BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO As barreiras na comunicação não - TopicsExpress



          

BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO As barreiras na comunicação não são apenas barulhos ou outros estímulos externos que atrapalham ou impedem que a comunicação se realize plenamente. Existem obstáculos e barreiras muito mais sutis, escondidos, que são tão mais fortes quanto mais escondidos. As barreiras ocorrem na comunicação quando o interlocutor lê e ouve de acordo com: O que lhe interessa – o que coincide com suas opiniões, crenças, valores e experiências. Egocentrismo– que impede de se enxergar o ponto de vista do outro. O egocêntrico quer rebater tudo o que o outro fala, sem ao menos ouvir realmente o que ele diz. O outro está falando e o receptor está pensando no que vai responde. Percepção do outro– influenciada por preconceitos e estereótipos: vendedor, branco, negro, amarelo, mulher, criança, idoso, judeu, japonês, evangélico, católico, espírita, político, rico, pobre etc. Ainda: quando determinada pessoa tem, para nós, a auréola de santo, tudo o que fala e faz é bom. Competição – quando um corta a palavra do outro, sem nem sequer ouvir o que ele está dizendo; quer apenas se fazer ouvir. É um "diálogo de surdos", em que ninguém ouve ninguém. Frustração – impede a pessoa de ouvir e entender o que está sendo dito. Transferência inconsciente de sentimentos – que se tem em relação a uma pessoa parecida com o interlocutor. Pode ser favorável ou desfavorável. Projeção – leva a emprestar a outrem intenções que nunca teve, mas que teria no lugar dele. Inibição – do receptor em relação ao emissor, e vice-versa. Quando a comunicação se estabelece mal ou não se realiza, diz-=se que há: a) FILTRAGENS Quando a mensagem é recebida apenas em parte. A comunicação existe, mas é filtrada pelo interlocutor e provoca mal-entendido. Ouve apenas o que quer ouvir. O resto filtra, não deixa passar. b) RUÍDOS Não é o barulho externo que impede de ouvir. É a comunicação entre duas pessoas ou em grupo. Quando a mensagem é distorcida ou mal-interpretada. Exemplo: — Sei bem o que ele quis dizer... Quando falou em vadiagem, referiu-se a mim... — Não, não foi isso, você interpretou mal. — Não, você viu como ele olhou para mim? — Ora, ele olhou para todo mundo da mesma forma. — Ele está me marcando... c) BLOQUEIO Quando a mensagem não é captada e a comunicação entre duas pessoas é interrompida São barreiras psicológicas, muros de vergonha e zonas de silêncio entre os interlocutores, que não querem tocar em determinados assuntos. Exemplo: — Por favor, nem me fale desse assunto. Você sabe que eu não gosto de falar sobre isso — Mas, é importante... — Não, por favor, não... Você já sabe o que eu penso a respeito... Qualquer que seja a duração de um bloqueio, ele perturba a percepção que a pessoa tem de si própria e dos outros e, em conseqüência, suas atitudes, seus comportamentos tornam-se falsos. Os bloqueios, as filtragens e os ruídos costumam provocar ressentimentos, os quais podem durar longo tempo, criando inimizades. 6. PROBLEMAS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO O significado do que se captou de uma mensagem pode não ser exatamente aquele que o EMISSOR quis transmitir. Nossas necessidades e experiências tendem a colorir o que vemos e o ouvimos; a dourar ou enegrecer determinadas pessoas. Isto distorce a forma de percebermos os fatos, os estímulos. Exemplo: "Um aluno riu na aula". Interpretação de diferentes professores: a) "Este aluno está me ‘gozando’; vou me entender com ele". É um professor, provavelmente inseguro, que acredita que toda manifestação do aluno é agressiva e está abalando o seu "status". b) "Ele está satisfeito; deve ter entendido minha explicação". Professor que tem percepção otimista em relação à pessoa humana. Está muito seguro de si. c) "Alguém deve ter-lhe contado alguma coisa engraçada". Professor sensato que tentou analisar o fato pelo que suas experiências lhe tem ensinado. d) "Esse aluno ri à toa. Será que ele tem algum distúrbio de comportamento?" Esse professor pode estar sendo irônico e, portanto, agressivo. SEMÂNTICA – O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS As palavras não significam a mesma coisa para todas as pessoas. O SIGNIFICADO pode não ser conhecido ou não ser exatamente o que o EMISSOR quis transmitir. Daí, a confusão e a distorção do significado das palavras. É importante que o EMISSOR esclareça o significado das palavras dentro do contexto em que elas forem expressas. Exemplo: "A operação foi realizada". O que significa? Interpretações: Para o médico, uma operação cirúrgica. Para o contabilista, o negócio foi realizado. Para o professor, a operação aritmética (soma, subtração etc.) Para o militar, a batalha foi ganha. Há, também, problemas de semântica quando usamos gíria e termos religiosos. A insegurança, o aborrecimento e o receio – efeitos da emoção – podem distorcer o que vemos e ouvimos, tornando os fatos mais ameaçadores. 7. LINGUAGEM CORPORAL Pela linguagem do corpo, dizemos muito ao outro e ele tem muito a nos dizer. É a linguagem que não mente. Mesmo que tentemos disfarçar, camuflar, ela nos denuncia. Não conseguimos controlar. É importante aprendermos a OBSERVAR e utilizar o "feedback". Observando o receptor e, sua reação à mensagem recebida, podemos verificar o nosso próprio desempenho, modificando-o ou não. Observar: Seu corpo; Suas expressões fisionômicas; Bocejo; Cenho franzido de atenção; Olhar vago, distante; Olhos que se fecham; Expressão de dúvida; Entusiasmo ou falta dele; Irritação; Movimentando, tambolirando dedos e objetos; Estalando os dedos; Batendo as pernas e as mãos. COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO Uma boa comunicação requer: a) aprender a melhorar a sua transmissão Adaptar sua mensagem ao vocabulário, interesses e valores do receptor: que palavras, ideias, sentimentos realmente envia às outras pessoas? b) aperfeiçoar a própria recepção O que você percebe das reações emitidas pelas outras pessoas? Uso da observação e do feedback. c) saber ouvir Ouvir não só a mensagem, mas ir além dela. Há um conteúdo não manifesto em muitas comunicações: verbais, não-verbais, de atitude. É preciso ter sensibilidade para entender. Há um conteúdo informativo, lógico e manifesto em uma comunicação. Há, também, um conteúdo latente, afetivo, emocional e psicológico. d) uso de comunicação face a face São superiores às comunicações escritas. Há, ao vivo, oportunidade para perceber além da mensagem; a inter-relação torna-se mais fácil, completa e envolvente. A voz, as atitudes e as expressões facilitam a realimentação. A voz tem uma gama muito ampla de entonação. A palavra escrita é muito mais agressiva do que a face a face. Não que deva ser abandonada. As duas podem ser combinadas. e) colocar-se no lugar do recebedor Conhecer o seu mundo Adaptar a mensagem ao vocabulário, aos interesses e aos valores do receptor. É difícil entender-se com um ouvinte quando se tenta comunicar alguma coisa que o contradiz ou não vai ao encontro daquilo que ele espera. f) desenvolver a sensibilidade – a EMPATIA Habilidade de se colocar no lugar do outro e assim compreender melhor o que a outra pessoa sente e está procurando nos dizer. Procure sentir como os outros o sentem. Seguro/inseguro Agressivo Intolerante Facilitador Medroso Tímido Orgulhoso Inacessível g) saber distinguir o momento oportuno de enviar a mensagem Uma mensagem tem condições de ser aceita se: - O receptor está motivado para recebê-la; - O momento é oportuno; - Outras mensagens não estão interferindo. Exemplo: não adianta quere ensinar: "O bebê a andar aos 6 meses de idade"; "Álgebra a uma criança de 5 anos de idade". Mensagens antecipadas podem ser ignoradas, não ouvidas e até rejeitadas. h) as palavras devem ser reforçadas pela ação As pessoas tendem a aceitar as mensagens quando participam e quando são reforçadas pelo exemplo. i) a mensagem deve ser simples, direta e sem redundância. A mensagem deve ser direta, clara, simples e sem palavras redundantes para que o receptor possa entender. Isso não quer dizer que se deva rebaixar a linguagem, usando somente gírias e expressões da moda. Exemplo: Tá ligado?... Tipo assim... Entende... Mensagens confusas, recheadas de palavras eruditas e estilo rebuscado são verdadeiros quebra-cabeças e provocam distorções. 9. COMUNICAÇÃO EFICAZ 1. Quanto mais o contato psicológico se estabelece em profundidade, mais a comunicação humana terá possibilidade de ser autêntica. 2. Quanto mais a expressão de si conseguir integrar a comunicação verbal e a não-verbal, mais a troca com o outro terá condições de ser autêntica. 3. Quanto mais a comunicação se estabelecer de pessoa a pessoa, para além das personagens, das máscaras, dos "status" e das funções, mais terá possibilidade de ser autêntica. 4. Quanto mais as comunicações intragrupos forem abertas, positivas e solidárias, mais terão possibilidades de serem autênticas. 5. Quanto mais as comunicações forem consumatórias (encontros sujeito a sujeito) menos elas serão instrumentais (manipulação do outro), e terão mais possibilidades de serem autênticas. 10. CONCLUSÃO Nenhuma comunicação verdadeira é estabelecida se o RECEPTOR não compreender o significado original da MENSAGEM passada pelo EMISSOR. O RECEPTOR é o elo mais importante no PROCESSO DE COMUNICAÇÃO. Se a MENSAGEM não atingir o RECEPTOR, de nada adiantou enviá-la. Um dos pontos mais importantes na comunicação é a preocupação com a pessoa que esta na outra ponta da cadeia da comunicação – o RECEPTOR. Na COMUNICAÇÃO ESCRITA, o LEITOR é o mais importante. Na COMUNICAÇÃO ORAL, o OUVINTE é que importa. "O BOM COMUNICADOR É BOM OUVINTE"
Posted on: Sun, 30 Jun 2013 23:43:07 +0000

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