Ainda médicos Cubanos: "Seremos escravos da saúde e dos - TopicsExpress



          

Ainda médicos Cubanos: "Seremos escravos da saúde e dos doentes" : A frase foi dita pelo médico cubano Juan Delgado, de 49 anos, que foi vaiado e hostilizado por médicos do Ceará, numa imagem que envergonhou o Brasil e, postada no 247, foi compartilhada por 185 mil pessoas; ao desembarcar no Brasil, foi chamado de "escravo" e se disse "impressionado" com a manifestação. "Isso não é certo, não somos escravos. Os médicos brasileiros deveriam fazer o mesmo que nós: ir aos lugares mais pobres para prestar assistência"; que sirva de lição aos médicos que agiram com selvageria em Fortaleza e também a seus detratores na mídia brasileira; Conselho Federal de Medicina ainda não condenou agressão, que descamba para xenofobia e racismo 28 de Agosto de 2013 às 06:49 247 - O médico cubano Juan Delgado, de 49 anos, retratado numa imagem do fotógrafo Jarbas Oliveira, em que era vaiado por médicas brasileiras, se disse "impressionado" com a manifestação ocorrida em Fortaleza e deu uma lição em seus agressores. "Me impressionou a manifestação. Diziam que somos escravos, que fôssemos embora do Brasil. Não sei por que diziam isso, não vamos tirar seus postos de trabalho", afirmou ele. De fato, Delgado e os demais estrangeiros que chegaram ao Brasil irão trabalhar em 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito das bolsas de R$ 10 mil oferecidas pelo governo federal. Negro, e formado por uma universidade pública de Cuba, Delgado questionou várias vezes o fato de ter sido chamado de "escravo" pelos brasileiros. Ele se disse um homem livre, que veio por vontade própria ao Brasil e disse ainda ter atuado em outras missões humanitárias, em países como o Haiti. Sobre a escravidão, ele disse algo que poderia ser lembrado pelas próximas gerações de médicos no Brasil. "Isso não é certo, não somos escravos. Seremos escravos da saúde, dos pacientes doentes, de quem estaremos ao lado todo o tempo necessário", afirmou, em depoimento ao jornalista Aguirre Talento, da Folha. "Os médicos brasileiros deveriam fazer o mesmo que nós: ir aos lugares mais pobres prestar assistência". Ele afirmou ainda que a atuação dos estrangeiros não será simples. "O trabalho vai ser difícil porque vamos a lugares onde nunca esteve um médico e a população vai precisar muito de nossa ajuda", disse. Sobre o desconhecimento da língua portuguesa, disse que não será um empecilho e afirmou que a população brasileira "aceitará muito bem os cubanos". Responsável pelo corredor polonês armado contra os cubanos, o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes, disse que as vaias não eram dirigidas contra os profissionais estrangeiros, mas sim aos gestores do programa Mais Médicos. Um vídeo (assista aqui), no entanto, deixa claro que médicos cubanos, como Juan Delgado, foram cercados e chamados de "escravos" por uma turba selvagem e enfurecida de médicos cearenses. Até agora, o Conselho Federal de Medicina ainda não soltou nenhuma nota condenando o que ocorreu em Fortaleza. Postada ontem com indignação pelo 247, a imagem da vaia dirigida a Juan Delgado havia sido compartilhada por 185 mil pessoas no Facebook – uma marca histórica e um fenômeno raro na história da internet (saiba mais aqui). O que demonstra o estrago que a classe médica tem feito à própria imagem com os atos de xenofobia e até racismo contra médicos estrangeiros, sobretudo cubanos, que vêm sendo incitados por parte da chamada grande imprensa brasileira (saiba mais em "Eles são responsáveis pelo corredor polonês?") Marcelo Semer: escravo é quem tem direito à saúde e não tem médico para exercitá-lo Posted: 28 Aug 2013 07:31 AM PDT : Marcelo Semer A repulsa dos médicos brasileiros a vinda de cubanos para atuar em cidades do interior é uma espécie de reserva de não-mercado. É mais ou menos como a TV quando compra a exclusividade de um jogo e não transmite. Nem permite que outros canais transmitam. Os médicos brasileiros não querem trabalhar nas localidades mais distantes ou com menos estrutura. Mas querem impedir que outros o façam em seu lugar. O grave do problema é que isso não se trata de um amistoso da seleção ou um jogo da Libertadores. É a saúde das populações mais pobres que está em permanente risco. E a dignidade da pessoa humana, fundamento da República, não se submete a esse tipo de abuso de poder. O direito à vida ou a saúde não pode ser sufocado pela onda de preconceitos, nem ficar refém de corporativismos. O estado democrático de direito é antropocêntrico e não admite recompensa pelo egoísmo. Para criticar a vinda de cubanos, de tudo um pouco já se ouviu. Que os profissionais são de baixa qualidade, que parecem domésticas, que o espanhol caribenho é difícil de entender. Os médicos cubanos ora são hostilizados por serem agentes disfarçados da guerrilha comunista ora por serem escravizados pela ditadura. Os argumentos não se sustentam em pé, porque na verdade só existem na aparência. Escondem a volúpia pela exclusividade, a proteção ao direito de não atender. Do lado da imprensa, uma indisfarçável torcida pelo fracasso, com receio, que melhor caberia aos partidos políticos, de um possível uso eleitoral de bons resultados. Escassez de Hipócrates nesse excesso de hipocrisia. Se os brasileiros estivessem dispostos a trabalhar nas localidades em que faltam médicos, coincidentemente as de menor IDH do país, nenhum estrangeiro teria sido convocado a atuar nessa medicina sem fronteiras. Mas os representantes dos médicos brasileiros optaram por serem eles mesmos as fronteiras. Parte considerável dos cubanos tem perfil internacionalista e já exerceu a profissão em países estrangeiros e em situações de pouca ou nenhuma estrutura, como na África. É provável até que tenham mais experiência em tratar o pobre do que a maioria de seus críticos locais. Na imprensa, os que mais se rebelam contra o sistema adotado na parceria são justamente aqueles que vêm sustentando, há tempos, os benefícios da terceirização. Com a agravante de que neste caso, não existe o empregador inescrupuloso que opta por ela para fugir a altos salários ou obrigações trabalhistas. Afinal, a ganância capitalista sempre comoveu pouco na mídia. É o caso de refletir seriamente se nós estamos em condições de regular a forma como Cuba remunera os médicos que fizerem parte do acordo, dado que as premissas econômicas dos dois países são bem distintas. Quem sabe não chegamos a conclusão que devemos pagar mais a eles, ao invés de repeli-los. De qualquer forma, a acusação de trabalho escravo é simplesmente grotesca. Não há serviço forçado e tampouco maus tratos; condições degradantes ou servidão por dívidas. Escravo não é o médico que sai voluntariamente de suas fronteiras para trabalhar com pobres por ideais. Escravo é o povo a quem se promete o direito a saúde e se sonega médicos para concretizá-lo. Nada mais revelador do que doutores cearenses se reunindo para xingar os cubanos recém-chegados de escravos. A desfaçatez demonstra que na crítica às condições de trabalho não reside nenhuma solidariedade, apenas o pretexto de combater aquilo que incomoda a si mesmo. Curioso é que a imprensa, sempre tão mordaz contra várias formas de corporativismo, tem sido condescendente demais com as manifestações dos conselhos de medicina. A mais gritante delas beirou o absurdo e o ilícito: a ameaça nada velada de que médicos brasileiros não prestariam auxílio se um cubano tivesse problemas com um paciente. O ressentimento fala por si só. Quando médicos optam por combater médicos e não doenças, algo de muito grave se revela na saúde. Dilma: "é importante dizer que os médicos estrangeiros, não só cubanos, vêm ao Brasil para trabalhar onde médicos brasileiros formados aqui não querem trabalhar" Posted: 28 Aug 2013 07:28 AM PDT Dilma: "É um imenso preconceito contra os cubanos" : Presidente lembra em entrevista a rádios de Minas Gerais que "é importante dizer que os médicos estrangeiros, não só cubanos, vêm ao Brasil para trabalhar onde médicos brasileiros formados aqui não querem trabalhar"; secretário adjunto de Gestão do Trabalho diz que remuneração dos médicos cubanos ficará entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil, paga pelo governo do país após repasse do Brasil à Organização Panamericana de Saúde e, desta, para Cuba; Federação Nacional dos Médicos (Fenam) solicitou à Procuradoria-Geral do Trabalho investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos. 28 de Agosto de 2013 às 10:54 Renata Giraldi e Danilo Macedo Repórteres da Agência Brasil Brasília - A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (28) os que têm preconceito contra a presença dos médicos cubanos no Brasil. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, ela ressaltou que há também médicos de outros países, além de Cuba. A presidenta reiterou que os estrangeiros estão no Brasil para desempenhar o trabalho que os médicos brasileiros não querem fazer. "É um imenso preconceito sendo externado contra os cubanos. É importante dizer que os médicos estrangeiros, não só cubanos, vêm ao Brasil para trabalhar onde médicos brasileiros formados aqui não querem trabalhar", disse ela. Ontem (27), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) solicitou à Procuradoria-Geral do Trabalho investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos. A entidade alega que o fato de os médicos não revalidarem os diplomas vai causar restrição de locomoção, o que, segundo a entidade, é uma das características do trabalho escravo. Pelas regras do governo, todos os profissionais do Mais Médicos receberão uma "bolsa formação" pelo serviço nas regiões carentes. Não haverá contrato de trabalho. O Ministério da Saúde é favorável à concessão de pagamento por intermédio de bolsa porque os médicos farão uma especialização na atenção básica ao longo dos três anos de atuação no programa. No caso dos médicos cubanos, eles atuarão no Brasil em regime diferente dos que se inscreveram individualmente no Mais Médicos. O Ministério da Saúde brasileiro firmou acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para que a entidade internacional buscasse parcerias para a vinda de médicos para o país. Pelo acordo, a Opas fez acordo com Cuba, prevendo inicialmente a vinda de 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais desse acordo a chegarem no país vão atuar em parte das 701 cidades que não receberam inscrições individuais de médicos. No acordo, os repasses financeiros serão feitos do Ministério da Saúde para a Opas. A entidade repassará as quantias ao governo cubando, que pagará os médicos. Inicialmente nem a Opas nem o Ministério da Saúde souberam especificar quanto dos R$ 10 mil pagos por médico será repassado para os profissionais, porém, o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes, disse depois que a remuneração ficaria entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil. Edição: Talita Cavalcante Médico brasileiro dá boas vindas aos cubanos: Que eles ajudem no “resgate do raciocínio clínico” Posted: 28 Aug 2013 07:26 AM PDT por Luiz Carlos Azenha Que diabos é “resgate do raciocínio clínico”? É ter, diriam os médicos, uma atitude mais holística, completa, em relação ao paciente. É pedir exames e receitar remédios só quando forem estritamente necessários. É servir primeiro ao paciente, não às indústrias farmacêutica, de laboratórios clínicos e de equipamentos médicos. Ajudar os colegas brasileiros a resgatar o raciocínio clínico. É a consequência esperada pelo médico Marcelo Coltro da passagem de 4 mil médicos cubanos pelo Brasil. Diferentemente de muitos colegas, ele dá boas vindas aos cubanos. Fruto, talvez, de ter estado recentemente em Cuba. Marcelo é especializado em Medicina de Família e Comunidade. Concursado, trabalha na Prefeitura de Florianópolis. Em fevereiro deste ano, esteve em Cuba com um grupo de médicos brasileiros para trocar experiências no setor. Viveu outra particularidade: depois de formar-se na Universidade Federal de Pelotas, foi o único médico residente em Protásio Alves, na serra gaúcha, experiência que muitos cubanos viverão agora, em cidades do Norte e Nordeste brasileiros. Sem a histeria que tem caracterizado a reação de alguns médicos à chegada dos cubanos, Marcelo conta como foi sua experiência. Fala das similaridades e diferenças entre os dois sistemas de saúde, sobre o que o Brasil pode ensinar a Cuba e vice-versa. Ciego de Ávila, na província de mesmo nome, cidade visitada pelo dr. Marcelo Coltro (wikipedia) Trechos da entrevista, em que Marcelo fala também sobre o que Cuba pode aprender com o Brasil no setor e conta a história de um provável erro de médico brasileiro corrigido em Cuba, que ele testemunhou: “Como o número de médicos [em Cuba] é maior em relação médico/habitante do que no Brasil, eles conseguem ter uma capacidade de cuidado muito melhor do que os médicos brasileiros aqui no sistema público. Por exemplo, a cidade que eu visitei, onde eu estive, tinha um médico dentro do sistema de saúde para cada 800 habitantes. Então, eles conseguiam organizar através da sua área de atuação a população de uma forma muito melhor estruturada do que a gente consegue organizar aqui no Brasil em que cada médico de família é responsável por 4 mil, 6 mil, 7 mil habitantes e tem cidades onde o médico de família é responsável pela cidade inteira”. “Eu acho que se fosse uma força de trabalho médica para vir para o Brasil e permanecer para sempre eles deveriam fazer o Revalida. Mas eu entendi que no programa Mais Médicos eles vem para o Brasil não com interesse de substituir a mão-de-obra médica brasileira, que o programa Mais Médicos traz médicos estrangeiros para o Brasil até que o Brasil consiga se adequar à sua própria formação médica, enquanto isso vai acontecendo esses médicos estrangeiros seriam temporários e por isso talvez não precisem fazer o Revalida, que eles tem experiências em outras missões internacionais”. “Quanto à formação médica dos médicos cubanos, me pareceu que eles tem uma formação médica muito semelhante à formação médica brasileira, e eu diria que é bem rígida por eles serem militarizados e super-estruturados. Eles tem o mesmo número de anos que a gente tem aqui na formação médica. Eles também tem especialidades lá, mas todos os médicos formados inicialmente tem de ser médicos de família, de comunidade. Precisam ter experiência médica para depois passarem para as especialidades. São muito bons cirurgiões, são bons oftalmologistas, são bons ortopedistas, mas principalmente são bons médicos de família e de comunidade”. [Quer mais conteúdo exclusivo como este? Assine o Viomundo] “Talvez os médicos cubanos possam ensinar para a gente como usar melhor a tecnologia. Talvez a gente use a tecnologia muito precocemente quando cuida das pessoas. Ao andar pelas ruas de Ciego de Ávila, em Cuba, você não encontra farmácias como encontra aqui no Brasil. Quando você encontra farmácias em Cuba você tem muitas medicações que são fitoterápicas, medicações que a gente encontra aqui no Brasil numa quantidade um pouco menor. Assim como aqui no Brasil nós temos dificuldades de ter concentração de tecnologia por exemplo nos postos de saúde, por conta de ser muito caro, eles tem uma otimização de tecnologia muito maior. Quando uma pessoa lá em Cuba é submetida a uma tomografia é porque realmente ela tem necessidade de fazer essa tomografia”. “Lá não é frequente a questão de você fazer check-up como é muito comum aqui no Brasil. Ou fazer exames laboratoriais de rotina para as pessoas ficarem medindo colesterol quando tem queixas de dor-de-cabeça ou tem queixas super inespecíficas para exames que são muito difundidos na mídia. Então eu vi que lá talvez tenha uma racionalização do uso da tecnologia que por conta da influência da indústria farmacêutica e da indústria dos insumos de saúde no Brasil desde a década de 60 nós perdemos, a questão do ampliado raciocínio clínico que os médicos tem lá e uma otimização da tecnologia”. “Aqui a gente vê cada vez a mercantilização da medicina. Eu diria que os médicos brasileiros são bons médicos, mas existe dentro da formação médica, nas escolas de medicina, uma grande inclinação para você fazer uso de muita tecnologia, exames laboratoriais, exames de imagem e também uso de medicamentos de uma forma talvez um pouco mais precoce de que se a gente pudesse avaliar esses pacientes com um pouquinho mais de um olhar holístico, ou humanista, e com uma percepção de poder compreender um pouquinho antes de usar tecnologia, antes de usar um medicamento precoce, antes de pedir um exame laboratorial que muitas vezes a gente sabe que vai dar normal e tá pedindo porque tem uma orientação protocolar para isso”. “Talvez os médicos cubanos possam trazer para nós um resgate do raciocínio clínico que as escolas de medicina e as profissões ao longo dos anos foram perdendo por conta de um adensamento tecnológico muito grande”. “A gente tem alguns estudos que mostram que 75% dos médicos brasileiros recebem visitas de laboratórios, para medicamentos. São pessoas que visitam os consultórios médicos com frequência. Ao visitar estes consultórios existe muita informação dos laboratórios para estes profissionais. Alguns outros estudos mostram que até 41% dessas pessoas visitadas tem como referência essa visita da indústria para prescrever as medicações. Você tem uma grande influência da indústria farmacêutica dentro da prática médica no Brasil. Isso também se expande para o uso da tecnologia, como exames laboratoriais”. “Você tem muitos professores de faculdade de medicina no Brasil que tem vínculo empregatício com indústrias farmacêuticas ou com indústrias que produzem tecnologia em saúde. Isso acaba influenciando seguramente a formação médica e o uso de tecnologia. Necessária, que bom que a gente tem essa tecnologia, mas muitas vezes precoce e diria até que de certa forma indiscriminada, sem uma boa indicação, sem um raciocínio clínico adequado”. Médicos cubanos recebem flores após agressões de uma minoria preconceituosa. Posted: 28 Aug 2013 07:24 AM PDT Médicos estrangeiros recebem flores no Ceará após hostilidades Na segunda-feira (26), eles foram xingados por médicos em Fortaleza. Nesta terça (27), movimentos sociais distribuíram flores em curso. G1 Ceará Depois do protesto com vaias e xingamentos na abertura do curso, os médicos estrangeiros que chegaram ao Ceará pelo Mais Médicos receberam flores e aplausos de integrantes de movimentos sociais nesta terça-feira (27) na Escola de Saúde Pública, em Fortaleza. Na saída do primeiro dia de aula do curso preparatório, os estrangeiros deram sorrisos e sinais de positivo para quem os esperavam e receberam aplausos e gritos como “Cubano amigo, o povo está contigo”. “Estamos seguros. Confiamos no povo brasileiro e temos uma tarefa que vamos cumprir”, afirmou o médico cubano José Armando Molina, ao sair do primeiro dia do curso. Segundo ele, os médicos estrangeiros não ficaram assustados e tristes com o ato hostil que aconteceu na segunda-feira (26) quando foram chamados de “escravos” e “incompetentes”. “Vimos que aquilo foi feito por uma minoria de pessoas. Hoje (terça-feira), foi o dia mais bonito desde que chegamos ao Brasil. Conhecemos que o povo brasileiro é irmão como somos dele. Estamos aqui para trabalhar para o povo brasileiro”, completa. Cerca de 100 pessoas fazia parte do grupo que distribuiu flores para os médicos estrangeiros. No fim do dia, eles entraram no auditório onde são realizadas as aulas e mostraram solidariedade aos profissionais. “O que aqueles médicos fizeram foi uma questão de classe. Estamos aqui para um ato de acolhida”, afirma Camila Silveira, da União da Juventude Socialista (UJS), um dos movimentos que participaram do ato. Além da UJS, também acolheram os médicos estrangeiros nesta terça-feira (27) representantes do Movimento Sem Terra, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira de Mulheres e da Casa da Amizade Brasil-Cuba no Ceará. “Temos que ser solidários. Temos que ser respeitosos. Quem tiver que fazer o protesto faça ao governo e não aos profissionais”, afirma o presidente da Casa da Amizade Brasil-Cuba no Ceará, Antônio Ibiapina da Silva. Mais Médicos" revelou um apartheid que estava escondido no poço profundo da hipocrisia de nosso país. Posted: 28 Aug 2013 07:19 AM PDT Amigos e amigas, Compartilho um dos mais belos posts do brasil247. Vale conferir na íntegra a leitura para entender que o programa "Mais Médicos" revelou um apartheid que estava escondido no poço profundo da hipocrisia de um país , onde se afirma que não existe racismo e preconceito. : Em 1957, na cidade Little Rock, em Arkansas, nove estudantes negros tiveram que ser escoltados por tropas do exército para assistir aulas numa escola para brancos, depois que os Estados Unidos eliminaram todas as leis que ainda permitiam a segregação racial; seis anos depois, em Washington, Marthin Luther King Jr. pronunciou seu discurso histórico, em Washington, quando disse "eu tenho um sonho"; na última-segunda-feira, em Fortaleza, médicos como o cubano Juan Delgado foram hostilizados aos gritos de "escravos, escravos" e algumas de suas colegas foram comparadas a empregadas domésticas; quando o Brasil se tornará uma nação digna, onde todos sejam iguais? 28 de Agosto de 2013 às 10:34 247 - Há exatos 50 anos, no dia 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr., o maior ativista na luta pelos direitos em todos os tempos, fez seu mais célebre discurso, no Lincoln Memorial, em Washington. A frase "I have a dream" ("eu tenho um sonho") para sempre ecoará como uma obra-prima da retórica política. "Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!", disse Luther King Jr., na data histórica (confira a íntegra do discurso). Seis anos antes, na cidade de Little Rock, no Arkansas, um estado marcado pelo racismo e pelo passado escravocrata, o presidente Dwight Eisenhower enviou tropas militares para garantir a segurança de nove estudantes negras que haviam sido admitidas em uma escola para brancos. Naquele ano, em 1957, os Estados Unidos haviam abolido todas as leis que ainda permitiam a segregação racial e os estudantes protegidos por militares ficaram conhecidos como "os nove de Little Rock" (leia mais aqui). Mesmo escoltados, no entanto, estudantes negros eram hostilizados por brancos que combatiam as políticas de igualdade e ação afirmativa, como numa foto que ainda paira como uma mancha na história dos Estados Unidos. Cinquenta anos depois do histórico discurso de Martin Luther King Jr., a cena indigna de Little Rock foi repetida em Fortaleza, capital do Ceará, quando uma turba de médicos tomados por um instante de selvageria armou um corredor polonês contra médicos cubanos e passou a gritar "escravos, escravos" (assista ao vídeo impressionante). Postada no 247, a imagem do cubano Juan Delgado sendo hostilizado por duas médicas brasileiras, captada pelo fotógrafo Jarbas Oliveira, registra, com precisão, o espírito de um tempo. Um tempo mesquinho, egoísta, em que doutores brasileiros, que se negam a atender brasileiros em regiões remotas, hostilizam quem se dispõe a fazer esse trabalho. Uma obra-prima que, certamente, dará ao fotógrafo os prêmios mais importantes de sua atividade neste ano. E que, de tão marcante, já foi compartilhada por mais de 200 mil pessoas no Facebook – um marco na internet brasileira. Dos mais de 2 mil comentários postados na matéria de ontem (saiba mais aqui), mais de 90% demonstraram indignação e vergonha alheia com a atitude dos médicos cearenses. Alguns questionaram o fato de o 247 ter descrito na matéria que Juan Delgado é um médico negro. Simples. Ser chamado de "escravo" é uma ofensa para qualquer ser humano. Mas uma ofensa que repercute ainda mais na alma de pessoas cujos ancestrais foram efetivamente escravizados. Ao comentar as agressões, o próprio Delgado se disse impressionado com a manifestação e disse ser um homem livre, que veio ao Brasil para ajudar – segundo ele, para ser "escravo da saúde e dos doentes" (leia mais aqui). Exemplos de preconceito, no entanto, se espalharam pela internet, como no Facebook da jornalista Micheline Borges, que disse que médicas cubanas se parecem com "domésticas" (leia aqui). No Brasil, ainda não apareceu um Martin Luther King Jr. capaz de dizer uma frase simples e poderosa. Simplesmente "eu tenho um sonho". Um sonho banhado por igualdade e tolerância. Assista, abaixo, ao discurso de Luther King Jr., que completa 50 anos hoje: 50 anos após Luther King, Fortaleza imita Little Rock Posted: 28 Aug 2013 07:05 AM PDT Amigos e amigas, Compartilho um dos mais belos posts do brasil247. Vale conferir na íntegra a leitura para entender que o programa "Mais Médicos" revelou um apartheid que estava escondido no poço profundo da hipocrisia de um país , onde se afirma que não existe racismo e preconceito. : Em 1957, na cidade Little Rock, em Arkansas, nove estudantes negros tiveram que ser escoltados por tropas do exército para assistir aulas numa escola para brancos, depois que os Estados Unidos eliminaram todas as leis que ainda permitiam a segregação racial; seis anos depois, em Washington, Marthin Luther King Jr. pronunciou seu discurso histórico, em Washington, quando disse "eu tenho um sonho"; na última-segunda-feira, em Fortaleza, médicos como o cubano Juan Delgado foram hostilizados aos gritos de "escravos, escravos" e algumas de suas colegas foram comparadas a empregadas domésticas; quando o Brasil se tornará uma nação digna, onde todos sejam iguais? 28 de Agosto de 2013 às 10:34 247 - Há exatos 50 anos, no dia 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr., o maior ativista na luta pelos direitos em todos os tempos, fez seu mais célebre discurso, no Lincoln Memorial, em Washington. A frase "I have a dream" ("eu tenho um sonho") para sempre ecoará como uma obra-prima da retórica política. "Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!", disse Luther King Jr., na data histórica (confira a íntegra do discurso). Seis anos antes, na cidade de Little Rock, no Arkansas, um estado marcado pelo racismo e pelo passado escravocrata, o presidente Dwight Eisenhower enviou tropas militares para garantir a segurança de nove estudantes negras que haviam sido admitidas em uma escola para brancos. Naquele ano, em 1957, os Estados Unidos haviam abolido todas as leis que ainda permitiam a segregação racial e os estudantes protegidos por militares ficaram conhecidos como "os nove de Little Rock" (leia mais aqui). Mesmo escoltados, no entanto, estudantes negros eram hostilizados por brancos que combatiam as políticas de igualdade e ação afirmativa, como numa foto que ainda paira como uma mancha na história dos Estados Unidos. Cinquenta anos depois do histórico discurso de Martin Luther King Jr., a cena indigna de Little Rock foi repetida em Fortaleza, capital do Ceará, quando uma turba de médicos tomados por um instante de selvageria armou um corredor polonês contra médicos cubanos e passou a gritar "escravos, escravos" (assista ao vídeo impressionante). Postada no 247, a imagem do cubano Juan Delgado sendo hostilizado por duas médicas brasileiras, captada pelo fotógrafo Jarbas Oliveira, registra, com precisão, o espírito de um tempo. Um tempo mesquinho, egoísta, em que doutores brasileiros, que se negam a atender brasileiros em regiões remotas, hostilizam quem se dispõe a fazer esse trabalho. Uma obra-prima que, certamente, dará ao fotógrafo os prêmios mais importantes de sua atividade neste ano. E que, de tão marcante, já foi compartilhada por mais de 200 mil pessoas no Facebook – um marco na internet brasileira. Dos mais de 2 mil comentários postados na matéria de ontem (saiba mais aqui), mais de 90% demonstraram indignação e vergonha alheia com a atitude dos médicos cearenses. Alguns questionaram o fato de o 247 ter descrito na matéria que Juan Delgado é um médico negro. Simples. Ser chamado de "escravo" é uma ofensa para qualquer ser humano. Mas uma ofensa que repercute ainda mais na alma de pessoas cujos ancestrais foram efetivamente escravizados. Ao comentar as agressões, o próprio Delgado se disse impressionado com a manifestação e disse ser um homem livre, que veio ao Brasil para ajudar – segundo ele, para ser "escravo da saúde e dos doentes" (leia mais aqui). Exemplos de preconceito, no entanto, se espalharam pela internet, como no Facebook da jornalista Micheline Borges, que disse que médicas cubanas se parecem com "domésticas" (leia aqui). No Brasil, ainda não apareceu um Martin Luther King Jr. capaz de dizer uma frase simples e poderosa. Simplesmente "eu tenho um sonho". Um sonho banhado por igualdade e tolerância. Assista, abaixo, ao discurso de Luther King Jr., que completa 50 anos hoje: As duas caras da revista Veja. Posted: 27 Aug 2013 07:15 PM PDT Melhor que fundar um banco, é filiar-se ao PSDB. A imprensa não denuncia; a polícia não investiga; o MP não indicia; a Justiça não julga. E o PT é massacrado dia e noite pela Rede Globo, Veja, Folha e Veja. As duas caras da Revista Veja é o retrato fiel da atuação da velha mídia que permitiu o PSDB passar 20 anos roubando o povo do estado de São Paulo, desviando recursos do metrô, trens e fazendo a privataria tucana. Duas imagens, dois momentos, os meus olhares, os mesmos preconceitos, as mesmas agressões. Posted: 27 Aug 2013 06:17 PM PDT Médico cubano agredido: Fomos agredidos, mas vamos cumprir nossa missão aqui no Brasil de atender bem a população carente" Posted: 27 Aug 2013 06:11 PM PDT Mais Médicos Médicos cubanos são hostilizados pelos colegas brasileiros em Fortaleza. Apesar da agressão, cubano diz que cumprirá missão LAURIBERTO BRAGA, ESPECIAL PARA AE - Agência Estado "Fomos agredidos, mas vamos cumprir nossa missão aqui no Brasil de atender bem a população carente", disse assustado, nesta terça-feira, 27, um dos 70 médicos cubanos hostilizados por médicos cearenses, na noite de segunda-feira, na saída da aula inaugural do treinamento de 96 médicos formação estrangeira, na Escola de Saúde Pública do Ceará, em Fortaleza. Os cubanos foram chamados de "escravos" e "incompetentes" e tiveram que passar por um corredor humano, onde os cearenses gritaram palavras de ordem como "Revalida", "Incompetentes" e "Voltem para senzala". "Aceitei vir para o Brasil para ajudar a população, mas agora só pretendo ficar os três anos da missão e voltar a Cuba. Tão logo termine o trabalho no Brasil retorno a Cuba, porque é em Cuba que tenho meu trabalho e minha família", afirmou o médico, que pediu para não ser identificado com medo de mais represália dos cearenses. Segundo ele "nós somos trabalhadores da saúde que lutamos pelas pessoas enfermas que procuram melhorias na sua saúde". O cubano antes de vir para o Brasil passou quatro anos em missão no Haiti. O secretário nacional de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro também foi agredido pelos cearenses. "O que eles fizeram foi um ato de truculência, violência, racismo, xenofobia e preconceito", reclamou. Odorico levou ovo na jaleco que vestia do Sistema Único de Saúde (SUS) e foi seguido pelos manifestantes até o carro com gritos de "Fora Odorico". Notícias relacionadas: Rede Globo, Veja, Folha e Estadão são responsáveis pelas agressões e preconceitos aos médicos cubanos. Posted: 27 Aug 2013 05:43 PM PDT Eles são responsáveis pelo corredor polonês? : Não foi por explosão espontânea que os médicos cearenses chamaram seus colegas cubanos de "escravos, escravos!"; o ódio, a violência e o preconceito demonstrados na noite da segunda-feira 26 foram atitudes disseminadas, a partir do conforto das redações da mídia tradicional, por três colunistas; Reinaldo Azedo, em Veja, foi o primeiro a chamar os visitantes de "escravos"; Eliane Catanhêde, na Folha, acrescentou que viajariam ao Brasil em "aviões negreiros"; Augusto Nunes, do Roda Viva, chamou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de "princesa Isabel às avessas"; assim como não existiria o nazismo sem o Mein Kampf, de Hitler, o corredor polonês de Fortaleza não ocorreria sem os jornalistas que gravaram no imaginário dos médicos o rebaixamento completo dos cubanos; nessa toada, a próxima pregação será "lincha, lincha!"? 247 – O que move o mundo são as ideias. Para frente ou para trás. A instalação do nazismo, na Alemanha dos anos 1930, foi precedida pela publicação do ideário de Adolf Hitler, o livro Mein Kempf. Na China comunista, Mao Tsé-Tung tinha o seu Livro Vermelho, de leitura obrigatória nas escolas. De ambos nasceram ideologias totalitárias, cegas aos direitos humanos, avessas à diversidade, pregadoras da violência. Hoje, no Brasil, o conjunto dos ideais disseminados por alguns dos mais conhecidos colunistas da mídia tradicional aponta para um caminho análogo, sem volta, de interdição do debate, aviltamento do adversário, exclusão do diferente. Corteja o totalitarismo já superado pela sociedade brasileira. "Escravos, escravos!". A palavra de ordem dos médicos cearenses contra seus colegas cubanos, que se preparavam para receber as primeiras noções sobre que Brasil é esse que eles vieram apoiar, não foi gritada por acaso. Essa figura foi gravada no imaginário coletivo dos médicos cearenses – e pode estar se multiplicando em outras regiões brasileiras – por três, em particular, colunistas adulados na mídia tradicional. Do conforto de suas redações, Reinaldo Azevedo, primeiro, classificou em Veja os médicos cubanos, cujo trabalho é elogiado em todo o mundo no qual eles atuam em programas do tipo Mais Médicos, da Finlândia à África, de "escravos". Na Folha, a decana Eliane Cantanhêde disse que os profissionais viajariam em "aviões negreiros". Augusto Nunes, para não ficar atrás, escreveu em seu blog que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se tornou uma "princesa Isabel às avessas". Todos, sem exceção, com a mesma imagem de degradação do ser humano. Não ocorreu à trinca de colunistas circunscrever suas diatribes ao irmãos Castro, Fidel e Raúl, ou a Karl Marx e Frederic Engels, os grande teóricos do comunismo. Não. Eles pularam na jugular de cada um e de todos os médicos cubanos que atenderam, sob supervisão da Organização Panamericana de Saúde, ao chamamento oficial do governo brasileiro. Na leitura de Azevedo, Eliane e Nunes, depreende-se que eles são "escravos" porque merecem. Vivem em Cuba porque são covardes para enfrentar a sua ditadura. Isso de um lado. Noutra hipótese, felizes, percorrem o mundo para agirem como arautos do socialismo, espiões à luz do dia, propagandistas de uma ideologia ultrapassada. Nenhuma linha sobre o trabalho que os médicos cubanos desempenharam no Haiti pós terremoto que devastou o país em 2010, classificado de "maravilhoso" por seus colegas de primeiro mundo (finlandeses). Nada sobre a ação pacificadora na África, na década de 1970. Nenhuma referência ao mundialmente exemplar programa de medicina da família executado dentro da própria Cuba, que por este tipo de expediente tem um Índice de Desenvolvimento Humano maior que o do Brasil. Zero. Igualmente, os três colunistas não comentaram sobre os médicos de outros países – Espanha, Portugal, Argentina, Itália – que igualmente aceitaram a proposta do governo brasileiro para preencher vagas que os médicos brasileiros recusaram – com salários de R$ 10 mil por mês. Afinal, por que entrar em questões mais complexas para análise, se o mais importante é se divertir pela humilhação aos cubanos? Sabe-se que, por este tipo de posicionamento rasteiro, a mídia tradicional está se afogando pela soma de dívidas demais e leitores de menos. Mas guarda-se ainda, é claro, um tipo de influência muito útil os momentos mais intensos de polaridade ideológica. Nessas horas, diante de programas como o Mais Médicos, que, efetivamente, podem mudar para melhor o padrão de atendimento de saúde nos rincões do País. Os mesmos rincões que não recebem médicos desde seu desbravamento. Os três colunistas poderiam usar seus espaços para discutir, porque, afinal, a chamada classe médica jamais, em tempo algum, como um todo, voltou seus esforços para o Brasil real. A orientação da medicina brasileira é cobrar, e caro, pelo menor atendimento. Os médicos querem os grandes hospitais, jamais os pequenos pronto-socorros. Podia-se alegar, até aqui, que faltava incentivo para o avanço pelas artérias do País, mas agora não há mais. A remuneração oferecida pelo governo superou todas as expectativas. O programa Mais Médicos, por outro lado, nada mais é que uma cópia escarrada do que já existe em diferentes partes do mundo, notadamente nos países mais avançados, como Inglaterra e Alemanha. Lá como cá foi preciso importar profissionais para superar carências. O que fazer, então, para dizer que o Mais Médicos não presta? Ocorreu aos três colunistas chamarem os cubanos – esquecendo-se de todos os outros – de escravos. Uma distorção não apenas da situação que eles vivem em Cuba, mas uma covardia contra cada um e todos os integrantes do grupo recém-chegado. A opção foi criar um clima hostil, de guerra, de oposição total e completa à presença deles aqui. Viraram a mira de seus canhões para os mais fracos e indefesos. Após chamar os profissionais de escravos, restará aos colunistas continuar o linchamento moral sobre eles. Poderiam, como Gandhi ou Luther King, atuarem pela conciliação entre o homens, mas se inspiraram em Hitler e Mao para disseminar o ódio. O resultado foi visto no Ceará. Como se desmonta uma farsa de jaleco Posted: 27 Aug 2013 05:39 PM PDT Por Fernando Brito, no blog Tijolaço: Está rodando na internet uma farsa apelativa. O Dr. Rogério Augusto Perillo, que acha que as pessoas são burras, postou uma foto segurando um cartaz dizendo que “não faltam médicos” e denunciando ter sido demitido pelo prefeito da cidade de Trindade, próxima a Goiânia, “para dar lugar a um médico cubano”. Com a repercussão nas redes, o prefeito teria “reconsiderado” a decisão e mandado readmitir Rogério. Conversa. Rogério é amigo e correligionário do prefeito da cidade, Jânio Darrot, do PSDB, com quem aparece sorridente na foto postada há 15 dias. E, pelo sobrenome Perillo, você deve imaginar de quem ele é parente. Claro, do governador Marconi Perillo, também do PSDB, aquele que escapou, sabe-se lá como, dos escândalo Demóstenes-Cachoeira. A página de Rogério Perillo no Facebook é um misto de carolice, antipetismo, anticomunismo e baixarias que me poupo de reproduzir. Ele, aliás, tentou fazer uma inscrição no “Mais Médicos”para ajudar a “melar” o programa, dizendo que o sistema não aceitava o CPF. Ele tem o direito de ser um idiota, ninguém lhe negará. Como tem o direito de ser integrante do PSDB e apoiador da candidatura Aécio Neves. Gosto, mesmo sendo duvidoso, não se discute. Tem mesmo o direito de ser um mau caráter. Mas ele não tem o direito de construir uma mentira na rede, para ser reproduzida por incautos, de boa fé, ou mesmo imbecis, de má-fé. Não tem o direito de manipular para combater o direito de outros brasileiros, não tão “bem-nascidos” quanto ele. Infeliz do povo que vai ser tratado com critérios éticos como o do Dr. Rogério. Se Goiás é o curral dos Perillo, não é difícil saber como tratam o seu povo. Vídeo que mostra as agressões e preconceito aos médicos cubanos Posted: 27 Aug 2013 05:12 PM PDT Médicos cubanos terão salário integral Posted: 27 Aug 2013 05:11 PM PDT A vice-ministra de Saúde de Cuba, Marcia Cobas, afirmou nesta segunda-feira (26), que os profissionais cubanos recebem 100% de seus salários. Durante discurso de abertura da fase de avaliação do programa Mais Médicos, Cobas disse que a intenção dos profissionais cubanos não é ocupar o espaço do médico brasileiro. "Queremos ir aos lugares onde a população mais precisa, onde não tem médico", disse. "Cuba é um país sem muitos recursos naturais. Nossos recursos são homens e mulheres que se preparam com conhecimento para tratar do nosso povo e do povo que precisa", afirmou. Ao fim do discurso, os profissionais aplaudiram Cobas em pé. Estão presentes 176 profissionais que vieram de Cuba e 23 que se formaram em outros países, principalmente Portugal e Espanha. Eles farão, no Distrito Federal, o módulo de acolhimento e avaliação, que dura três semanas. Depois disso, vão para os locais definitivos onde atuarão no atendimento à população. Fonte: Agência Estado Jornalista diz que cubanas têm cara de empregada doméstica Posted: 27 Aug 2013 05:10 PM PDT : A jornalista potiguar Micheline Borges publicou em seu Facebook que “médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência”, o que ela não teria percebido nos profissionais cubanos; "coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E febre amarela? Deus proteja o nosso Povo”, afirmou, destilando preconceito e ignorância; diante da repercussão negativa, a jornalista excluiu sua conta na rede social 27 de Agosto de 2013 às 19:27 247 – Não é apenas a classe médica que tem se insurgido contra o programa “Mais Médicos” e a vinda de profissionais cubanos para o Brasil, com ações preconceituosas. Na tarde desta terça-feira, a jornalista potiguar Micheline Borges engrossou o coro de impropérios contra os cubanos que já estão no país, em uma postagem no Facebook, gerando uma onda de revolta nas redes sociais. “Me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas tem uma cara de empregada doméstica. Será que são médicas mesmo? Que terrível”, disse. Teria ela se inspirado em certos colunistas da velha mídia que compararam os médicos cubanos a escravos? Para a jornalista, “médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência”, o que ela não teria percebido nos profissionais cubanos. “Coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E febre amarela? Deus proteja o nosso Povo”, completou. Diante da repercussão negativa, a jornalista deletou sua conta no Facebook, mas imagens com infeliz comentário continuam repercutindo muito nas redes sociais. Micheline tem sido acusada de racismo. Pelo Twitter, o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) engrossou o coro contra a jornalista. Para ele, ato foi exemplo de “canalhice e racismo”. CFM se cala covardemente diante das agressões e xenofobia aos médicos cubanos. Posted: 27 Aug 2013 05:03 PM PDT O vídeo dos médicos selvagens: CFM calado : "Escravos! Escravos!" Com agressões verbais e muitas vaias, médicos cearenses fizeram um verdadeiro corredor polonês contra profissionais cubanos; assista ao vídeo, feito ontem à noite; hostilidades chegaram às raias do preconceito racial; regras de civilidade e mínima cordialidade foram quebradas; presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce), José Maria Pontes disse que "cubanos não podem operar porque não sabem. E eles podem fazer um estrago muito grande no Brasil"; frente a esse comportamento selvagem, o que fizeram os Conselhos Federal, presidido por Roberto D´Ávila, e Regional de Medicina? Nada 27 de Agosto de 2013 às 14:34 247 – Quando o governo federal anunciou o Programa Mais Médicos, no início de julho, e a vinda de quatro mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil, na semana passada, o Conselho Federal de Medicina foi um dos primeiros a reagir formalmente. A respeito do convênio assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), o presidente do CFM, Roberto D´Ávila, assinou uma nota chamando o projeto de "eleitoreiro". Nesta segunda-feira, uma cena desprezível aconteceu em Fortaleza, onde 96 médicos, sendo 79 cubanos, desembarcaram para iniciar um curso de formação de três semanas antes de começarem seus trabalhos no Brasil. Cerca de 50 médicos brasileiros, que os esperavam do lado de fora, gritaram "escravos", xingaram e humilharam os médicos estrangeiros, que foram obrigado a passar pelo meio de um verdadeiro corredor polonês (assista vídeo abaixo). O comportamento selvagem dos médicos brasileiros foi praticado contra pessoas que nunca os desrespeitaram. Pelo contrário, vieram atender à população que tem pouco – ou nenhum – acesso à saúde e trabalhar em 701 cidades do País onde nenhum profissional brasileiro quis ir. Sobre essa atitude da classe médica, que demonstrou preconceito aos colegas estrangeiros, o CFM curiosamente não se pronunciou. Assim como não o fez o CREMEC, Conselho Regional do Ceará, onde ocorreu o episódio. A assessoria de imprensa do Conselho Federal informou ao 247 que não há previsão de nenhum posicionamento oficial sobre o caso. Na última semana, D´Ávila também classificou de "irresponsabilidade" a contratação de profissionais sem que fossem comprovadas suas habilidades técnicas. Acontece que, depois de participarem do curso preparatório no Brasil, de língua portuguesa e sobre o sistema de saúde pública brasileiro, os médicos podem ser reprovados e correm o risco de voltarem ao seus países. O presidente do Conselho Federal de Medicina, porém, não se retificou da crítica sem fundamento, após essa nova informação. Jornalista causa revolta ao afirmar que médicas de Cuba “têm cara de empregada doméstica” Posted: 27 Aug 2013 05:00 PM PDT Micheline Borges lamentou a chegada dos profissionais ao Brasil e disse: “Coitada da nossa população” < Esta mensagem está truncada Exibir mensagem completa
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 20:37:14 +0000

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