Aos Mestres com Carinho Rabi Akiva e Shimon Bar Kochba Seu - TopicsExpress



          

Aos Mestres com Carinho Rabi Akiva e Shimon Bar Kochba Seu sacrifício e morte Sua vida foi sempre pontilhada pela tragédia, mas ele a superava, vez após vez, com seu amor infinito. Durante a epidemia que terminou em Lag BaOmer, 24 mil de seus discípulos pereceram. [O fim dessa peste é uma das razões que fazem do 33º dia de Omer uma data festiva]. Como teria qualquer outro ser humano, professor ou rabino, reagido a uma tal catástrofe? Abandonariam o ofício, afogar-se-iam em depressão, buscariam o exílio; quiçá almejassem a morte. Mas não Rabi Akiva. Armou-se de novas forças e, começou de novo, conquistou novos alunos a quem guiou pelos meandros do judaísmo. Seu amor pelo povo judeu, pela Torá e por Dus não se deixavam vergar pela tragédia. Nunca se desesperava e jamais, durante toda a sua vida - nem mesmo nos momentos mais sombrios - desistiu. Sequer titubeou. Como mérito por sua coragem e perseverança, ele legou ao povo judeu dois de seus maiores Sábios: Rabi Meir Baal HaNess - o Mestre dos Milagres - e Rabi Shimon Bar Yochai, autor do Zohar, o Livro do Esplendor, que sistematizou e começou a divulgar a sabedoria da Cabalá. Rabi Akiva estava vivo quando o Segundo Templo foi destruído. Testemunhou, também, um dos holocaustos do povo judeu: em Betar, uma cidade em Eretz Israel, um general judeu de nome Shimon Bar Kochba iniciou uma revolta contra Roma. Bar Kochba, a princípio, teve êxito em sua campanha, levando Rabi Akiva a crer - e proclamar - que o grande guerreiro era o Messias. Mas a revolta judaica terminou vencida e os romanos capturaram e deram cabo à vida de Bar Kochba. Após a destruição de Betar, o Imperador romano, Adriano, anti-semita e assassino, decidiu aniquilar todo o povo judeu. Se os romanos capturassem algum judeu importante, este era torturado antes de ser exterminado. A brutalidade imposta a cada judeu de renome era proporcional à sua grandeza e importância. Após a queda de Betar, Rabi Akiva foi preso e condenado à morte pelos romanos. Foi sentenciado à pena capital por ter violado o decreto romano que proibia o ensino da Torá. Em total desprezo a Roma, Akiva desafiadoramente ensinava a Lei de Moisés em público, agrupando os alunos onde os encontrasse. E por assim agir - e salvar o judaísmo - Roma exigia mais que a sua morte. Teria que ser barbaramente torturado - não na cruz, como o tinham sido outros 250 mil judeus. Para ele, Roma escolhera uma forma mais horripilante ainda de morte: Rabi Akiva seria esfolado vivo com rastelos de ferro. O algoz romano o rasgaria, pedaço por pedaço, até seu último suspiro. E agora, voltemos ao Talmud e ao Midrash para conhecer seus momentos finais na Terra. Uma história do Talmud. Nos Céus, Moisés viu um homem e o ouviu interpretar a Torá para seus discípulos. Dirigindo-se ao Eterno, perguntou Moisés: Senhor de todo o mundo! Tendo tão grande homem na Terra, a mim caberia receber Tua Torá? Ao que Dus respondeu: Foi este o Meu desejo. Moisés retrucou, então: Mostraste-me o homem; agora revela-me o seu fim. E Dus disse a Moisés que se virasse para testemunhar a tortura e morte de Akiva. Senhor do Universo!, protestou Moisés, tanto conhecimento da Torá e esta é a recompensa que lhe toca? E Dus lhe ordena: Cala-te! Pois é este o Meu desejo. Há outra história semelhante, também do Talmud. Dus revelou a Adão todo o registro das gerações que o sucederiam - os futuros eruditos e líderes judeus que comporiam a sua descendência. O Criador também fez ver ao primeiro homem a geração de Rabi Akiva. Adão apreciou deveras tais informações, mas ficou profundamente entristecido com a visão da morte que aguardava Rabi Akiva. Tentou, por todas as maneiras, obter uma morte mais suave para o grande rabi, mas viu seu pedido negado. Os anjos nos Céus também tentaram anular tal decreto. Uma lenda mística do Midrash nos conta que enquanto Akiva estava sendo destroçado pelos romanos, os anjos choravam amargamente e suas lágrimas caíram no grande mar e o fizeram ferver, enquanto o mundo todo era sacudido pela voz angelical que questionava Dus: É esta a Tua recompensa a um homem que cumpriu tão fielmente a Tua Torá? Mas, na Terra, abaixo, um homem - um dos maiores a tocar seu solo, caminhava, com bravura, em direção à morte, sem que um som saísse de sua garganta, em protesto, nem uma lágrima de seus olhos escapasse. Rabi Akiva foi julgado e condenado à morte pelo governador romano na Terra de Israel, o maléfico Tirano Rufo. No dia de Kipur, Akiva foi conduzido ao local da execução. Era cedo, o dia começava; hora de recitar o Shemá. O povo judeu reuniu-se em torno de seu líder, acompanhando-o em seus derradeiros momentos. A execução era pública e presenciada por toda a população. Mas, para choque e surpresa de todos os presentes, ao começarem a despedaçá-lo, Rabi Akiva tinha um sorriso nos lábios, prestes a desatar em riso. Exasperado, o governador romano grita-lhe: Mesmo nesta hora, zombas de mim! Deves ser o demônio. Não há como um ser humano agüentar tanto sofrimento físico com tua calma e teu sorriso!. Seus alunos indagavam: Mestre, o que está ocorrendo? Como podes rir numa hora destas? E o que lhes respondeu Akiva? Foi isto o que lhes declarou o maior rabino na história judaica: Por que sorrio? Pois este é o momento mais glorioso de minha vida! Dia após dia, dia e noite, recitei as palavras do Shemá: e amarás o Eterno, Teu Dus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu vigor. Entendia as palavras com toda a tua alma como sendo mesmo às custas de toda a tua alma, e sempre imaginava se mereceria a oportunidade de cumprir esse mandamento - o de abrir mão de minha própria alma em nome de Dus. Kaff Yaatzback Sarafian Khalleff
Posted on: Thu, 17 Oct 2013 23:21:15 +0000

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