~Anabell "Poesias Mortais" Nunca me imaginei em uma situação - TopicsExpress



          

~Anabell "Poesias Mortais" Nunca me imaginei em uma situação como esta, para você que está lendo não afirmo que estou bem, se estou sã e salva, mas o que sei é que mesmo com tanta loucura em minha vida estou feliz. Meu nome é Tânia, sempre fui muito medrosa a respeito do sobrenatural, fantasmas e coisas do gênero sempre me arrepiaram ao extremo. Tudo aconteceu em abril de 2001. Sempre gostei de ir à biblioteca, tanto que muitas vezes lembro-me de matar aula para ficar lá a manhã inteira, já havia lido todos os livros desde os contos, histórias enfim até os de biologia, matemática, geografia, eu era uma devoradora de livros, queria mais e sabia que lá havia em quarto no segundo andar da biblioteca, tinha ouvido falar de uma vez de uma faxineira que lá trabalha, porém ela mesma não tinha permissão para entrar lá, era um lugar proibido, não entendia se lá estava cheio de livros o que tinha demais? Com essa ideia na cabeça decidi fazer algo que nunca havia feito antes, algo que sempre foi contra o meu estilo, decidi invadir, não havia nada demais eram somente livros, então quando anoiteceu coloquei minha mochila com minha lanterna e fui para a biblioteca não foi difícil invadir, se bem que lá além dos livros não a nada de valor, então vocês podem imaginar sem segurança e bem invadeável, entrei por uma porta dos fundos as trancas estavam enferrujadas foi fácil quebrar, estava assustada mais quando dei por conta já estava dentro do local, subi as escadas estava muito escuro, mas eu não iria me arriscar a acender as luzes, não queria chamar atenção para a biblioteca,ainda mais as 01h25min da madrugada, cheguei em frente a tal sala cheia de livros diferentes ,foi muito difícil de arrombar esta porta mas não impossível soou como música nos meus ouvidos o barulho da ranger da porta abrindo ,finalmente, os livros estavam muito empoeirados, mas o que realmente me intrigou era que eram em torno de um 200 livros mas todos de um único autor ,Jonathan Mcklier, mesmo não sendo fã de poesias decidi me aventurar e lê-los comecei a ler o meu primeiro as 01h:40min e quando dei por mim já eram 05h:45min ,eu realmente não vi o tempo passar tinha que ir embora a faxineira chegaria as 06h:00 ,mas eu não queria para de lê-los eram incrivelmente bons, peguei vários o máximo que pude o joguei dentro da minha mochila e sai disparada cheguei em casa adrenalina a mil, foi secretamente para meu quarto meu pais não ficariam felizes em saber o que fiz durante a noite ,ao entrar no meu quarto os li ,mais e mais e mais estava viciada ,eram poemas melancólicos, tristes mais incrivelmente profundos. Acabei dormindo por cima deles, e isso foi se seguindo durante dias até não restar mais livros dele para ler, fiquei arrasada, tentei continuar minha rotina de caça livros mais não conseguia me focar em mais nada que não fosse aqueles livros, tanto que me desesperei e reli, mais não era a mesma emoção da primeira vez, aposto que esse cara era um senhor idoso, vivido para ter tanta inspiração, não parava de pensar em como seria a aparência dele, então fiz algo louco, contei tudo que havia feito para Cláudia a faxineira da biblioteca, ela era legal iria me entender... Que nada levei o maior sermão, e em meio a tantas brigas ela disse que a filha da dona da biblioteca havia a cinco anos sumidos em busca dos livros deste homem, que por isso não era legal eu ficar bisbilhotando , mas eu disse que não faria isto e pedi ,implorei para ela me arrumar mais livros dele, ela disse que não havia mais além daqueles, eles foram achados em uma casa abandonada, a não ser... Fiquei em silencio e excitada com a possibilidade, repeti: a não ser?...Ela disse que a garota sumida tinha um livro dele que ela esqueceu antes de sumir no mundo, um que ela não se separava, mas ela não sabia onde ele estava, fui para casa com aquilo na cabeça, sai com um foco na cabeça achar este livro, deduzi o lugar lógico onde estaria seria na casa da mãe dela, mas além de invadir uma biblioteca será que eu realmente iria invadir uma casa de família? Onde meu vicio iria parar? Mas eu não consegui evitar e fui na manha seguinte, no horário de trabalho de dona Cátia a bibliotecária ,sabia que não haveria ninguém em casa, entrei por uma janela que estava só encostada e fui a minha busca, demorou mas achei vi logo na capa escrito: "Jonathan Mcklier – Quando o Amor nos mata" achei incrível até ficar muda, na contra capa havia... A foto dele... O homem que havia me deixado louca, ele era incrivelmente lindo, um rapaz de olhos azuis, cabelos loiros e um sorriso que faria qualquer senhora cair aos seus pés, mas pela época eu sabia que ele já havia falecido, "infelizmente" o levei para casa o li por completo, mas nunca um poema me chamou tanta atenção quanto um, dos tantos que havia lido dele, eis que ele dizia: "Enquanto sozinho a noite estava Pensando no que contigo vivi Nas noites que em claro contigo passei De tudo que convivi Em meio ao meu surto enlouquecido Desesperado de paixão Decidi me matar para encontrar teu alento Tua alma para matar minha solidão." Este era o ultimo poema do livro, e me lembro da faxineira dizer algo sobre a garota sumida chorar muito e dizer que não era aceita por ele, ele amava outra por isso tinha escolhido partir, ela disse que nunca entendeu a palavras da jovem, eu acho que entendi mais não queria entender, em meio a tudo isso percebi que estava apaixonada por um homem morto, isto é uma coisa ruim, mais eu não poderia evitar, fui a internet procurar sobre ele, até que ao entrar em site eu li algo sobre "contato com mortos", foi ai que decidi me arriscar, acho que sabia o que fazer, eu tinha que conhece-lo eu o amava demais eu precisava daquilo para me sustentar e preencher o vazio que em mim havia desde então. Velas acesas, quarto escuro, símbolos estranhos, fiquei muito apavorada, mas ansiosa para vê-lo depois de um ritual, tenho que chamar seu nome, foi o que fiz, mas nada apareceu, chamei, gritei, berrei meu amor por ele, que precisava dele de repente tudo se apagou, sem ver nada ecoou – se um silencio pelo quarto, de repente me assustei com minha mãe adentrando o quarto apavorada, disse que alguém tentou invadir a casa, ela estava branca de medo e ficou mais ainda com a quantidade de velas que havia no meu quarto, mais não quis saber o que era, ignorou, fiquei decepcionada, e me joguei em minha cama cai no sono até que as 3h:00 ouvi uma voz: - Me chamou?... Eu fiquei muda, paralisada em minha cama, esperei ouvir algo mais, mas durante o resto da noite ficou só o vago silêncio. No dia seguinte eu não fui à escola e passei a tarde inteira pensando, foi só um sonho quis tanto ele, que acabei sonhando e confundindo com a verdade. - Você acha que estava sonhando né? Ouvi sem mais nem menos, derrubei todo meu café neste instante, eu não estava sonhando, é ele... É ele! - Cadê você? Jonathan? Você está aqui? Sim era ele, exatamente como na foto, parado olhando para mim... - Eu... Eu te amo e... Fui interrompida por um vento forte em mim eu não ouvi, só senti algo na cabeça dizendo: "Você errou". Mas como? Por quê? Senti-me zonza, vomitei no chão. O que estava havendo? Foi aí que percebi... Lembrei-me da historia da garota que sumiu, ela o amava assim como eu, mas ele não a amava, ele morreu por outra, e... Eu o trouxe de volta? Que louca! O que eu fiz? eu não conseguia controlar meu mal estar. Subi correndo as escadas, tranquei a porta do meu quarto como se isso fosse impedi-lo, eu não vejo saída e ouço passos no corredor. Meu Deus o que fiz?! Ao olhar para janela vi uma chance de sair, sair pelo telhado, até cair no chão totalmente dolorida e imóvel. Muitos vizinhos vieram me ajudar, mas ele estava lá, eu o vi através do meu quarto olhando para mim. Não vou para o hospital, não entendo, eu tenho que conseguir o amor dele, talvez esta seja a única forma de sobreviver, há anos fujo dele, não durmo direito, estou abatida e sinto que cheguei ao fim. Estou trancada no meu banheiro, consigo vê-lo através do espelho, ele esta sorrindo para mim... Da mesma forma que ele se matou por uma mulher, farei isso por ele, deixei isto escrito em vários e-mails anônimos, toda minha historia, eu o quero muito; cortei meus pulsos a pouco, agora estou sangrando muito, mas estou feliz. Ele está aqui comigo e acho que ficarei eternamente com ele.
Posted on: Mon, 07 Oct 2013 04:35:49 +0000

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