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Amigos do face. Incentivado por vcs e com o suporte técnico e emocional dos meus protetores Juliano Flores (Soma) e Marcelo Ayala (Cipnet) estou ensaiando para colocar no ar o meu blog on line paulocancian. Mas hj me veio uma lembrança muito forte e não vou poder aguardar. Preciso compartilhar já. Nem sei quanto tempo faz que o Zanini viajou. Mas hoje acordei pensando neste cara que foi um dos mais completos profissionais e amigos que conheci. Luiz Fernando Zanini da RBS era seu nome e sobrenome. Falante e orgulhoso de sua representação, conhecedor do mercado como poucos, assumiu essa personalidade sempre e integralmente, com o bônus e o ônus inerentes a função. Ostentava uma onipresença institucional impressionante. Sempre me tratou por “gordo”, mesmo depois da cirurgia bariátrica. No dia seguinte ao fechamento da Folha de Hoje (31/10/1994) ele e o grande jornalista Claudio Thomas, editor do Pioneiro à época, me convidaram para jantar no Restaurante Alitália. Conversamos quase três horas sobre o episódio e sobre o funcionamento da nossa reduzidissima estrutura. Ele e o Thomas com a lista da nossa equipe ouviram atentamente o histórico e o perfil de atuação de todos. E eles foram de uma honestidade cristalina: “menos tu, tentaremos contratar todos os que pudermos”. E a equipe da FH em sua quase totalidade, foi convidada a trabalhar no Pioneiro. Muitos fizeram carreira lá, continuando depois com Roberto Nielsen. Sou grato até hoje por isso. Ficamos ainda mais amigos. Trocávamos informações de mercado com frequência. confidências pessoais e profissionais. Repartíamos receios, pressões sobre a necessidade de faturamento, embora minha condição negocial fosse de poeira cósmica perto do potentado que ele representava. Compartilhamos as ansiedades à espera dos nossos primeiros netos que vieram com pequena diferença, dois garotos: meu Gabriel e o Vitor dele. Nos culpávamos por nossas longas ausências familiares em troca da atividade profissional desgastante. Sempre respeitou os profissionais. Jamais o vi tecer qualquer comentário sobre a conduta de gente de dentro ou de fora. Vai que quando investi no meu próprio jornal, o semanário Tempo Todo (hoje incorporado pelo diário Folha de Caxias), passou a me proteger na medida do possível. Quando a inadimplência era exagerada (especialmente em janeiro e fevereiro) autorizava uma re da rerenegociação. E o jornal saiu durante 11 anos. Com o beneplácito dos meus queridos Martins e Paulo Motta e mais o pessoal da oficina nos atrasos de remessa que só quem trabalha no meio conhece. Uma noite, depois de ter atingido uma tiragem histórica de 18 mil exemplares com 36 páginas (Beto Hunof de editor) fomos jantar na casa de Sérgio Simon, também seu amigo e que estava me assessorando. Naquela noite pedi conselhos sobre o futuro. Ele me deu uma série de sugestões sobre posicionamento de mercado, concordando com o Simon que a luta fosse pela liderança entre os semanários eminentemente locais e com foco na informação econômica. Fez projeções sobre o avanço do jornalismo popular, o sriscos e a insegurança de investir numa estrutura de classificados, além de outros macetes. Isso ficou marcado para sempre na minha carreira. Você pode ser muito grande na representação institucional, que sempre é passageira. Mas jamais esqueça que profissionalmente todos nós (no nosso caso a Comunicação) só somos grandes quando tratamos como iguais todas as pessoas, do puxador de fio ao graxeiro da impressora, do cara da latinha ao ancora de programas, do produtor de conteúdo ao entregador de jornal. Esse foi o Zanini da RBS, da Dona Haidee, da Carolina e dos seus netos. Que Deus o tenha.
Posted on: Thu, 28 Nov 2013 13:21:49 +0000

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