Aos amigos e amigas erechinenses. CARTA DE DENÚNCIA. No dia 11 - TopicsExpress



          

Aos amigos e amigas erechinenses. CARTA DE DENÚNCIA. No dia 11 de julho de 2013 milhares de brasileiros, acreditando na construção de um Brasil mais justo, estiveram novamente nas ruas. Aqui em Erechim aproximadamente mil pessoas participaram diretamente das mobilizações. Outras milhares apoiaram. Entre estas pessoas estava Ana Maria Baldo, brasileira, erechinense, professora da rede pública estadual, nomeada na Escola Estadual Professor Mantovani. No dia de ontem (16/07/2013), Ana foi chamada pela Diretora Elizabeth Urio, que comunicou que Ana estava sendo posta à disposição da 15ª Coordenadoria de Educação. Em outras palavras, a diretora afastou a professora Ana Maria Baldo alegando que a mesma “não serve” para lecionar na escola, pois não possui o perfil de seus professores e tem convicções divergentes das colocadas pela filosofia da Escola. Segundo testemunha, a diretora afirmou ainda “que não fica legal queimar colchões e fazer pichações, pois o que faz fora da escola repercute dentro”. Nós, militantes do Bloco de Lutas Populares, viemos por meio desta carta denunciar a atitude discriminatória, preconceituosa e autoritária da Diretora da Escola, que caracteriza perseguição política. Entendemos que uma coisa são as responsabilidades profissionais dentro do local de trabalho, outra coisa é o que o trabalhador/a faz em sua vida privada e fora do local de trabalho. Em segundo lugar, nenhuma pessoa, ainda mais um trabalhador, pode ser privado de seu direito de expressão e manifestação política. Ressaltamos que o dia 11 de julho foi um Dia Nacional de Mobilização e a companheira Ana se somou a este processo. Lembramos ainda que o CPERGS em nível Estadual também orientou as participações nas mobilizações dos professores em todas as cidades. Por fim, o fato da Professora Ana estar mobilizada em torno das pautas de educação, transporte e melhorias sociais não é motivo de represália e sim de orgulho. É essa atitude da diretora que não condiz com uma verdadeira prática pedagógica. É um mau exemplo aos estudantes e à sociedade reprimir um professor que tem atitude crítica e engajamento em causas sociais. Concluímos que o ato da diretora da escola caracteriza perseguição às liberdades de expressão e manifestação de seus professores. Lembramos que estes são direitos constitucionais e isso fere a democracia tão duramente conquistada no Brasil. Os movimentos sindicais e sociais da região se solidarizam a professora Ana e irão agir na defesa dos direitos dos trabalhadores contra qualquer medida autoritária de chefes e patrões. As entidades que compõem o Bloco de Luta Popular e assinam esta carta: Movimento dos Atingidos por Barragens -MAB, Seção Sindical dos Docentes da UFFS- SINDUFFS, Associação Arte de Rua, Sindicato dos Metalúrgicos, FEAB, Sindicato da Alimentação, CUT, Via Campesina-RS, Levante Popular da Juventude, Sindicato dos Comerciários, DCE UFFS.
Posted on: Mon, 22 Jul 2013 13:39:19 +0000

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