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Atendendo a pedidos, segue a íntegra da minha coluna de hoje no jornal Super Notícia: "A reconstrução de um campeão" Maior conquista dos 105 anos do Clube Atlético Mineiro, a Copa Libertadores é um marco histórico para o Galo. Significa a reconstrução de um campeão. Muitos podem achar que o grande responsável é São Victor do Horto com suas fantásticas defesas. Ou Ronaldinho Gaúcho e sua genialidade. Ou craques como Diego Tardelli, Bernard, e sua alegria nas pernas, as torres gêmeas Leonardo Silva e Réver, ou o artilheiro Jô e seus gols salvadores. Não. Eles não são a causa. São apenas a consequência. O processo de reconstrução do Galo começou de fora para dentro. O clube passou a ter uma administração profissional, conseguiu sanear suas dívidas, apostou em estrutura e investiu em fortes elencos para as competições em disputa. Alexandre Kalil foi eleito presidente do Atlético em outubro de 2008. Recebeu um clube com imensas dívidas, retornando da Série B, sem prestígio no meio esportivo e desacreditado por muitos. Menos de cinco anos depois, o Atlético chega à maior glória de sua história, percorrendo caminhos trilhados por Santos, Internacional e Fluminense, clubes tradicionais e que viveram uma terrível seca por décadas, assistindo seus rivais conquistarem tudo. É claro que Alexandre Kalil não trabalhou sozinho. O dirigente montou uma equipe de ponta, contando com nomes como Adriana Branco, a “Dama de Ferro do Galo”, uma espécie de primeira-ministra, com poderes ilimitados no clube e competência compatível ao seu poder, Rodolfo Gropen e Lásaro Cândido, conselheiros do presidente e aliados de primeira hora, e o diretor de comunicação Domênico Bering, único remanescente de diretorias anteriores e excepcional algodão entre cristais, na sempre delicada e importante relação com a imprensa. Daniel Nepomuceno, vice-presidente, e Emir Cadar, presidente do Conselho Deliberativo, também foram parceiros importantes de Kalil na condução do clube. Alguns são bastante conhecidos, outros, quase anônimos, mas fundamentais nesse processo. Certa vez, Kalil me disse, em tom de brincadeira, que era apenas um incompetente cercado por pessoas competentes. Disse mais: se um dia os torcedores soubessem quem realmente faz tudo no Galo, ele estaria perdido. Pois é, presidente, o líder competente é aquele que sabe se cercar de pessoas tão competentes quanto elas ou mais. E você fez isso bem: se cercou de pessoas de altíssima qualidade. Kalil errou e acertou muito. Mas teve coragem de ousar, pensar grande e virar páginas. Deu ao Galo uma estrutura forte, fundamental para quem quer ganhar. Deixou para trás técnicos de segunda linha como Jair Picerni, Lori Sandri, Zetti e Mário Sérgio e buscou nomes de primeiro nível e desejados pela torcida, como Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão, Dorival Junior (que saia de um ciclo vitorioso no Santos de Neymar) e Cuca (vice-campeão brasileiro pelo Cruzeiro). Claro que alguns naufragaram, mas o patamar estava mudado. O mesmo aconteceu em campo. O Atlético deixava de lado a era Mexerica e cia. e passava a investir em jogadores de ponta, como Tardelli, Vítor, Réver e Ronaldinho Gaúcho. Outra mudança foi o aproveitamento dos jogadores da base. Com a casa em ordem, foi possível aproveitar e lançar jovens talentos, como Bernard e Marcos Rocha, pérolas que certamente renderam em campo e vão render aos cofres do clube. Mas a mudança mais impressionante e a revolução silenciosa ocorreram nos bastidores. O time passou a pagar salários em dia, finalizou as obras do CT (considerado numa pesquisa do SporTV o melhor do Brasil) e buscou pontualmente profissionais de seleção brasileira para o seu estafe. Começou pelo diretor de futebol, Eduardo Maluf, que deixou o maior rival, teve proposta para trabalhar na CBF e acreditou no projeto proposto por Alexandre Kalil. Quando o time precisava de um preparador físico, foi atrás do Carlinhos Neves, então preparador físico da seleção brasileira. Quando o problema estava no gol, além de buscar São Victor do Horto, buscou Chiquinho, então preparador de goleiros da seleção. A equipe médica é comandada por Rodrigo Lasmar, médico da Seleção Brasileira nas ultimas três Copas do Mundo. Esses são detalhes, muitas vezes despercebidos por quem está nas arquibancadas, mas que fazem toda diferença. Não podemos esquecer também de anônimos que trabalham duro para cuidar do CT, da Sede, das categorias de base, dos clubes de lazer, pessoas como os roupeiros Ligeirinho e Luciano, os massagista Belmiro e Seu Du, os seguranças Lúcio, João, Jorginho, o Assessor de imprensa Cássio, as lavadeiras, cozinheiras, faxineiras, catadores de bola, jardineiros que cuidam do campo... São pessoas que dedicaram suas vidas ao clube. Muitos passaram por meses de salários atrasados, descasos administrativos, humilhações, provações de todo tipo, sem nunca perder a esperança em dias melhores. Essa Libertadores é de vocês! Não sou profeta do acontecido. Tive a alegria de ter dito que o trabalho de Kalil e sua equipe à frente do Galo iria render frutos quando o clube ainda estava na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro de 2010. Não conheço ninguém ou nenhuma instituição que trabalhe bem, com seriedade, investindo em grandes profissionais e se cercando de pessoas competentes que não alcance o sucesso a médio prazo. É o caso do Galo. Plantou e está colhendo. Logo depois da classificação para as semifinais, Kalil disse uma frase que representa muito: “Nós não estamos acostumados com isso, estamos acostumados com tudo dando errado. E ultimamente anda dando tudo certo. Deus lá em cima reconheceu o que a gente tem feito aqui dentro”. Eu assino embaixo! A prova de que o Galo está no caminho certo vem com a conquista da Libertadores. É a cereja que faltava no bolo. É a redenção. Parabéns ao presidente Alexandre Kalil, sua equipe, funcionários, comissão técnica e jogadores. Tenha certeza de que onde quer que esteja, o inesquecível Elias Kalil está orgulhoso do seu filho. Mas, em especial, parabéns a uma torcida fantástica. Mais que um décimo segundo jogador, a alma desse clube. A torcida do Galo passou por tudo, viveu tudo, sofreu tudo, sem nunca desanimar, sem jamais abandonar, sem desacreditar. Essa torcida foi o combustível eterno para todos esses abnegados superarem todas as adversidades. Ela é o principio, o meio, o fim e a razão de tudo! O gigante acordou! Se prepare, massa. Esse foi apenas o primeiro de muitos títulos.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 19:59:19 +0000

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ss="sttext" style="margin-left:0px; min-height:30px;"> W sprawie polityki napiszę wam tylko jedno. Pamiętam jak kiedyś

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