ASSÉDIO MORAL NA IGREJA PRÁTICA NEFASTA QUE URGE - TopicsExpress



          

ASSÉDIO MORAL NA IGREJA PRÁTICA NEFASTA QUE URGE COMBATER “Recebi o artigo abaixo, do Rev. Derli Machado, achei muito pertinente, por isso estou postando no blog. Essa prática está presente em nossas igrejas produzindo muitas vítimas. Para um bom tratamento torna-se necessário um bom diagnóstico, portanto após a leitura, veja se você não está praticando tal procedimento, se for o seu caso, procure mudar sua atitude. Boa reflexão.” O assédio moral vem a ser caracterizado como um comportamento que utilizando técnicas de desestabilização, conduzem o indivíduo a um estado de desconforto psíquico que pode evoluir para a irritação, estresse e até mesmo depressão. Isto pode ocorrer na família, na vida social e dentro de empresas. Evidentemente, numa instituição religiosa (igreja), onde seus membros são “salvos”, as possibilidades da ocorrência do assédio moral são “minimizadas”, certo? Errado! Errado! Infelizmente tem sido “maximizadas”, ampliadas, e o risco de alguém ser vitima de tal pressão são aumentativas, especialmente os envolvidos em cargos de liderança. Infelizmente essa violência perversa cada vez mais atinge as igrejas. METODOLOGIA: os moralmente perversos utilizam as mais variadas técnicas: os subentendidos, alusões malévolas, a mentira, humilhações. Por meio de palavras aparentemente inofensivas, alusões, sugestões ou não-ditos, é efetivamente possível desequilibrar uma pessoa ou até destruí-la. 1ª) A primeira fase do assédio consiste em DESESTABILIZAR a vítima. É toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa. Em seguida esses ataques vão se multiplicando e a vítima é seguidamente acuada, posta em situação de inferioridade, submetida a manobras hostis e degradantes durante um período maior. É a repetição dos vexames, das humilhações, sem qualquer esforço no sentido de abrandá-las, que torna o fenômeno destruidor. Assim acossada, a pessoa não consegue manter o seu potencial. Ela é estressada, crivada de críticas e censuras, para que se sinta seguidamente sem saber de que modo agir. 2ª) A segunda fase do assédio consiste em DESQUALIFICAR a vítima. Subentendidos, alusões desestabilizantes ou malévolas, observações desabonadoras. Pode-se assim levantar progressivamente a dúvida sobre a idoneidade, a honra, a competência, pondo em questão tudo que ele faz ou diz. 3ª) A terceira fase do assédio consiste em DESACREDITAR a vitima. Para pôr o outro para baixo, é ridicularizado, humilhado e coberto de sarcasmo até que perca toda a autoconfiança. Geralmente usa-se a calúnia, a mentira, tudo de modo que a vítima perceba o que se passa, sem que possa, no entanto, defender-se. A VITIMOLOGIA – uma pessoa que tenha sofrido uma agressão psíquica como a do assédio moral é realmente uma vítima, pois seu psiquismo é alterado de maneira mais ou menos duradoura. CONSEQUÊNCIAS: As consequências “emocionais” e “espirituais” desse estado de coisas para uma igreja não devem ser negligenciadas, já que a deterioração do ambiente provoca uma diminuição importante da eficácia ou do rendimento do grupo. A IMPUNIDADE: O que tem contribuído para o crescimento dessa prática no seio da igreja é, sem dúvida nenhuma, a certeza da impunidade. Se na justiça comum isso já vem sendo tratado como crime (com pena que vai de indenização por danos morais e até prisão), na igreja não se trata nem como pecado. O assédio moral está totalmente liberado. Isso é desmoralizante, para não dizer, uma vergonha. Está na hora de combatermos esse mal, e com coragem, fazermos justiça, afinal, segundo Jesus “a nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus”. Os sindicatos e organismos que atuam em defesa de trabalhadores desenvolvem campanhas para informar o que é o assédio moral, como ele ocorre, as formas de combatê-lo etc. No entanto, vimos identificando no meio evangélico certas resistências ao combate desse fenômeno, representada pela ausência de reflexão crítica dos seus membros, do corporativismo, do compromisso com as amizades, não com a verdade; com as conveniências, não com as evidências. Daqueles que escolhem o silêncio da covardia em detrimento ao grito da coragem. Preferem o distanciamento, em vez do posicionamento. As Igrejas deveriam ficar atentas ao problema e combater biblicamente todas as formas de assédio moral que possam atingir os seus membros. Respeito é bom, e todo mundo gosta. Rev. Derli Machado EXTRAS: A liderança da Igreja, especialmente seus diretores estatutários, presidente, vice, secretários, tesoureiros, conselho fiscal, conselho de ética etc, devem estar atentos para não incorrer na violação de “divulgação de segredo”, estabelecida no art. 153 do Código Penal, “Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem.”. *Gilberto Garcia é Advogado, Pós-Graduado e Mestre em Direito. Consultor Jurídico de Igrejas, Instituições e Organizações Evangélicas. Professor Universitário e Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil - Rio de Janeiro. Autor dos Livros: “O Novo Código Civil e as Igrejas” e “O Direito Nosso de Cada Dia”, Editora Vida, e, “Questões Controvertidas - Parte Geral do Código Civil”, e “Novo Direito Associativo”, Editora Método. Site: direitonosso.br
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 20:06:20 +0000

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