Audiência Pública 31/07, às 17 horas, na CDL. De volta ao - TopicsExpress



          

Audiência Pública 31/07, às 17 horas, na CDL. De volta ao Centro, a Enseada Real Niterói. * Verena Andreatta Niterói hoje protagoniza o debate sobre a requalificação da sua área central, mediante um projeto que repercute as vocações deste espaço urbano dinâmico e plural, com usos e atividades assentadas sobre uma edificação que mescla estilos arquitetônicos diversos e ainda oferece alguns vazios com grande potencialidade para renovação e ocupação. O esvaziamento dos centros, sua degradação, estagnação e abandono tem sido matéria fértil de estudos no mundo acadêmico e objeto de ações e programas liderados por governos municipais com apoios em instâncias estaduais e federais. Nada de novo até então, desde que cidade italiana de Bolonha protagonizou, nos anos 70, o discurso sobre a preservação dos centros históricos e ganhou eco nas cidades do mundo ocidental. No contexto brasileiro, vimos surgir nos anos 1980 leis de preservação do centro histórico do Rio de Janeiro, como aquela que manteve os valores históricos e arquitetônicos dos bairros da Saúde, da Gamboa e do Santo Cristo. Niterói apresenta simetrias com as políticas urbanas do Rio de Janeiro, mas sua condição de prestígio como capital fluminense deixou marcas singulares na cultura urbana e social local. A condição do uso residencial no centro é a maior expressão da sua vitalidade e potencialidade como âncora do projeto de requalificação que está sendo proposto pelo governo municipal. O programa para Requalificação da Área Central de Niterói, iniciado na gestão do Prefeito Rodrigo Neves (2013), foi definido como prioridade. O diagnóstico traçado por um grupo de trabalho interdisciplinar recolheu propostas dos estudos anteriores que não tiveram maiores consequências e instituiu novas diretrizes para a ação municipal, baseada em experiências de sucesso nacionais e internacionais. Nesta requalificação, o governo autorizou estudos que balizariam a chamada Operação Urbana Consorciada (OUC) como parte integrante da renovação proposta para o Centro. Formuladas as bases para o conjunto de regras urbanísticas da nova edificação e, adotando-se parâmetros moderados de construção em relação às regras vigentes, conseguiu-se chegar ao aspecto desejado para a renovação mediante as regras de emissão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC). A viabilidade na construção de um novo espaço público teve como principais objetivos a renovação das ruas e calçadas, compondo um total de 515 mil m² e toda a infraestrutura de serviços correspondente tal como gás, água, esgoto, drenagem e o cabeamento subterrâneo das redes de energia elétrica e de telefonia; a incorporação do Caminho Niemeyer na trama urbana da Cidade, bem como o resgate da frente litoral com passeios e ciclovia, arborização e nova paginação de pisos, conformando uma área de lazer e turismo junto à Baía de Guanabara de aproximadamente 600 mil m2; criação de uma estação intermodal junto à nova estação de barcas integrando ônibus, metrô ou monotrilho, e um bonde moderno que está sendo objeto de estudos; constituição de uma ampla esplanada junto à Praça Araribóia, ampliando o acesso à frente marítima com uma via de lazer e apoiando o acesso à marina pública que será criada; e mais 20 quilômetros de ciclovia por todo o centro, 101 mil m2 de praças renovadas e 155 mil m² de novas praças; abrigo para atender população carente; restauração de prédios do patrimônio histórico tais como a Igreja da Boa Viagem e recuperação de casarões ocupados entre outras ações que compõem o programa básico da intervenção proposta. Neste processo, as melhorias urbanas propostas ganharam a adesão da sociedade. O diálogo foi conduzido com transparência e respeito a todas as opiniões, sabedores que a abertura de um canal de comunicação governo-coletividade é a melhor garantia para o êxito de um Centro renovado e moderno, eficaz e socialmente integrado. Requalificar o Centro de Niterói significa resgatar a autoestima do niteroiense e dos seus visitantes e objetiva recriar nova identidade para a cidade e seus cidadãos, que se refletirá para todo o conjunto urbano. *Verena Andreatta é arquiteta, Doutora pela Universidade Politécnica da Catalunha e Secretária Municipal de Urbanismo e Mobilidade Urbana de Niterói.
Posted on: Sun, 28 Jul 2013 16:58:57 +0000

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