Amigos e Amigas do Face, Brasileiros e Brasileiras de Verdade, - TopicsExpress



          

Amigos e Amigas do Face, Brasileiros e Brasileiras de Verdade, Gaúchos e Gaúchas de todas as Fronteiras, quero nesta data de 20 de Setembro em que comemoramos 178 de uma longa e sangrenta batalha contra os altos impostos e às injustiças do Império (governo central) com a Província do Rio Grande, convidá-los a uma breve reflexão: 1835 – 2013 O que mudou? A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos como queiram, foi um conflito armado com características de guerra civil regional, que ocorreu nos Territórios hoje ocupados pelos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina entre 1835 e 1845 e deste, participaram muitos de nossos antepassados. Demarcada como uma das mais extensas rebeliões deflagradas no Brasil e na América do Sul, a Revolução Farroupilha contou com uma série de fatores responsáveis por esse conflito que desafiou as autoridades imperiais. Naquele período, a insatisfação junto às políticas imperiais e a proximidade das jovens repúblicas latino-americanas demarcaram o contexto inicial do conflito. Originalmente não tinha caráter separatista, mas influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras, irradiando influência para a Revolução Liberal que viria ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas. Nestas, absorveu-se os ideais republicanos da Revolução Francesa (1789). Inspirou-se na recém-finda Guerra de Independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova República do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Entre Rios. Em 1836, inconformados com o descaso das autoridades imperiais, um grupo liderado por Bento Gonçalves exigiu a renúncia do presidente da província do Rio Grande do Sul. Em resposta à invasão feita na cidade de Porto Alegre, um grupo de defensores do poder imperial, também conhecidos como chimangos, conseguiu controlar a situação em junho daquele mesmo ano. Logo após a batalha de Seival, de setembro de 1836, os revolucionários venceram as tropas imperiais e proclamaram a fundação da República de Piratini ou República Rio-Grandense. Com a expansão do movimento republicano, surgiram novas lideranças revolucionárias na região de Santa Catarina. Sob a liderança de Guiseppe Garibaldi e David Canabarro, foi fundada a República Juliana que deveria confederar-se à República Rio-Grandense. Dessa vez, melhor preparadas, as tropas imperiais conseguiram fazer frente aos revoltosos que, devido à participação popular, ficaram conhecidos como farrapos. Sob a liderança do barão de Caxias, as forças imperiais tentavam instituir a repressão ao movimento. Mesmo não conseguindo aniquilar definitivamente a revolta, o governo imperial valeu-se da crise econômica instaurada na região para buscar uma trégua. Cedendo às exigências dos revolucionários, o governo finalmente estabeleceu o aumento das taxas alfandegárias sobre o charque estrangeiro. A partir daí, Duque de Caxias iniciou os diálogos que deram fim ao movimento separatista. Entre as causas apontadas também situam-se o descaso administrativo do governo central para com a Província do Rio Grande do Sul, que conforme manifesto de seu líder, Bento Gonçallves da Silva, era apenas visto como fornecedor de soldados para defenderem as fronteiras brasileiras. Com o crescimento da região não previsto pelo império, devido a industrialização da carne salgada (charque), que era dado a consumo dos escravos no nordeste e sudeste do Brasil (mineração, canaviais e café) e no Caribe (canaviais de Cuba) formou-se o lastro para o aprofundamento das divergências. O Brasil mantinha pesados impostos sobre a produção pecuária rio-grandense, agravando o charque, couro e a propriedade produtiva, e desonerava as importações de charque do Uruguai e Argentina. A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida. Ao contrario do Uruguai e Argentina, que recentemente haviam abolido a escravatura, no Brasil mantinha-se o regime de trabalho escravista. Como a produção do charque era uma atividade sazonal, a mão de obra escrava era mais cara que a contratada apenas para aqueles períodos do abate do gado, salga e armazenamento da carne. A aspiração natural de liberdade dos escravos inseriu-os na causa republicana, organizando-se exércitos contando com homens negros. Foram famosos pela habilidade e Bravura os dois corpos de Lanceiros Negros farroupilhas. Este foi o conflito armado que durou dez anos, a mais longa na História do Brasil. As características de manter território definido, cunhar moedas próprias e estabelecer hierarquia administrativa própria (presidente da República e ministérios) o descaracteriza como rebelião, alçando-o a guerra civil, com a proclamação da República Riograndense. Sua economia manteve-se graças à exportação de charque e couro e as conexões que mantinha com os hoje territórios das repúblicas do Uruguai e Argentina podendo suprir as suas forças por mais tempo. Teve como líderes farroupilhas: Bento Gonçalves, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, David Canabarro, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos, além de receber inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além de Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse à carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália. Em 1844, depois da derrota farroupilha na batalha de Porongos, um grupo de líderes separatistas foi enviado à capital federal para dar início às negociações de paz. Após várias reuniões, estabeleceram os termos do Convênio do Ponche Verde, em março de 1845. Com a assinatura do acordo foi concedida anistia geral aos revoltosos, o saneamento das dívidas dos governos revolucionários e a libertação dos escravos que participaram da revolução. Mas, então meus conterrâneos, gaúchos e gaúchas, passados 178 anos, eu pergunto-lhes: O que mudou? Continuamos sendo explorados, estropiados, esgualepados, violentados, desrespeitados, humildados e de cabeça baixa... Certamente os nossos heróis e heroínas do passado devem estar se revoltando em seus túmulos, envergonhados de todo o que acontece, não só neste Rio Grande Amado, mas de sorte em todos os rincões desta Pátria, hoje nem tão brasileira, mas uma mistura caribenha. Neste Estado de hoje, se “luta por vinte centavos, mas não por dignidade”... Se “luta por passe livre”, mas não por liberdade! Como aurora precursora Do farol da divindade Foi o 20 de Setembro O precursor da liberdade Mostremos valor constância Nesta ímpia e injusta guerra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra De modelo a toda Terra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra Mas não basta pra ser livre Ser forte, aguerrido e bravo Povo que não tem virtude Acaba por ser escravo Mostremos valor constância Nesta ímpia e injusta guerra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra De modelo a toda Terra Sirvam nossas façanhas De modelo a toda Terra. Fiquem com Deus, Saúde em Paz em seus corações! Facebook/pedro.leal.505
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 19:48:41 +0000

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