Acabo de chegar em casa. Marcello Oliveira e Maíra Fernandes acabaram de me deixar. Estou impressionado e perplexo com o que eu vi nessa noite. Houve a minoria que perdeu o controle na manifestação (aliás, suspeitas se fortalecem de que há infiltrados e grupos neonazistas entre os manifestantes), mas nada justifica a reação da polícia. A polícia cometeu atrocidades (quem não viu, sugiro uma rápida pesquisa pelos vídeos no YouTube, está quase tudo lá). A OAB/RJ, CAARJ e diversos advogados voluntários tentaram zelar pela ordem jurídica, recebendo denúncias, tentando coibir arbitrariedades e comparecendo às delegacias para verificar a legalidade das prisões. O cerco aos estudantes no IFICS e FND simboliza a quebra dos limites da operação policial. Se não fosse a intervenção da OAB/RJ, de advogados voluntários e de alguns parlamentares, os estudantes correriam riscos de serem perseguidos, sem nenhum critério, como muitos foram na noite de hoje. A nossa Central de Coordenação, instalada na CAARJ, tem sido fundamental para receber as informações e coordenar a ação dos advogados. Antes de irmos embora, fomos, Marcello, Maíra e eu, ao Souza Aguiar conhecer o número de feridos. Tínhamos recebido denúncias de que há pessoas com membros amputados por bombas de gás lacrimogêneo. Porém, disseram-nos que não poderiam nos dar nenhuma informação. Lamentável. A noite foi dura, mas, mais do que nunca, vimos que a Advocacia tem que continuar se fazendo presente, que a OAB/RJ tem que continuar se fazendo presente, para garantir a legalidade.
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 07:42:34 +0000