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Advogada carioca é entrevistada por Spike Lee para documentário Spike Lee e Maíra Fernandes: papo sobre o sistema carcerário brasileiro (Foto: Arquivo pessoal)Spike Lee e Maíra Fernandes: papo sobre o sistema carcerário brasileiro (Foto: Arquivo pessoal) Maíra Fernandes, presidente do Conselho Penitenciário do Rio de Janeiro e integrante da Comissão de Segurança Pública da OAB, foi uma das entrevistas escolhidas por Spike Lee para participar do documentário Go Brazil Go, que o cineasta rodou recentemente sobre o país. Somos a quarta maior população prisional do mundo, atualmente com mais de 548 mil presos. Não temos estrutura para isso, e temos um sistema carcerário que pode explodir a qualquer momento, diz a advogada, que deixou Spike Lee assustado com nossos números. Nos últimos 20 anos o número de presos cresceu 251%. E não para de subir, afirma, contando ainda que 40% das prisões são provisórias, ou seja: os indivíduos não foram condenados ainda, estão na cadeia aguardando o julgamento, que muitas vezes demoram anos. Comecei a entrevista dizendo para o Spike que temos muitas coisas no Brasil para nos orgulhar, mas que infelizmente nossos sistema penitenciário não é, nem de longe, uma delas. Segundo Maíra, nas nossas cadeias faltam condições mínimas, como saúde, roupa, trabalho e até mesmo colchão para os presos. Eles se revezam para ver quem dorme deitado e em pé, afirma ela, que acredita que essas condições agravam e muito uma possível recuperação dos detentos. Além de sair com o estigma do cárcere, eles saem da cadeia sem nenhuma perspectiva de melhora, muitas vezes piores do que entraram. Sobre o caso do ator Vinícius Romão de Souza, preso após ser acusado injustamente por assalto, ela comenta. Existem vários Vinícius por aí e ele só foi solto rapidamente porque o caso veio à tona, afirma. Ainda sobre o caso, a advogada diz que o episódio foi uma sucessão de erros:Não consigo considerar como flagrante. Ele estava distante do local, caminhando normalmente, não estava correndo, suado, nada disso. Além do mais, se tivesse praticado o assalto, para estar onde estava Vinícius teria que ter pulado três muros e corrido muito. A vítima, sob forte pressão, fez um reconhecimento equivocado. Estava nervosa, é natural. A vítima não tem obrigação de conhecer as leis e saber como proceder, mas os policiais têm, diz.
Posted on: Mon, 24 Mar 2014 01:00:01 +0000

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