Autoestima e rendimento escolar: o que isso tem a ver? A visão - TopicsExpress



          

Autoestima e rendimento escolar: o que isso tem a ver? A visão que o ser humano traz consigo sobre o mundo que o cerca e sobre si mesmo está diretamente relacionada à sua forma de captar informações e armazená-las. As experiências adquiridas ao longo da vida vão influenciar sua forma de ser e de perceber novos eventos. Cada um tem uma forma particular de captar a realidade e isso está diretamente relacionado à autoestima. Como eu me vejo, é portanto, resultado das minhas experiências e da forma como eu interpreto cada uma delas. Se eu sou uma pessoa acostumada a ouvir palavras positivas como: “você é um ótimo aluno, porque você estuda”, “você é competente” ou “você consegue” e passo a acreditar nessas afirmações internalizando-as, é mais provável que eu acredite em mim mesmo, na minha capacidade, no meu esforço e isso vai influenciar também aquilo que eu faço de maneira positiva. Portanto, se minhas experiências revelam o contrário disso, trazendo afirmações negativas como: “você nunca vai conseguir”, “não adianta você estudar, você é um fracasso”, é bem provável que eu internalize uma visão negativa sobre mim mesmo e isso afete negativamente minhas próximas experiências, minha autoimagem. Palavras positivas, gestos de carinho e, principalmente, o amor que recebemos desde os primeiros anos de vida, contribuem para descoberta do valor próprio. Por isso, os pais e/ou cuidadores exercem papel fundamental para formação de uma boa autoestima. E onde entra o rendimento escolar? Bem, se eu confio em meu próprio potencial, com certeza, esta confiança irá influenciar meu rendimento. Pessoas que confiam em si mesmas são muito mais seguras diante dos desafios da vida. E encarar as provas e os trabalhos avaliativos da escola como um desafio a ser superado com competência, é característica de quem tem uma boa autoestima. Mesmo que a escola faça parte da vida do ser humano desde os primeiros anos de vida, influenciando novas experiências, a autoconfiança é construída a partir das primeiras relações do bebê com a mãe; por isso, o papel da escola é reforçar esses comportamentos saudáveis, motivando o aluno em relação ao seu potencial. Mesmo que os professores possam estimular seus alunos e precisem exercer esse papel, são os pais os verdadeiros protagonistas desta formação e devem continuar contribuindo para que seus filhos continuem desenvolvendo seu potencial e adquiram cada vez mais segurança. Sendo assim, o rendimento escolar está diretamente relacionado à autoestima de cada um, pois esse é apenas o resultado daquilo que eu acredito ser capaz, de como eu aprendi a me valorizar através do valor que recebi. Portanto, se um aluno não possui uma boa autoestima, não confia que é capaz de conseguir uma boa nota por mérito seu, por exemplo, é bem provável que não se esforce o suficiente para atingir este resultado. E se ele não se esforça, pode acontecer que realmente não tenha bom êxito, o que só vem confirmar sua crença de que não é capaz. E essa situação se repete tornando-se um ciclo vicioso. A educação, nos tempos atuais, tem se tornado um desafio não só para os pais, mas também para aqueles que se comprometem com ela, para todos os educadores de uma forma geral. Bom seria se existissem receitas; mas como elas não existem, fica a sugestão de algumas dicas: - O elogio é essencial para fortalecer a autoestima. Todos nós gostamos de ser reconhecidos e valorizados. É claro que não podemos depender disso, mas é sempre bom receber palavras de estímulo positivo. - É muito importante que os pais demonstrem o amor incondicional que sentem pelos filhos, por mais que acreditem que esse amor esteja claro. Mas lembre-se de que as atitudes dizem mais do que palavras, principalmente no que diz respeito à educação. - Valorize seu filho pelo que ele é e não somente pelo que ele faz. Assim fica mais fácil para que ele entenda o quanto ele é aceito e amado, mesmo que suas atitudes não correspondam às expectativas dos pais. - Seja consistente em relação às regras. Pais firmes transmitem maior segurança para seus filhos. - Estimule o desenvolvimento da autonomia, valorizando principalmente seu esforço. É importante que ele sinta que pode conquistar seus objetivos por mérito pessoal mesmo que, às vezes, seu potencial de realização não atinja o resultado esperado. O que deve seu reforçado é o que foi feito, por exemplo, o tanto que ele estudou e não o que ele conseguiu, como sua nota; assim terá mais estímulo para tentar mais vezes, visto que mesmo que não tenha atingido o objetivo, sabe que é capaz de se esforçar para conseguir. - É preciso que os filhos sintam que têm um espaço seguro para expressar seus próprios sentimentos e comportamentos, sem se sentirem julgados. O que deve ser ensinado é a expressão adequada do sentimento, como a raiva por exemplo: ficar com raiva não é o problema, mas bater no colega sim. Outras alternativas podem ser levantadas na busca de outras soluções que também podem ser eficazes. Pais que estimulam seu filho a crescer e a desenvolver sua própria autonomia, fortalecendo seu potencial, estarão contribuindo para que eles cresçam em um ambiente muito mais seguro, onde poderão desenvolver uma autoestima elevada. Assim, se sentirão mais capazes e fortalecidos para enfrentarem os próprios desafios da vida. Seja um protagonista na vida de seu filho! Renata Martins Referências Bibliográficas: · BRANDEN, Nathaniel. Autoestima e os seus seis pilares básicos; tradução Vera Caputo. 2ª ed. SP: Saraiva, 1996. · ROSSET, Solange Maria. Pais e filhos: uma relação delicada. Curitiba, Pr: Sol, 2003. · TIBA, Içami. Quem ama educa! São Paulo: Editora Gente, 2002. · WEBER, Lidia. Eduque com carinho. 2ª edição. Curitiba: Juruá, 2007. · ROCHA, Maria. Como contribuir no desempenho escolar dos filhos.
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 13:41:51 +0000

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