Amigos Amargos. O feice e a rede social traz isto para perto. Há sempre um "veneninho" que o comentário daquela pessoa traz. Na primeira, você acha estranho, mas releva. Na segunda, você observa e percebe que há algo errado. Na constância da amargura que se revela nas mínimas postagens, desde uma alfinetada desnecessária até um momento de profunda tristeza em sua fala. Por mais que ache que não, o amigo amargo se revela. Ou melhor, o amargo do amigo se revela. Está sendo percebido. Está conseguindo atrair para si a atenção perdida. Às vezes, na demonstração máxima de felicidade fabricada, a amargura se revela. Às vezes é sutil, discreta, mas cortante. É fácil perceber, menos por ele. E quanto mais ele sabe que é visto, menos se vê. A visão da sua amargura, quase sempre está no vínculo entre a emissão e a recepção, consciente ou inconscientemente. Amargura, como o nome já diz é algo difícil de engolir, mas às vezes um remédio necessário de se tomar. Refletir sobre a amargura alheia ou a própria, é tão importante quanto pensar na doçura de lá ou de cá. Se alguém lhe incomoda tanto, reflita sobre os seus incômodos, eles tem muito de você. Esta pessoa certamente ainda não sabe o quanto está transbordando, mas revelou o quanto seu balde também está "cheio". Não importa se é um conhecido que busca um "status" de amigo, ou outro que confunde proximidade com intimidade, ou ainda aquele que não consegue ser real, mas virtual se joga. Nada disso importa. Afinal, gente inteira é sempre melhor do que gente pela metade. Há um novo amigo em seu convívio virtual ou real que lhe espelha. Há um novo conceito de amigo que não anula o velho. Há amigos novos e velhos amigos. Há mais doces e mais amargos, como você mesmo. Provemos dos sabores dos vínculos humanos. São doces e amargos, mas nem sempre sempre amigos. São doces e amigos, também os amargos. Doces e amargos amigos, atuais ou antigos, nos revelam o mel e o féu das nossas almas. Provemo-nos.
Posted on: Thu, 10 Oct 2013 14:00:42 +0000
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