Acompanho desde o início as manifestações do povo brasileiro - TopicsExpress



          

Acompanho desde o início as manifestações do povo brasileiro por mudanças em nosso país e não tenho receio em afirmar que grande parte dessas pessoas que estão nas ruas sofreram “na pele” os efeitos das desigualdades sociais resultado de muitos anos de desmandos e impunidade que lamentavelmente ainda persiste entre nós. Transitando nos bastidores do poder a duas décadas, vejo que a grande nação brasileira se transformou em um grande faz de conta digno de ocupar sem ressalvas, um lugar de destaque no rol dos contos de fadas de maior sucesso do nosso planeta. Caso você se sinta ofendido com alguns dos exemplos que vou mencionar adiante, provavelmente é porque você faz parte das exceções que sempre existem. Faz de conta que a polícia não sabe onde fica as “bocas de fumo” que distribuem drogas na cidade. Faz de conta que o governo federal não sabe que seus professores universitários em sua grande maioria não cumprem seus horários, fingem ensinar os alunos e eles por sua vez fingem aprender. Faz de conta que os médicos que fazem parte da rede pública cumprem seus horários de trabalho assim como cumpre o trabalhador da iniciativa privada. Faz de conta que o empresário que faz doação de campanha de milhões de reais faz isso por que acredita que determinado candidato é o melhor para o povo e para nação e por isso não cobra nada em troca de seu candidato depois que o mesmo foi eleito. Faz de conta que os poderes são independentes e harmônicos entre si e que os pontos de contatos entre esses poderes superam por exemplo o exercício da gratidão (o chefe do executivo escolhe dentre uma lista o nome de um ministro do TCU que vai fiscalizar os atos do governo cujo mandatário o indicou e demais casos congêneres) Na verdade é necessário pontuar os problemas que são muitos e eleger os mais traumáticos e nocivos a nação, buscar soluções e estabelecer metas as serem alcançadas. A situação é bem mais complicada do que parece e mudar tudo isso significa contrariar interesses inimagináveis para a grande maioria das pessoas, mas creio que tudo tem seu tempo e me parece que o marco inicial de um novo tempo foi fincado. Os ambientes dos protestos, embora legítimos, são propícios a acolher e acobertar marginais e seus objetivos espúrios que em nome de um patriotismo que nunca tiveram promovem destruição e a baderna, bem como saques, assaltos e furtos como a mídia já veicula demonstrando a satisfação de seus sórdidos propósitos. Cabe a cada um de nós não permitir essas criaturas fiquem impunes, vamos denunciar, quem sabe essa seja a primeira atitude de mudança de resultado imediato para todos nós. Aos açodados críticos de tudo convém refletir um pouco mais, pois não se admite optar pelo exercício das próprias razões em detrimento da segurança jurídica e da manutenção da ordem que pressupõe o exercício do Estado de Direito. Parar o país sem entender exatamente porque é também um ato irresponsável. A atividade econômica é o motor que gira as engrenagens do emprego e renda e é a economia que ao final coloca efetivamente o dinheiro no bolso de cada um. O caos não interessa ninguém, se é preciso mudar vamos mudar mas para melhor e isso só é possível com ordem e responsabilidade, com boas ideias e principalmente com uma revisão profunda nos entraves burocráticos absolutamente desnecessários e cruéis com aqueles que buscam trabalhar regularmente e não conseguem. A Burocracia é a grande e principal fonte de corrupção em todos os seguimentos da administração pública. Cria-se dificuldades para de “vender facilidades”. Reforma política é sim necessária mas não é primordial, a reforma administrativa sim, essa deveria ser a bola da vez e o que é melhor dependeria em grande parte tão somente do Executivo. As exigências são tantas e tão absurdas que o Estado estimula o cidadão a sonegar e a permanecer na clandestinidade. Vejo não raro vejo pessoas sérias perambulando pelo corredores das repartições por meses a fio para obter uma licença ou uma autorização qualquer e não conseguem seus intentos. Enquanto não “molham a mão” de viciados contumazes que se aproveitam dessa teia burocrática, estrategicamente armada para capturar as suas presas exaustas em buscarem o que é certo, nada acontece. Aquilo que parece pequeno multiplicado a milhões de situações semelhantes trazem prejuízos incalculáveis ao país, não só sob os aspecto financeiros, como também empresariais, repercutindo na força produtiva, ou seja, nos próprios trabalhadores, sem falar no desgaste emocional de quem se submete a essa maratona, cuja reta final está quase sempre atrelada a um desfecho pouco recomendável. Como “efeito dominó” devastador e silencioso, essa rotina corrói as instituições em suas entranhas como um câncer que avança até a morte. Não o brasil não morrerá, busquemos a causa não os efeitos simplificando as coisas retiraremos o véu que oculta a face e ninguém quer revelar a sua face a sua verdadeira face. É fato as maiores economias e os melhores IDH do mundo são países descomplicados, que optaram por investir em educação, saneamento básico e infraestrutura adequada, modelos existem, experiências também, o que é bom deve ser copiado e aprimorado, assim caminha a humanidade diria o poeta. Tivemos no passado um Ministério da Desburocratização criado por um governo militar e que ainda que de forma tímida, trouxe alguns benefícios ao país. Lembro inclusive do primeiro ministro a ocupar aquela pasta, chamava-se Hélio Beltrão. Que tal reeditarmos essa ideia não mais como um Ministério, mas como um Conselho nos moldes do CNJ, composto por conselheiros governamentais e representantes dos segmentos da sociedade civil a fim de elaborar uma verdadeira e eficiente reforma administrativa, inclusive com poder fiscalizador em relação a implementação das mudanças propostas. Se você que leu esse texto tem alguma proposta então coloque aqui ou em qualquer outro lugar, faça alguma coisa a seu modo de acordo com sua consciência, mas participe. Os nossos filhos e netos agradeceram e um dia dirão: meus pais e meus avós foram brasileiros com muito orgulho não só nas arquibancadas dos estádios de futebol, mas no pontapé inicial do jogo mais importante de todos os tempos, aquele em que perdíamos para nós mesmos e de virada o país se transformou em uma grande nação. (Minha redatora está em Parintins, desculpem se cometi algum deslize no texto)
Posted on: Fri, 28 Jun 2013 04:24:19 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015