Ao se esforçar para fazer o impossível, o homem sempre conseguiu - TopicsExpress



          

Ao se esforçar para fazer o impossível, o homem sempre conseguiu o que é possível. Aqueles que, cautelosamente, não fizeram mais do que acreitavam ser possível, nunca deram um passo à frente." Mikkail Bakunin A revolução está sendo modelada a custo de muito sangue e suor principalmente para que os que não vivem esse processo entendam que o que se almeja não é nada parecido com as antigas opções que já foram apresentadas a elas. Condenado está o povo que clama por um herói. Esse povo espera por alguém que o salve, não é capaz de por si tomar as rédeas da situação. Esse povo acredita em mocinhos e vilões, acha que é a vítima e que não é capaz de mudar o curso do seu destino. Desde cedo o ser humano é instigado a criar uma aversão a certos símbolos, noções ou movimentos. A necessidade de mover as massas pela aceitação da tolerância de um líder/religião/noção surgiu desde cedo nos primeiros aglomerados populacionais. Ensinam que a manutenção do status quo (das coisas como são) garante-lhes a sobrevivência, amedrontam as pessoas para que jamais questionem. No entanto são sempre as minorias que fazem grandes mudanças, é a vontade de mudar que no final, mesmo que através de sacrifícios, se sobrepõe. É necessário que cada um se torne protagonista da mudança que desejamos, só assim iremos parar de reviver versões de um velha história. Cada um deve usar tudo que tem em si para construir um mundo novo, fazer parte da revolução estrutural da sociedade e consequentemente da alma humana. A cada dia fortalecemos pilares das nossas lutas. Para isso devemos sempre rever nossas estratégias. Nesse processo todos somos parte de uma colmeia, um corpo, onde cada um de nós desempenha uma função essencial para seu funcionamento, ao mesmo tempo em que somos capazes de desempenhar funções em comum. Por exemplo, todos nós quando tomamos consciência desse processo nos tornamos educadores em potencial. Um educador que instigue o pensamento crítico, assim também devemos ser, nos tornando agentes do trabalho de base que precisamos fazer. Conversando com vizinhos, pessoas no trem/ônibus/metro, no trabalho, na faculdade ou escola, incentivando o pensamento crítico das pessoas que nos cercam; além disso também somos agentes do incentivo ao cuidado mútuo, nessa parte a gentileza faz total diferença; temos que tomar consciência da responsabilidade que temos no mundo, cuidar uns dos outros, sentir a dor do outro, saber que todos somos responsáveis pelo que nos cerca e consequentemente influencia nossas vidas e destinos. Outro exemplo de de estratégia de luta é o boicote. O mais impactante tipo de protesto que existe! Precisamos entender a necessidade dele. Causar prejuízo com boicotes em massa é a mais drástica forma de atingir quem se pretende afrontar. Boicotar grandes eventos, empresas, produtos, precisa se tornar uma cultura por parte daqueles que hoje vão as ruas e entendem a necessidade disso. Boicotar uma grande empresa é muito mais danoso a ela do que qualquer vidro quebrado. Lembrando que o boicote precisa ser ACRESCENTADO as nossas lutas, não substituir as que já existem. As ruas terão que ser nosso campo de ação sempre, mas o boicote precisa ser uma filosofia, uma estratégia. Parte dessa luta passa também por núcleos de engajamento. Organizações de grupos de estudo, associações comunitárias, união de categorias, engajamento de bairros/regiões. Com estruturas de organização horizontal. Tudo isso se reflete nas ações diretas, elas são a finalidade do trabalho de base, essenciais para a concretização das lutas. As manifestações populares, a luta pela liberdade e pela quebra do sistema tem que ser uma constante viva nesse processo. Essa união, auto gestão e cuidado mútuo já tem se feito presente nelas. Em nossas ações diretas trabalhamos também como uma colmeia, vê-se isso nos socorristas, jornalistas, advogados, os manifestantes que ajudam uns aos outros mesmo sem se conhecer, como se estivessem ajudando um amigo. O mundo do qual sonhamos parecia impossível ao primeiro olhar, utópico, mas estamos provando ser possível. Quando por tantas vezes nos organizamos de forma autônoma, sem lideranças, organizada e gritamos aos gestores “ VOCÊS NÃO NOS REPRESENTAM”, ao mesmo tempo que nos enchemos de orgulho um dos outros e sofremos quando alguém, mesmo desconhecido, sofre tortura ou é marginalizado ao lutar. Estamos construindo os próximos pilares da história, é preciso ter muita paciência e cautela para não desanimar na jornada, ela será longa, cansativa e ainda sofreremos muitas quedas. Nosso senso de justiça e união nos guiará por toda essa jornada. "Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam." Jack Kerouac
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 04:55:55 +0000

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