ACESSIBILIDADE DE SURDO NA TELEVISÃO Surdo assiste - TopicsExpress



          

ACESSIBILIDADE DE SURDO NA TELEVISÃO Surdo assiste TV ------------------------------------------------- TELEVISÃO. Segundo Mc Luhan, o meio é a mensagem. Sendo assim, a TV não condiciona o que se informa, mas sim como se informa. Ela é tida como extensão de todos os sentidos do ser humano. “A forma em mosaico da TV exige a participação e o envolvimento em profundidade de todo o ser”. (McLuhan, 1972, p.103) Em seu livro Os meios de Comunicação como extensão do homem, ele classifica a televisão como um meio frio. Os meios frios exigem resposta do telespectador, são abertos a interpretações, fazem o telespectador se envolver para compreender os acontecimentos. Já como oposição coloca o rádio como meio quente, que não exige tanta atenção do telespectador, pois aguça apenas a audição, liberando os ouvintes para executarem diversas tarefas enquanto ouvem o rádio. Isso não seria possível em relação à TV, segundo Mc Luhan, pois ela exige atenção total. Porém nos dias atuais, essa afirmação já não é totalmente absoluta. A televisão continua exigindo atenção, porém, percebemos que ela é utilizada em meio a outras atividades; por exemplo, há pessoas que comem enquanto assistem e crianças que fazem o dever de casa vendo seu desenho favorito. A televisão faz parte da vida do brasileiro de todas as camadas da população. É incrível como esse objeto se faz presente. Nas classes altas normalmente se tem um televisor em cada cômodo da casa; mas até nas classes menos favorecidas, mesmo em barracos de tábuas, a televisão também está presente. As pessoas têm nesse aparelho a diversão, a informação, os sonhos, enfim, uma infinidade de coisas que querem ter ali ao seu alcance na tela da TV. Muito se fala do poder da televisão sobre os telespectadores, alguns afirmam sistematicamente, que ela é um verdadeiro monstro destruidor de lares, mau exemplo para as crianças, enfim um grande mal à vida das pessoas. Já outros dizem que a televisão não é nada mais que uma diversão, algo que fornece descanso para os trabalhadores, que chegam em casa e têm ali na sala uma fonte de diversão que não cansa e não estressa. Não vamos aqui tomar partido de nenhuma das opiniões. O que cabe é percebermos que, sendo vista com bons ou maus olhos, a televisão está presente na vida de todos, mesmo daqueles que dizem não assistir por se tratar de um meio de alienação ou algo do tipo. No mínimo, acredito, essas pessoas que criticam assistem televisão exatamente para fazer suas críticas. 14 2.1 O início Segundo Doria (1999), a tevê aberta tem seu inicio em 1883, quando Paul Nipkow inventa em Berlim o telescópio elétrico. Nipkow tem a idéia da varredura da imagem como meio de decompô-la, codificá-la em impulsos elétricos, tornando a transmissão possível. Em 1923 o inventor escocês, Jonh l. Baird transmite silhuetas; E em 1926 faz uma apresentação pública do seu invento. Em 1928 a ATT, os laboratórios Bell e a RCA montam equipes de tevê com o objetivo de desenvolver a tecnologia da televisão e inseri - lá no mercado. São feitas as primeiras transmissões comerciais em 1928, quando a emissora WGY transmite uma peça de teatro para alguns na cidade de Nova York. Outras transmissões foram feitas na Alemanha, na abertura das olimpíadas de 1936, e logo mais na Inglaterra, na coroação do rei inglês George VI. Já em 1939 é transmitida a abertura da Feira Mundial de Nova York pela RCA e em 1º de julho de 1941, a Federal Communications Commission (FFC) autoriza o inicio das transmissões de tevês pagas por patrocinadores. É o marco inicial da TV aberta como meio de comunicação de massa. 2.2 Pequeno histórico da TV no Brasil A televisão chegou ao Brasil em 1950, segundo Caparelli e Lima (2004) foi trazida por Assis Chateaubriand, um dos maiores empresários do ramo da comunicação do país. A primeira emissora foi a TV Tupi-Difusora, de São Paulo. Quando a emissora entrou no ar, existiam algumas centenas de aparelhos espalhados no país entre as pessoas de classe alta, sendo que os aparelhos foram cedidos pelo dono da emissora. Até 1959 a televisão era privilégio apenas do eixo Rio-São Paulo. A partir de então se expandiu por outros estados litorâneos e só depois chegou ao interior do país. Talvez possa se explicar essa exclusão do interior pelo fato do início da TV ter sido mantido por patrocínios. Empresas de grande porte produziam seus programas com os comerciais já inclusos e os vendiam para as emissoras. A segunda emissora, tevê Paulista surgiu em 1955 e teve como característica o fato de transportar os programas humorísticos do rádio para a telinha. Em 1958, segundo Herscovici( apud Caparelli e Lima, 2004) a televisão possuía somente 8% das verbas publicitárias; dez anos depois a verba passou para 42%. Esses números são conseqüência do valor inicial do aparelho de tevê, que era seis vezes maior que o salário mínimo de um trabalhador. Sendo assim, a publicidade não via lucro em anunciar 15 apenas para a população da elite. Essa mudança começou a ocorrer lentamente no início da década de 60, quando a televisão começou a ser popularizada e atingir a todas as classes. Não podemos falar da história da televisão brasileira sem falar na TV Globo, que foi ao ar pela primeira vez em 26 de abril de 1965. Mas antes disso, em meados de 1962, já causou polêmica no país por ter assinado parceria com a empresa estrangeira Time Life (inicialmente registrada como empresa de marketing). O problema dessa parceria, segundo seus críticos, era o fato de que a lei brasileira naquela época proibia empresas e pessoas estrangeiras de terem qualquer tipo de participação nas empresas brasileiras de comunicação, sendo que a Time Life teria 30% dos lucros aferidos pela Rede Globo. O contrato foi descoberto assim que a televisão entrou no ar e a Rede Globo foi condenada pela lei brasileira. Segundo a Rede Globo o acordo nada mais foi que um contrato de prestação de serviços na área técnica. Em 1970 já existiam cerca de 70 emissoras e em 1972 foi inaugurada a TV em cores. Na década de 80, a TV Tupi é extinta depois de 30 anos de existência. E no fim dessa mesma década, o censo nacional constatou que 64% das residências brasileiras estavam equipadas com aparelhos televisores, totalizando 64 milhões de aparelhos no país. (Magia Comunicações, 2009) Na década de 90, mais precisamente em 1995, 81% dos 39 milhões de lares brasileiros possuíam televisão. Nessa mesma década, surgiu a TV a cabo, trazendo uma nova forma de ver TV. (Meio e Mensagem, 2009) Já no século 21, em meados de 2007 surge a TV digital no Brasil, trazendo uma nova era e uma nova maneira de se definir a TV. Antes porém, no final do século XX, chegou a internet fazendo concorrência à TV, pois rapidamente ganhou espaço na vida dos brasileiros. E hoje, pelo menos entre os jovens, não se vê mais TV como antes, a mesma está dividindo seu espaço com o computador. A televisão, contudo, continua sendo o meio mais popular. 2.3 Televisão por assinatura A televisão paga se difere do canal aberto pela sua qualidade na imagem e a forma de transmissão, que pode ser a cabo onde se utiliza de cabos subterrâneos até a casa do assinante e também via satélite onde o usuário precisa de um aparelho para receber o sinal. Além de diferenças técnicas a TV por assinatura possui canais segmentados, ou seja, canais apenas de filmes, outros de desenhos, enfim. Além de possuir um número maior de canais que a TV aberta.16 Segundo Duarte (1996), a TV paga tem o início de sua história ainda na década de 50, quando a empresa de TV Zenith elaborou formas de “vender” seus programas, foram criados 3 sistemas codificados, o pagamento se dava em um aparelho junto do próprio televisor, onde eram colocadas fichas. Porém esses testes receberam muitas críticas, questionava-se o fato de ter que pagar por um serviço que utiliza o ar, que não é pago. Em 1968 a justiça americana autorizou o serviço de TV a cabo paga. No Brasil, a TV por assinatura chegou apenas em 1988. É um meio segmentado que por muito tempo atingia apenas as classes mais altas da população, hoje em dia tem se tornado mais fácil ter acesso a esse tipo de TV devido às facilidades que as operadoras têm dado. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (apud Deluca, 2010) 7.623.389 de lares tem acesso ao serviço no Brasil. Em relação ao mercado anunciante é um bom meio, por ter um público bem segmentado, apesar de relativamente pequeno. Abaixo temos um gráfico retirado do site Uol, que traça o perfil dos usuários do serviço.
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 17:20:14 +0000

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