Aumento de investimentos não reduz índices de criminalidade. - TopicsExpress



          

Aumento de investimentos não reduz índices de criminalidade. Estado gastou 19% a mais em segurança em 2012; secretário culpa drogas, armas e déficit de policiais. Andar pelas ruas à noite sem medo é um desejo de muitos mineiros, mas ainda está longe de ser realizado. Mesmo com o aumento dos investimentos em segurança pública, os gastos ainda não se traduziram em redução nos índices de criminalidade. É o que aponta o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e com divulgação prevista para hoje. De acordo com o levantamento, que compara os dados dos anos de 2012 e 2011, Minas destinou ao setor R$ 7,57 bilhões no ano passado – um aumento de 19%. Contudo, no mesmo período, houve um aumento em todos os indicadores de violência mensurados pelo fórum. No caso dos homicídios dolosos (quando há intenção de matar), considerados prioridade pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seds), foram registradas quase 20 mortes a cada 100 mil habitantes – 7,4% a mais que em 2011 e o dobro do considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU). O mesmo foi verificado em relação aos latrocínios (roubo seguido de morte), que subiram de 90 casos para 128. Para o secretário da pasta, Rômulo Ferraz, a constatação pode ser explicada por fenômenos nacionais. “A partir de 2011, houve um recrudescimento das estatísticas. Entre os principais motivos estão a disseminação do uso do crack, que contribuiu para a expansão de crimes violentos, e a circulação de armas de fogo, cada vez maior”. Outro fator citado pelo secretário estadual é o déficit de efetivo policial. “Existe uma lacuna em processo de recomposição, causada por uma mudança na legislação que acelerou o processo de aposentadoria dos policiais”, completou Ferraz. Metodologia. A maneira como o dinheiro é gasto, segundo o anuário, é um dos fatores que mantém os índices em alta. Dos mais de R$ 7 bilhões gastos em 2012, 34% foram com o pagamento de aposentadorias. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa realidade “não contribui diretamente para o policiamento ou para as demais funções de segurança pública no Estado”. Somente 19% dos recursos foram reservados para o policiamento.
Posted on: Tue, 05 Nov 2013 11:16:08 +0000

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