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Alunos e professores vigiados Enquanto pais e mestres defendem a instalação de câmeras para ampliar a segurança, críticos alegam que medida representa invasão de privacidade Folha de Londrina: 01.11.2013 Londrina - A agressão sofrida por duas professoras em sala de aula nos últimos 30 dias, em Londrina, suscitou novamente a discussão sobre a segurança dentro das escolas. Diante de fatos como esses, um dos temas que inevitavelmente entram em pauta é a necessidade de vigilância, sobretudo por meio de câmeras. Enquanto muitos pais e professores defendem a instalação dos aparelhos para ampliar a segurança, críticos alegam que a vigília eletrônica trata-se de invasão de privacidade. Uma linha tênue divide as opiniões embasadas em concepções pedagógicas e legais. O fato é que, a cada ano, mais escolas aderem à iniciativa de colocar o equipamento nas unidades. Se em Londrina as medidas ainda são pontuais e por iniciativa da própria comunidade escolar, algumas prefeituras e governos já viabilizam projetos para todas as escolas. Recentemente, a Secretaria Municipal de São José dos Campos, no interior paulista, aprovou um projeto que prevê a instalação de 894 câmeras em 149 unidades da rede municipal de ensino. A ideia é que cada escola receba um kit com seis câmeras: cinco dentro da instituição e uma na frente. A instalação em áreas comuns, como corredores e pátios, e no entorno, em grande parte dos casos, é aceita sem muita polêmica. O problema maior é com o equipamento dentro da sala de aula. No ano passado, a direção do Colégio Estadual Ubedulha de Oliveira, na zona norte de Londrina, colocou câmeras em toda a unidade, incluindo nos banheiros. Os equipamentos são direcionados apenas para as pias, mas ainda assim houve resistência da comunidade escolar. A justificativa é de que havia muito vandalismo e até mesmo tráfico de drogas no ambiente. Pouco mais de um ano depois da polêmica, a direção afirma que a decisão de manter os equipamentos foi acertada. De acordo com o diretor da instituição, Air Inácio de Lima, depois da instalação, o número de roubos dentro das salas de aula, violência, uso de drogas, pichação de carteiras e paredes caiu drasticamente. No primeiro momento eles acharam que iríamos invadir a privacidade. Mas as imagens só são utilizadas para averiguarmos uma determinada situação, comenta. Dias após a instalação, uma aluna foi flagrada levando droga para dentro da escola. Certos de que foi o melhor a fazer, o número de câmeras passou de 28 para 42 nesse período. O investimento foi de R$ 7 mil. Parece que estamos em outra escola de tão tranquilo. Hoje, alunos e professores estão totalmente acostumados mas, principalmente, conscientes de que se fizerem algo errado serão responsabilizados, garante o diretor. A instalação foi aprovada na época pelo Conselho Escolar, que é composto por pais, alunos e funcionários, como forma de coibir qualquer ação criminosa. Todo o equipamento foi custeado pela própria escola. Não há um levantamento oficial de quantas escolas em Londrina possuem câmeras instaladas. A estimativa, porém, é de que as particulares se sobressaiam, porque praticamente todo investimento é da instituição. Entretanto, com a aquisição de 170 novas câmeras pela Prefeitura este ano, escolas e centros de educação infantil recebem o monitoramento realizado pela central da Guarda Municipal. Do total de 224 câmeras, 100 delas estão distribuídas em 79 escolas, cujas imagens são visualizadas 24 horas por dia e armazenadas por 30 dias. Se há uma situação duvidosa, a guarda se dirige ao local. Violência No final do mês de setembro, a diretora da Escola Municipal Irene Aparecida da Silva, na zona sul, foi atacada a chutes e socos por um aluno de 13 anos que já possuía um histórico de mau comportamento. No segundo caso, ocorrido na semana passada, uma professora da Escola Escola Mari Carreira Bueno, da zona oeste, foi empurrada por um aluno de apenas 10 anos. Ambas registraram boletim de ocorrência e a primeira usou imagens captadas pelo sistema de vigilância para comprovar a violência. O Conselho Tutelar acompanha os casos e o Núcleo Regional de Educação afirmou oferecer acompanhamento psicológico às professoras. Um dos alunos ainda estaria afastado das atividades, aguardando decisão sobre retorno ou não às aulas na mesma escola. Marian Trigueiros - Reportagem Local folhaweb.br/?id_folha=2-1--56-20131101
Posted on: Fri, 01 Nov 2013 02:12:04 +0000

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