Acho este assunto muito sério, sendo procedente ou não. Se procede, uma quantidade muito grande de crianças e de suas famílias têm tido seu comportamento e atitudes medicalizaos, com implicações bastante conhecidas sobre as expectativas e padrões de educação, tanto no sentido mais amplo quanto no que concerne a escolarização. A minha impressão leiga é que as definições imprecisas do distúrbio e os instrumentos muito genéricos e subjetivos de diagnóstico têm levado a um exagero na identificação e tratamento do distúrbio - o festival internacional da Ritalina. Mas dizer que existe uma superestimação de diagnósticos e uma medicalização indiscriminada é uma coisa (e não é pouca coisa); dizer que o TDAH simplesmente não existe, é muito mais sério ainda, e tendo a ser cauteloso com isto, mesmo porque as barbaridades que já vi circulando por aqui (desde que a vacinaçao é desnecessária e causa autismo até a as provas irrefutáveis de que a ida do homem à lua é uma farsa da NASA com a CIA para derrotar o comunismo) recomendam. Em tese (aprendi este termo com meus amigos PJ - pessoas jurídicas), nem mesmo sendo verdadeiro o fato de que o camarada que descobriu o TDAH renegou seu achado significa necessariamente que pesquisas posteriores não tenham vindo a confirmar a existência do transtorno; não seria a primeira vez na história da ciência ou mesmo da medicina. Claro que esta não é uma questão a ser resolvida no facebook, mas alguém aí com formação no ramo sabe esclarecer um pouco este treco? Só não me mandem por caridade aquele texto de que os franceses não têm déficit de atenção, entre outras coisas porque levam umas palmadas, porque já li e absolutamente não me convenceu.
Posted on: Fri, 07 Jun 2013 20:40:58 +0000
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