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Alerta Total ________________________________________ • Protestos ruidosos, problemas concretos na economia e ataques à Petrobras impactam reeleição de Dilma • A Esperança • A Petrobras e as manobras contábeis Protestos ruidosos, problemas concretos na economia e ataques à Petrobras impactam reeleição de Dilma Posted: 13 Nov 2013 01:32 AM PST Edição do Alerta Total – alertatotal.net Por Jorge Serrão - [email protected] Um megaprotesto de caminhoneiros, que prometem superlotar Brasília no feriadão de 15 de novembro, pode ser o começo de uma grande dor de cabeça para os estrategistas reeleitorais de Dilma Rousseff. Embora a vitória em outubro do ano que vem seja bem provável no discurso de propaganda, na vida real o processo tende a ser complicado por protestos ruidosos e insatisfações setoriais com a gestão da política econômica – na qual alguns indicadores futuros são bastante negativos. O inevitável aumento dos combustíveis pode acender o barril de pólvora... O mais assustador deles é o descontrole das contas. A trilionária dívida pública – formada por muitos gastos sem qualidade, desperdício e bastante corrupção – cresce cada vez mais, gerando lucros apenas para a usura dos bancos. O problema tende a se agravar com o aumento dos juros, justificado pelos burocratas para segurar uma inflação do mundo real que é bem maior que os 6,50% da meta (estourada) do governo. A tendência é que a turma de Dilma aposte na solução de sempre, mas que nada resolve: um aperto fiscal que fará a economia crescer menos ainda. A grande chance de Dilma para 2014 é a falta de força dos adversários. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não têm popularidade suficiente para decolar na campanha. Além disso, as supostas soluções que apresentam para os problemas do Brasil são muito parecidas com as do PT-PMDB, segundo o modelo Capimunista (socialista Fabiano). Os petistas apostam na incompetência da oposição – e podem sair ganhando muito com isto. Por enquanto, a única tática clara da pretensa oposição é o ensaio de ataques ao calcanhar de Aquiles do governo: a complicada situação da Petrobras, focando nos problemas gerados pela gestão José Sérgio Gabrielli. Mas tais ataques não têm apelo popular, embora desestabilizem muitos negócios petralhas - pouco conhecidos do eleitorado. O Presidentro Lula fica apavorado quando pipocam os escândalos na Petrobras. A estratégia da marketagem oficial é bem clara para o curto prazo. Divulgar “pesquisas” que mostram a força consolidada e o potencial de vitória de Dilma para o ano que vem. Tal trabalho será focado pelas mídias regionais em ação combinada com a militância petista, principalmente a velha máquina sindical. Outra orientação é partir para uma contraofensiva no mundo virtual da internet, onde os petralhas apanham muito. Mentirinha padrão Dando uma escapulida Operação esmola Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 13 de Novembro de 2013. A Esperança Posted: 13 Nov 2013 01:26 AM PST Artigo no Alerta Total – alertatotal.net Por Paulo Roberto Gotaç O artigo 101 da Constituição federal de 1988 estabelece que o STF é composto por onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com idade entre trinta e cinco e sessenta anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. O nomeado não precisa, portanto, em princípio, possuir o título de bacharel em Direito nem necessita, em consequência, comprovar experiência de expedição de sentença, o que, para o cidadão comum, constitui uma espécie de paradoxo. O parágrafo único do mesmo artigo, combinado com o art 52 da lei maior, afirma que cabe ao Presidente da República as nomeações dos togados da Corte máxima, sendo estas ratificadas pelo Senado Federal, em sabatina, mais inútil que cachecol no auge do verão carioca, uma vez que a casa hoje está aparelhada pelas manobras do executivo, visando ao sequestro do estado brasileiro pelo partido do governo. Apesar de toda esse emaranhado de atribuições, não deveria haver teoricamente nenhum motivo para desconfiança, por parte da sociedade, em relação às decisões do STF. Mas o caso do mensalão é atípico uma vez que os réus são elementos da equipe de governo e parlamentares da base aliada da época em que o maior esquema de corrupção política do história foi denunciado, ou seja, a Corte está sendo obrigada a julgar quem a nomeou. É claro que tal situação cria um ambiente de velada fidelidade ao executivo e o resultado melancólico é a duração absurda do processo, mais de sete anos, e a enxurrada de embargos e recursos com o objetivo explícito de aliviar ou anular as penas já decididas. O julgamento que um dia representou um divisor de águas, ou até mesmo um ponto fora da curva - com acepção diferente da empregada por um de seus mais recentes membros - no sentido de aumentar a credibilidade da justiça e mostrar aos estados de direito democráticos de todo o mundo, a nova postura da sociedade em relação ao melancólico panorama de corrupção no Brasil, está mais uma vez encalhado, sem previsão de desfecho, o que remete à necessidade de uma urgente revisão nos critérios de escolha dos Ministros do STF. Tudo indica que tal iniciativa não partirá do governo, por motivos óbvios mas fica a esperança. O problema é que ela, como já ocorreu em outros eventos relacionados ao governo petista, poderá ser a primeira a morrer. Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-eGuerra, reformado A Petrobras e as manobras contábeis Posted: 13 Nov 2013 01:24 AM PST Artigo no Alerta Total – alertatotal.net Por Aloysio Nunes Ferreira A Petrobras, que já foi orgulho dos brasileiros, passa por um momento delicado, com os seus indicadores financeiros e de produção em declínio. Os dados, em sua franqueza matemática, invariavelmente constrastam com a grandiloquência, o ufanismo e a fantasia que caracterizam o discurso das autoridades responsáveis pela área, a ponto de hoje ser, talvez, o exemplo mais expressivo da crescente divergência entre a realidade econômica e a propaganda oficial. Os números, as informações e as declarações constantes do balanço do terceiro trimestre da Petrobras, divulgado no dia 25 de outubro, confirmam a divergência. O resultado operacional e o lucro da empresa continuam declinando. O lucro líquido caiu de R$ 6,2 bilhões, no 2º trimestre, para R$ 3,4 bilhões, no 3º. Já a produção sofreu uma queda de 1%, se tomarmos o período de janeiro a setembro de 2013 em comparação com igual período de 2012. Seria muito fácil simplificar as coisas e jogar toda a culpa pelos maus resultados da Petrobras no desastrado controle de preços que o governo vem impondo à empresa. Essa seria a pior maneira de interpretar os números, pois passa a impressão que todos os problemas de gestão que corroem a estatal não existem, de modo que bastaria suspender a política de controle de preços de derivados que a companhia atingiria imediatamente a excelência. Nada mais falso. Uma leitura atenciosa dos dados do balanço indica que o controle de preços é apenas um dos problemas da empresa. Quando assumiu, a presidente Graça Foster impôs como uma das principais metas a redução dos custos e os ganhos de eficiência. Esses objetivos não estão sendo alcançados. Os dados são eloquentes. O conceito mais importante para verificar a evolução dos custos é o chamado lifting cost. Esse montante, que representa a quantia de toda a etapa de extração até que o petróleo esteja disponível para ser transportado para refino ou exportação da Petrobras, aumentou em 8% de janeiro a setembro de 2012 e de 2013. Saltou de US$ 13,79 para US$ 14,71. É bom lembrar que o dólar, no período, teve grande valorização, o que só piora o quadro, uma vez que uma parte dos gastos da empresa, como mão-de-obra, são denominados em reais. É preciso que se explique esse aumento galopante. A produção não cresce, os resultados se deterioram e, à moda de bode expiatório, se lança toda a culpa na política equivocada de controle de preços do governo. À luz desses dados, percebe-se que o buraco da Petrobras é mais embaixo, talvez no pré-sal. Nos comentários ao Balanço dirigidos pela Presidente da empresa aos investidores e acionistas, encontra-se, entre outras, a seguinte justificação para a incapacidade de expandir a produção no 3º trimestre: a dificuldade de contratação no Brasil de navios nos anos de 2010 e 2011. Em 2012, a diretoria autorizou a contratação de 10 navios, sendo oito no exterior e dois no País. A linguagem é um tanto cifrada, mas tudo leva a crer que se proibiu ou se cerceou a encomenda desses navios no exterior até 2012. Se for assim, estamos diante de mais um caso de falso nacionalismo, da prevalência de posições retrógradas a interferir na gestão da Petrobras e que, antes de contribuir para o enriquecimento do Brasil, travam seu desenvolvimento e prosperidade. Essa declaração faz crer que teria havido alguma proibição ou restrição para a encomenda ou compra desses navios no exterior até o ano de 2012 e, só então, diante da acumulação, por pelo menos dois anos de prejuízos gerados pela medida, foi autorizada a contratação no exterior dessas embarcações. Seria preciso que a presidente da Petrobras esclarecesse essa questão. De onde surgiu essa restrição? Da própria Petrobras ou do governo? Onde ela estava formalizada? Qual o rombo no balanço de pagamentos provocado na conta petróleo e na balança comercial brasileira somente por essa restrição? Quem determinou essa restrição e, portanto, é o responsável por atrasar em anos o aumento da produção de petróleo no Brasil? É preciso esclarecer quem promoveu essa patriotada. Outro ponto a ser apontado é a estranha simultaneidade entre a publicação do balanço do 3º trimestre e a divulgação de fato relevante pela empresa relativo à nova metodologia de preços a ser utilizada pela Petrobras. Diante dos desastrosos resultados operacionais e financeiros do balanço do 3º trimestre, a diretoria da empresa resolve tirar um coelho da cartola e lança sobre o mercado esse fato novo, sem sequer ter obtido autorização prévia do acionista controlador, a União, para sua implantação. Logo em seguida, a União, por meio do presidente do Conselho de Administração, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, desautoriza publicamente a iniciativa, alertando que a tal metodologia se resume a estudos iniciais sujeitos ao crivo do próprio Conselho, que só teria tomado conhecimento da proposta naquele mesmo dia! Diante disso, a CVM se mobilizou e requereu esclarecimentos adicionais. É importante sublinhar esse ponto: uma decisão estratégica para o fluxo de caixa da companhia é divulgada como fato relevante sem que o Conselho tivesse tomado conhecimento! A que ponto chegou a governança do setor de petróleo no País? É uma barafunda! Estranhamente, esse lacônico e singelo comunicado sobre a possível adoção de nova metodologia ao conhecimento do Conselho da empresa teve o condão de elevar as cotações das ações preferenciais em quase 8% no dia seguinte à publicação do balanço, mesmo à vista dos resultados decepcionantes entregues pela direção da empresa. Logo depois, o Sr. Almir Guilherme Barbassa, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, divulgou aditamento ao fato relevante, esclareceu pontos do que seria a nova metodologia de preços, mas afirmou que a decisão final será no dia 22 de novembro. Fica a pergunta: o que houve foi uma genuína reação favorável do mercado ou poderia ter havido movimentação de compra de grandes agentes tais como fundos de pensão de estatais ou fundos de investimento administrados por bancos públicos? Agora mesmo estamos assistindo a uma guerra de bastidores. A presidente da empresa dá uma declaração aqui, o ministro da Fazenda rebate dali, e assim a vai seguindo a nau dos insensatos. Assim, a política de preços de uma empresa estatal independente transforma-se em questão de Estado, com direito a toda sorte de intrigas palacianas. Talvez, em breve, as reuniões ministeriais no Brasil venham a ter como tema único o controle de preços, a exemplo do que vem sendo feito no setor de energia elétrica e transporte urbano, enquanto a produção claudica, a produtividade despenca e a inflação não dá sinais de trégua. Esse episódio da nova metodologia de reajuste é só mais um sinal da regressão econômica e institucional promovida pelos sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores. Diante de tudo isso, o balanço da Petrobras, que é um documento importantíssimo, pois expressa não apenas a grave situação em que se encontra, mas também sintetiza o que a desastrada intervenção governamental na economia tem causado ao País: aumento da inflação, déficit na balança comercial, deterioração das contas públicas, queda na produtividade, elevação de custos, fragilização das empresas estatais. E mais importante: o propalado nacionalismo que tem inspirado essas ações tem trazido, na verdade, enormes prejuízos aos interesses do Brasil e dos brasileiros. A Petrobras é só a vítima mais evidente. Aloysio Nunes Ferreira é Senador (PSDB-SP).
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 12:56:06 +0000

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