As perseguições infernais começaram no tempo em que ele - TopicsExpress



          

As perseguições infernais começaram no tempo em que ele meditava e idealizava a “Casa da Providência”, e logo a seguir comprou uma casa. Nesta época contraiu uma enfermidade e sentiu-se envolvido por terríveis pensamentos de desesperação, que inclusive, lhe sugestionava estar próxima a sua morte. Naquela abominável confusão mental, parecia-lhe ouvir repetidamente, dentro de si mesmo, uma voz que dizia: “Agora cairás no inferno”. Percebendo que aquilo se tratava de uma investida diabólica, reagiu prontamente, rezando o Terço de NOSSA SENHORA. Imediatamente aquelas reações cessaram. O demônio atacou-o de outro modo, procurando roubar-lhe a paz exterior. Cada noite o nosso Santo ouvia rasgarem as cortinas da sua cama. Inicialmente pensou que fossem roedores, mas pela manhã observava que as cortinas estavam intactas, sem qualquer dano. Em outra época, no silêncio da noite ouviram-se pancadas e gritos no pátio da Casa Paroquial. Acaso seriam ladrões que queriam assaltar o Padre? O Cura desceu às pressas e não viu nada. Mas o barulho foi tão intenso que ele ficou assustado, nas noites seguintes receou ficar só. Levou André Verchere, carvoeiro da vila, jovem de 28 anos, robusto e corajoso, para dormir na Casa Paroquial. Por via das dúvidas André levou o seu fuzil e uma caixa de balas. Ele descreve o acontecido: “Altas horas da noite ouvi sacudir violentamente o ferrolho e a tranca da porta de entrada. Simultaneamente contra a mesma porta ressoavam fortes pancadas, enquanto a casa se enchia de um ruído atordoador como de vários carros. De um salto da cama peguei o fuzil e abri a janela com violência. Olhei para o pátio e a entrada e não vi nada. Então a casa estremeceu durante 25 minutos aproximadamente. Fiquei apavorado. Confesso que minhas pernas tremeram sem parar e disto me ressenti durante oito dias. Quando o estrépito começou, o senhor Cura acendeu uma lâmpada e veio ter comigo, a casa estremecia como se a terra embaixo se movimentasse. Ele me perguntou:”“Tens medo”? “Respondi que não, mas que minhas pernas estavam tremendo muito. Perguntei: O que o senhor pensa que seja isto? Ele me respondeu:”“Provavelmente é obra do diabo”. “Quando cessou o barulho voltamos a dormir. Na noite seguinte o senhor Cura pediu-me que ficasse novamente com ele, mas não aceitei, respondi-lhe que já tinha levado um susto suficientemente grande”. De onde procediam aqueles ruídos misteriosos? O Padre Vianney intranquilo, porém prudente, ainda não ousava emitir uma concreta opinião. Uma noite em que a neve cobria o solo ressoaram gritos no pátio. Disse o Padre: “Era como um exército de Austríacos ou de Cossacos que confusamente falavam uma língua que eu não entendia. Abri a porta, não vi ninguém”! Então não havia mais lugar para dúvidas. Não se tratava de vozes humanas, mas de qualquer coisa horrível e infernal. Ficou convencido de que nem paus e nem fuzis poderiam contra o inimigo, que somente ele e DEUS o poderia enfrentar. Chegou o tempo do trabalho intenso, quando Padre Vianney passava a maior parte do dia no confessionário. À noite, cansado pelo exaustivo labor, não se deitava antes de ler algumas páginas da Vida dos Santos e depois, fazia uma severa mortificação, se flagelando de espaço em espaço com sangrenta disciplina. Feito isto, procurava dormir. Estava quase no sono, quando de repente sentiu com horror que o demônio estava ao seu lado. Ele permanecia invisível, porém sua presença se deixava sentir: derrubava cadeiras, sacudia os pesados móveis e gritava com voz aterradora: “Vianney, Vianney... Comilão de batatas... Ah! Ainda não estás morto... Não me escaparás”. Às vezes imitando animais, grunhia como um urso; uivava como um lobo; e avançando sobre as cortinas as sacudia com furor. Em outras ocasiões, Padre Vianney sentia como se lhe passassem a mão pelo rosto, ou como se ratos subissem em seu corpo na cama. Certa noite ouviu o ruído de um enxame de abelhas. Ele levantou-se e acendeu a vela, e não viu nada. Outra vez o demônio experimentou arrancá-lo do leito atirando ao chão o colchão rústico em que ele se encontrava deitado. O Padre Vianney mais assustado do que das outras vezes, de imediato fez o sinal da Cruz e o demônio desapareceu. Certo dia do ano 1820, ele tinha levado de sua Igreja para a Casa Paroquial, um velho painel que representava a Anunciação. O quadro foi pendurado junto à escada de acesso ao andar superior. Satanás se encolerizou contra aquela simples imagem e a cobriu de imundices. O Padre foi obrigado a retirar o quadro daquele local, porque a figura da VIRGEM MARIA ficou irreconhecível. Em fins de Fevereiro de 1857, Padre Vianney estava atendendo no confessionário e aconteceu um fato impressionante. O Santíssimo estava exposto e ele atendia as confissões desde cedo. No momento em que deixava o confessionário para celebrar a Santa Missa, vieram correndo avisá-lo, que havia fogo no quarto dele na Casa Paroquial. Ele lhes entregando a chave da casa para que apagassem o fogo, disse sem muita preocupação: “Esse vilão do demônio, não podendo pegar o pássaro, queima a sua gaiola”. Ao meio dia quando passou pela “Casa da Providência” encontrou o Padre Alfredo Monnin e conversando sobre o assunto ele lhe perguntou: “O senhor acredita na verdade que o maligno tenha feito qualquer coisa”? Respondeu o Padre Vianney: “Sim. Ele está furioso e isso é bom sinal. É sinal de que virão muitos pecadores em busca da misericórdia de DEUS, para limpar os seus pecados”. E, com efeito, durante aqueles dias houve em Ars um movimento extraordinário. Em muitas ocasiões o diabo atacou também as obras da “Casa da Providência”. As professoras e as órfãs foram despertadas algumas noites por rumores muito estranhos. Descreve Maria Filliat: “Depois de ter lavado bem a panela, coloquei água para fazer a sopa. Vi que na água havia alguns pedacinhos de carne. Era dia de abstinência. Esvaziei bem a panela. Lavei-a novamente e coloquei água. Quando a sopa estava pronta para ser servida, apareceram outra vez pedacinhos de carne boiando. Contei ao Padre Vianney e ele me respondeu: “É o demônio que faz tudo isso. Sirva a sopa assim mesmo”. Depois de tantos outros acontecimentos, as autoridades eclesiásticas constataram que o Padre Vianney tinha realmente a força Divina para enfrentar satanás e por isso, para oficializar, Monsenhor Devie, o Bispo Diocesano, lhe autorizou a exercitar o seu poder de exorcista com todos que necessitassem. A este respeito existem muitas testemunhas. João Picard, ferreiro do povoado, presenciou várias cenas estranhas. “Uma infeliz mulher fora trazida de longe pelo marido. Estava furiosa: se movimentava bruscamente e soltava gritos desarticulados. Levaram-na ao senhor Cura, que depois de examiná-la, disse ser necessário conduzi-la ao senhor Bispo da Diocese” . Respondeu a mulher com voz rouca e trêmula: “Bem, bem, se eu tivesse o poder de JESUS CRISTO, vos meteria no inferno”. O Padre Vianney perguntou: “Conhece a JESUS CRISTO? Pois bem, levem esta senhora ao pé do altar-mor”. Quatro homens a conduziram, apesar da resistência dela. O Padre colocou o seu relicário sobre a cabeça da possessa e ela ficou como morta. Entretanto, logo depois se levantou por si mesma e de um pulo rápido chegou à porta da Igreja. Depois de uma hora, voltou bem tranquila, persignou-se com a água benta e se ajoelhou diante do Altar. Estava completamente curada. Dia 27 de Dezembro de 1857, um coadjutor de São Pedro de Avinhão e a Superiora das Franciscanas de Orange acompanharam uma jovem professora que dava sinais de possessão diabólica. O Arcebispo de Avinhão já tinha estudado o caso e aconselhou que a conduzissem ao Padre Vianney. Quando chegaram, ele estava na sacristia se paramentando para a Santa Missa. De repente a possessa procurou a porta da sacristia para escapar, gritando: “Há muita gente aqui”. Perguntou o Padre: “Há muita gente? Pois bem, agora sairão”. A um sinal todas as pessoas presentes se ocultaram e ele ficou só com a pobre vítima de Satanás. A principio, não se ouvia mais do que um murmúrio de palavras. Depois o tom foi-se elevando. O coadjutor de Avinhão que ficara junto à porta da sacristia, ouviu uma parte do diálogo. Perguntou o Cura: “Quer sair de uma vez”? Respondeu a coisa: “Sim”. Insistiu o Padre: “Porque”? Disse a coisa: “Porque estou com um homem que detesto”. E o Padre prosseguiu: “Não gosta de mim”? Um “Não” estridente foi toda a resposta do espírito que habitava aquela mulher. Quase no mesmo momento, abriu-se a porta da sacristia com violência, indicando que alguém tinha saído. O poder do Santo triunfara. A moça, recolhida e modesta, chorando de alegria, agradeceu ao senhor Cura e se ajoelhou na Igreja diante de DEUS. Num breve instante voltou-se para o Padre e disse: “Temo que ele volte” . O Padre Vianney lhe deu confiança: “Não, não, minha filha, nunca mais”. Em Fevereiro de 1840, mais ou menos ao meio-dia, aconteceu um fato fantástico no confessionário do Padre Vianney. Uma mulher vinda de uma cidade próxima, Puy-en-Velay, ajoelhou-se para confessar, e a principio, as pessoas que aguardavam a sua vez, nada observou de anormal. Como a mulher permanecesse calada, o Santo lhe pediu que ela se acusasse de suas faltas. Com uma voz estranha, ela disse: “Só cometi um pecado, e faço participante dele, todos que quiserem. Vamos, levanta a mão e me absolve. Tu a levantas para qualquer um, pois frequentemente estava junto de ti no confessionário. Vamos”. O Padre perguntou: “Quem é você”? Respondeu o demônio: “Magister Caput” (Mestre Cabeça, quer dizer, um chefe). E continuou dizendo: “Ah! Sapo negro (a cor da batina do Padre), quanto me fazes sofrer. Sempre dizes que vai embora para outro lugar, por que não vai de uma vez? Há outros sapos negros que me fazem sofrer menos do que tu. Vou escrever ao Monsenhor para que te faça sair”. Disse o Padre : “Sim, mas eu farei que fique tremula a tua mão para que não possa escrever”... Replicou o demônio: “Eu te possuirei. Tenho ganhado a outros mais fortes do que tu. Ainda não está morto. Se não fosse esta... (Com uma palavra repugnante e grosseira se referiu a VIRGEM MARIA) que está aqui em cima, já te possuiria. Mas Ela te protege com este “grande dragão” (São Miguel Arcanjo) que está à porta da Igreja. Dize-me por que te levantas tão cedo? Desobedeces ao “veste roxa” (ao Bispo Diocesano). Por que pregas com tanta simplicidade? Por isso é considerado um ignorante. Por que não pregas pomposamente, como se faz nas cidades”? Padre Vianney interrompeu aquele absurdo falatório impróprio, invocando a presença de JESUS, que fez o demônio desaparecer, deixando a mulher meio desfalecida, logo amparada pelos presentes. Umas dez pessoas que aguardavam a vez de se confessarem, entre elas Maria Boyat e Genoveva Filliat, presenciaram e ouviram este impressionante acontecimento. O Cura d’Ars, cujo olhar penetrava o mundo do mistério, mostrou grande severidade com aqueles que praticavam o espiritismo e o ocultismo. Por outro lado, à medida que envelhecia em idade, as obsessões e os ataques diabólicos foram diminuindo em número e intensidade. O espírito do mal que não conseguiu desalentar aquela alma heróica acabou por desanimar e desistir. As perseguições infernais começaram no tempo em que ele meditava e idealizava a “Casa da Providência”, e logo a seguir comprou uma casa. Nesta época contraiu uma enfermidade e sentiu-se envolvido por terríveis pensamentos de desesperação, que inclusive, lhe sugestionava estar próxima a sua morte. Naquela abominável confusão mental, parecia-lhe ouvir repetidamente, dentro de si mesmo, uma voz que dizia: “Agora cairás no inferno”. Percebendo que aquilo se tratava de uma investida diabólica, reagiu prontamente, rezando o Terço de NOSSA SENHORA. Imediatamente aquelas reações cessaram. O demônio atacou-o de outro modo, procurando roubar-lhe a paz exterior. Cada noite o nosso Santo ouvia rasgarem as cortinas da sua cama. Inicialmente pensou que fossem roedores, mas pela manhã observava que as cortinas estavam intactas, sem qualquer dano. Em outra época, no silêncio da noite ouviram-se pancadas e gritos no pátio da Casa Paroquial. Acaso seriam ladrões que queriam assaltar o Padre? O Cura desceu às pressas e não viu nada. Mas o barulho foi tão intenso que ele ficou assustado, nas noites seguintes receou ficar só. Levou André Verchere, carvoeiro da vila, jovem de 28 anos, robusto e corajoso, para dormir na Casa Paroquial. Por via das dúvidas André levou o seu fuzil e uma caixa de balas. Ele descreve o acontecido: “Altas horas da noite ouvi sacudir violentamente o ferrolho e a tranca da porta de entrada. Simultaneamente contra a mesma porta ressoavam fortes pancadas, enquanto a casa se enchia de um ruído atordoador como de vários carros. De um salto da cama peguei o fuzil e abri a janela com violência. Olhei para o pátio e a entrada e não vi nada. Então a casa estremeceu durante 25 minutos aproximadamente. Fiquei apavorado. Confesso que minhas pernas tremeram sem parar e disto me ressenti durante oito dias. Quando o estrépito começou, o senhor Cura acendeu uma lâmpada e veio ter comigo, a casa estremecia como se a terra embaixo se movimentasse. Ele me perguntou:”“Tens medo”? “Respondi que não, mas que minhas pernas estavam tremendo muito. Perguntei: O que o senhor pensa que seja isto? Ele me respondeu:”“Provavelmente é obra do diabo”. “Quando cessou o barulho voltamos a dormir. Na noite seguinte o senhor Cura pediu-me que ficasse novamente com ele, mas não aceitei, respondi-lhe que já tinha levado um susto suficientemente grande”. De onde procediam aqueles ruídos misteriosos? O Padre Vianney intranquilo, porém prudente, ainda não ousava emitir uma concreta opinião. Uma noite em que a neve cobria o solo ressoaram gritos no pátio. Disse o Padre: “Era como um exército de Austríacos ou de Cossacos que confusamente falavam uma língua que eu não entendia. Abri a porta, não vi ninguém”! Então não havia mais lugar para dúvidas. Não se tratava de vozes humanas, mas de qualquer coisa horrível e infernal. Ficou convencido de que nem paus e nem fuzis poderiam contra o inimigo, que somente ele e DEUS o poderia enfrentar. Chegou o tempo do trabalho intenso, quando Padre Vianney passava a maior parte do dia no confessionário. À noite, cansado pelo exaustivo labor, não se deitava antes de ler algumas páginas da Vida dos Santos e depois, fazia uma severa mortificação, se flagelando de espaço em espaço com sangrenta disciplina. Feito isto, procurava dormir. Estava quase no sono, quando de repente sentiu com horror que o demônio estava ao seu lado. Ele permanecia invisível, porém sua presença se deixava sentir: derrubava cadeiras, sacudia os pesados móveis e gritava com voz aterradora: “Vianney, Vianney... Comilão de batatas... Ah! Ainda não estás morto... Não me escaparás”. Às vezes imitando animais, grunhia como um urso; uivava como um lobo; e avançando sobre as cortinas as sacudia com furor. Em outras ocasiões, Padre Vianney sentia como se lhe passassem a mão pelo rosto, ou como se ratos subissem em seu corpo na cama. Certa noite ouviu o ruído de um enxame de abelhas. Ele levantou-se e acendeu a vela, e não viu nada. Outra vez o demônio experimentou arrancá-lo do leito atirando ao chão o colchão rústico em que ele se encontrava deitado. O Padre Vianney mais assustado do que das outras vezes, de imediato fez o sinal da Cruz e o demônio desapareceu. Certo dia do ano 1820, ele tinha levado de sua Igreja para a Casa Paroquial, um velho painel que representava a Anunciação. O quadro foi pendurado junto à escada de acesso ao andar superior. Satanás se encolerizou contra aquela simples imagem e a cobriu de imundices. O Padre foi obrigado a retirar o quadro daquele local, porque a figura da VIRGEM MARIA ficou irreconhecível. Em fins de Fevereiro de 1857, Padre Vianney estava atendendo no confessionário e aconteceu um fato impressionante. O Santíssimo estava exposto e ele atendia as confissões desde cedo. No momento em que deixava o confessionário para celebrar a Santa Missa, vieram correndo avisá-lo, que havia fogo no quarto dele na Casa Paroquial. Ele lhes entregando a chave da casa para que apagassem o fogo, disse sem muita preocupação: “Esse vilão do demônio, não podendo pegar o pássaro, queima a sua gaiola”. Ao meio dia quando passou pela “Casa da Providência” encontrou o Padre Alfredo Monnin e conversando sobre o assunto ele lhe perguntou: “O senhor acredita na verdade que o maligno tenha feito qualquer coisa”? Respondeu o Padre Vianney: “Sim. Ele está furioso e isso é bom sinal. É sinal de que virão muitos pecadores em busca da misericórdia de DEUS, para limpar os seus pecados”. E, com efeito, durante aqueles dias houve em Ars um movimento extraordinário. Em muitas ocasiões o diabo atacou também as obras da “Casa da Providência”. As professoras e as órfãs foram despertadas algumas noites por rumores muito estranhos. Descreve Maria Filliat: “Depois de ter lavado bem a panela, coloquei água para fazer a sopa. Vi que na água havia alguns pedacinhos de carne. Era dia de abstinência. Esvaziei bem a panela. Lavei-a novamente e coloquei água. Quando a sopa estava pronta para ser servida, apareceram outra vez pedacinhos de carne boiando. Contei ao Padre Vianney e ele me respondeu: “É o demônio que faz tudo isso. Sirva a sopa assim mesmo”. Depois de tantos outros acontecimentos, as autoridades eclesiásticas constataram que o Padre Vianney tinha realmente a força Divina para enfrentar satanás e por isso, para oficializar, Monsenhor Devie, o Bispo Diocesano, lhe autorizou a exercitar o seu poder de exorcista com todos que necessitassem. A este respeito existem muitas testemunhas. João Picard, ferreiro do povoado, presenciou várias cenas estranhas. “Uma infeliz mulher fora trazida de longe pelo marido. Estava furiosa: se movimentava bruscamente e soltava gritos desarticulados. Levaram-na ao senhor Cura, que depois de examiná-la, disse ser necessário conduzi-la ao senhor Bispo da Diocese” . Respondeu a mulher com voz rouca e trêmula: “Bem, bem, se eu tivesse o poder de JESUS CRISTO, vos meteria no inferno”. O Padre Vianney perguntou: “Conhece a JESUS CRISTO? Pois bem, levem esta senhora ao pé do altar-mor”. Quatro homens a conduziram, apesar da resistência dela. O Padre colocou o seu relicário sobre a cabeça da possessa e ela ficou como morta. Entretanto, logo depois se levantou por si mesma e de um pulo rápido chegou à porta da Igreja. Depois de uma hora, voltou bem tranquila, persignou-se com a água benta e se ajoelhou diante do Altar. Estava completamente curada. Dia 27 de Dezembro de 1857, um coadjutor de São Pedro de Avinhão e a Superiora das Franciscanas de Orange acompanharam uma jovem professora que dava sinais de possessão diabólica. O Arcebispo de Avinhão já tinha estudado o caso e aconselhou que a conduzissem ao Padre Vianney. Quando chegaram, ele estava na sacristia se paramentando para a Santa Missa. De repente a possessa procurou a porta da sacristia para escapar, gritando: “Há muita gente aqui”. Perguntou o Padre: “Há muita gente? Pois bem, agora sairão”. A um sinal todas as pessoas presentes se ocultaram e ele ficou só com a pobre vítima de Satanás. A principio, não se ouvia mais do que um murmúrio de palavras. Depois o tom foi-se elevando. O coadjutor de Avinhão que ficara junto à porta da sacristia, ouviu uma parte do diálogo. Perguntou o Cura: “Quer sair de uma vez”? Respondeu a coisa: “Sim”. Insistiu o Padre: “Porque”? Disse a coisa: “Porque estou com um homem que detesto”. E o Padre prosseguiu: “Não gosta de mim”? Um “Não” estridente foi toda a resposta do espírito que habitava aquela mulher. Quase no mesmo momento, abriu-se a porta da sacristia com violência, indicando que alguém tinha saído. O poder do Santo triunfara. A moça, recolhida e modesta, chorando de alegria, agradeceu ao senhor Cura e se ajoelhou na Igreja diante de DEUS. Num breve instante voltou-se para o Padre e disse: “Temo que ele volte” . O Padre Vianney lhe deu confiança: “Não, não, minha filha, nunca mais”. Em Fevereiro de 1840, mais ou menos ao meio-dia, aconteceu um fato fantástico no confessionário do Padre Vianney. Uma mulher vinda de uma cidade próxima, Puy-en-Velay, ajoelhou-se para confessar, e a principio, as pessoas que aguardavam a sua vez, nada observou de anormal. Como a mulher permanecesse calada, o Santo lhe pediu que ela se acusasse de suas faltas. Com uma voz estranha, ela disse: “Só cometi um pecado, e faço participante dele, todos que quiserem. Vamos, levanta a mão e me absolve. Tu a levantas para qualquer um, pois frequentemente estava junto de ti no confessionário. Vamos”. O Padre perguntou: “Quem é você”? Respondeu o demônio: “Magister Caput” (Mestre Cabeça, quer dizer, um chefe). E continuou dizendo: “Ah! Sapo negro (a cor da batina do Padre), quanto me fazes sofrer. Sempre dizes que vai embora para outro lugar, por que não vai de uma vez? Há outros sapos negros que me fazem sofrer menos do que tu. Vou escrever ao Monsenhor para que te faça sair”. Disse o Padre : “Sim, mas eu farei que fique tremula a tua mão para que não possa escrever”... Replicou o demônio: “Eu te possuirei. Tenho ganhado a outros mais fortes do que tu. Ainda não está morto. Se não fosse esta... (Com uma palavra repugnante e grosseira se referiu a VIRGEM MARIA) que está aqui em cima, já te possuiria. Mas Ela te protege com este “grande dragão” (São Miguel Arcanjo) que está à porta da Igreja. Dize-me por que te levantas tão cedo? Desobedeces ao “veste roxa” (ao Bispo Diocesano). Por que pregas com tanta simplicidade? Por isso é considerado um ignorante. Por que não pregas pomposamente, como se faz nas cidades”? Padre Vianney interrompeu aquele absurdo falatório impróprio, invocando a presença de JESUS, que fez o demônio desaparecer, deixando a mulher meio desfalecida, logo amparada pelos presentes. Umas dez pessoas que aguardavam a vez de se confessarem, entre elas Maria Boyat e Genoveva Filliat, presenciaram e ouviram este impressionante acontecimento. O Cura d’Ars, cujo olhar penetrava o mundo do mistério, mostrou grande severidade com aqueles que praticavam o espiritismo e o ocultismo. Por outro lado, à medida que envelhecia em idade, as obsessões e os ataques diabólicos foram diminuindo em número e intensidade. O espírito do mal que não conseguiu desalentar aquela alma heróica acabou por desanimar e desistir.
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 18:53:11 +0000

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