoal de Ló e Abrão, porque uns eram crentes e os outros não. Gostos e costumes eram incompetentes e houve um momento que não deu mais para continuar.
Posted on: Thu, 29 Aug 2013 18:10:03 +0000