Acrobata da Dor Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um - TopicsExpress



          

Acrobata da Dor Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado salta, gavroche, salta clown, varado pelo estertor dessa agonia lenta ... Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa nessas macabras piruetas daço... E embora caias sobre o chão, fremente, afogado em teu sangue estuoso e quente, ri! Coração, tristíssimo palhaço. (Cruz e Sousa) Um grande poeta é aquele que também faz o leitor envolver-se em sinestesias incríveis. Leio esse poema e sinto a angústia em cheiro, cor e gosto. É como se assumíssemos o lugar desse protagonista tão coadjuvante em nosso cotidiano.
Posted on: Tue, 03 Dec 2013 01:46:25 +0000

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