Amo todos os meus amores. Amo a primeira imagem de menino que me vêm a cabeça quando lembro da minha infância. Aos 6 anos de idade para viver um amor, só me importava ter algum nome pra responder quando me perguntassem de quem era meu coração. Andar de mãos dadas, receber cartas e ate a própria reciprocidade do amor não faziam muita diferença. Amo meu amor do meus 10 anos, ele não era o galã da escola, nem o mais paquerado da turma, e gostava disso, pois eu me diferenciava de todas e o meu amor podia ser exclusivo, mas também nunca quis que ele soubesse, ainda não saberia o que fazer com o amor. Amo todas as minhas paixões platônicas, as que começaram aos 14 anos, e as que duram até hoje. Amo o menino que só observava de longe na escola , o mesmo que eu pedia para minha prima mais velha ligar fingindo que era eu, só porque eu a achava muito mais descolada, nessa época só queria impressionar por alguém que eu não era. Depois que ele saiu da escola, amei da mesma forma, todos os outros, que eram mais velhos como ele, mandei cartas, sonhava e amava falar deles com a amiga, que dividia as mesmas paixões comigo. Amo meu 1o amor, sabia que estava pronta pra ele, e só pensava em passar cada minuto da minha vida ao seu lado, ele era a minha única referência de amor correspondido, quem cuidava de mim, e com quem eu esperava morrer já velhinha. Fui egoísta, afinal sem muita experiência, acreditamos que o amor está ali apenas pra satisfazer todos os nossos prazeres e necessidades. Ainda amo aquele que me amou, e que só vim a amá-lo quando ele, já não me amava mais. Ele quem se tornou referência de caráter, tão sensível e apaixonado pela vida, e que como um parte de um contexto maior, apenas apareceu para iluminar as direções do meu caminho. Amo meu amor de verão, àquele que nem fazia idéia que eu o amava, e que chorei quando o vi de novo, e já não era mais verão, era Outono.. Amo a foto do ator que preenchia meu mural, mas amei mais ainda quando fiquei com ele, e quando briguei com ele. Amo todos aqueles que já me amaram, e que infelizmente, não pude corresponder. Amo o menino que trabalhou comigo, e que só ele, e mais ninguém ao nosso redor sabia do meu amor. Mas ainda o amo, pois foi ele quem me ajudou a aguentar as longas jornadas, num meio onde me senti devorada por tudo e todos. Amo o primeiro menino que me pediu em namoro, e até o próprio namoro que só durou um mês. Mas amo ainda mais o fato de reencontrá-lo anos depois, e dividir sonhos e angústias, e projetar planos de um mundo melhor. Finalmente, amo àquele que tornou todos os sentimentos mais leves, e que me deu a honra de me sentir como uma personagem de um filme do Woody Allen, e a encarar a vida e relacionamentos de forma tão mais divertida e real. Amo ele por ter tido a oportunidade, depois do meu primeiro amor, de dar mais, e receber menos. Amo por não querer mudá-lo em nada, e por mesmo sem estar junto, por me sentir completa e verdadeira só por ter deixado e levado nosso melhor e nosso pior. Então continuo amando o amor, porque é ele quem está ao meu lado ano após ano, acompanhando meu crescimento e amadurecimento, assistindo minhas lutas e vitórias. E continuo a amar, cada vez mais em busca de novos e melhores propósitos para se amar, pois quando se ama, é impossível se cansar da vida, já que todo fim de amor é eterno. É mais ou menos como um amigo me disse uma vez: Relacionamentos..Complexos, dolorosos, gostosos, estranhos..mas completamente necessários
Posted on: Tue, 05 Nov 2013 15:47:10 +0000
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