Autoretrato Para quem me conhece Meio louco, meio rouco, um pouco - TopicsExpress



          

Autoretrato Para quem me conhece Meio louco, meio rouco, um pouco tonto Sempre alegre, de tudo um pouco, Não há subterfúgio em minhas atitudes Nem papas, na minha língua ferina Assim, meio louco, meio rouco, Elegante, nem sempre, às vezes, roto De tudo um pouco Jogado às baratas, sozinho, Na praça, cão vadio sem dono No limiar da loucura absoluta No fio da muralha, entre a vida e a morte Se me furtam um tênis, compro skate Se me levam a bike, desapareço numa nave espacial E vou em frente, esbanjando energia É meu estilo, arauto da alegria Agora mesmo, fui julgado pelo que não sou E condenado pelo que pareço ser Mas, os olhos dos outros Não refletem o meu espelho Narciso Então, por favor, não falem mal de mim Não quebrem minhas guitarras Nem fumem meus violões Pois, mesmo sem instrumentos, Ainda posso fazer o último concerto No fundo do mar...Para Bebel (Régis Sanches) Cerimônia do Adeus Meu corpo, este jamais encontrarão Serei alimento de lindas sereias, Dilacerado por vorazes tubarões brancos Talvez, a Sofia de Santana se delicie Com as migalhas do banquete submarino Meu corpo, tão surrado por tsunamis etílicos Não sucumbiu aos revezes da vida cotidiana Mas, aos poucos, o natimorto perdeu energia O brilhodefogo reapareceu em uma nova semente BEBEL, minha doce pimentinha vermelhinha Meu espírito indômito está presente em você Nos seus olhos firmes, em suas mãos bailarinas De guitarrista inspirado, procurando Acordes imaginários e solos invisíveis celestiais Numa dimensão que somente os artistas trafegam Próximo à transmutação, finalmente, Minha alma imortal seguirá amalgamada Ao Majestoso Santuário do Amazonas Numa travessia épica para que, enfim, Eu tenha o repouso merecido Na minha Ilha de Paz, Anajás, A sós, com o meu destino imutável (Macapá, Norte das Águas, 02 de abril de 2013, 19 horas)
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 19:40:36 +0000

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