Belo testemunho do jovem Jeovah Fialho sobre sua experiência na - TopicsExpress



          

Belo testemunho do jovem Jeovah Fialho sobre sua experiência na catequese. MEUS PRIMEIROS PASSOS NA CATEQUESE Aos catequistas de caminhada e aos que agora começaram a caminhar, segue um pequeno testemunho de como foi minha caminhada dentro da catequese e quais as dificuldades que já enfrentei, apesar de ter apenas 1 ano e 10 meses como catequista. No dia 25 de agosto, a Igreja celebrou o dia do Catequista e não somente a pessoa do catequista é celebrada neste dia, mas o próprio ministério da catequese em si. Faço esta separação para que possamos compreender que a catequese é algo que cabe tanto dentro de um ministério pastoral, bem como dentro de uma Igreja doméstica (nossas casas). Daí vale analisar o Ministério da catequese de maneira separada da pessoa do catequista. Foi em uma destas igrejas domésticas que se iniciou a minha catequese. Digo que talvez tenha tido uma catequese um tanto superficial, rústica e tradicional. Pois apesar e minha mãe sempre ter sido uma fiel católica, não contou com catequeses ou cursos em nenhuma etapa da vida dela (nem mesmo trabalhos pastorais). Apesar disso não falhou em catequizar todos lá em casa. Eu e minhas duas irmãs. Em 2009, aos 19 anos, fui impulsionado a fazer a Crisma pelo exemplo de minha irmã mais nova que neste ano completa 15 anos. Fui levado sem muito interesse, como São Maximiliano ao Seminário pelas botas (quem conhece a história sabe do que estou falando), mas aos poucos aprendi a amar e não foi pouco. Amei muito a minha catequese de Crisma e de lá Deus despertou um amor maior ainda pela Santa Igreja. Ah! Fiz também o Segue-me no fim de 2009. Em 2010 fui convidado a participar da Formação de Catequistas, que neste ano, por proposta do Pároco da época, deveria ser de 2 anos. Em momento alguma houve desânimo. Neste mesmo ano fui convidado por um outro crismado a realizar duas outras atividades: a encenação da Via Sacra e o início de um grupo jovem em nossa Igreja. Comecei este ano com estas três coisas. Meus finais de semana começaram a ser ocupados somente por atividades da Igreja e muito mais que preencher meus fins de semanas vazios, eu buscava encontrar sentido em algo que eu fazia, então por estatística, quem sabe tentando várias cosias eu conseguiria me encontrar em algum lugar. Meu primeiro ano de formação foi um tanto quanto pesado, cheio de conteúdo apenas. Vimos muitas das Diretrizes da Catequese, dois documentos principais: Diretório Nacional da Catequese (DNC) e o Diretório Geral da Catequese (DGC). Vimos durante um ano inteiro apenas teoria, sem ao menos termos a oportunidade de entrarmos em turma e sentirmos o gosto de experimentar ser catequista. Por providência ou não de Deus, muitos desistiram, inclusive minhas irmãs e muitos dos melhores amigos que formei. Em 2011 retomei meu segundo ano de formação um tanto quanto desanimado, desgastado e desmotivado pois tivemos a notícia que ainda não entraríamos em turma, nem mesmo assumiríamos, mas que teríamos mais 6 meses de formação e depois iniciaríamos os estágios. E talvez o pior de tudo foi que neste mesmo ano o Pároco mudou novamente o tempo de formação de 2 para um 1 ano. Daí entrou uma nova turma que ao final de um ano teria recebido o mesmo ‘mérito’ que nós que passamos 2 anos lá na formação. Em 2011 fui convidado a coordenar a Via Sacra e a trabalhar também na Pastoral da Comunicação. Exigiu de mim muito mais organização e principalmente compreensão de todos os que estavam ao meu redor. De certa forma não tive muito pra onde fugir. Nesta época estávamos retomando a Via Sacra e ninguém se dispôs a coordenar e a Pastoral da Comunicação estava se reerguendo e ninguém havia se disponibilizado por exemplo a fazer um site novo com mais opções. Creio sim que Deus me quis ali. Foi neste ano que tive minhas primeiras decepções, talvez as maiores. Na época da Via Sacra, meio a uma formação e outra (jamais deixei de observar e reger um encontro) eu precisei algumas vezes ‘sair correndo’ pra organizar coisas que faltavam e ouvi de um dos meus catequistas de formação uma vez: “Jeovah! Não lhe autorizo a fazer isso, o que você faz é errado! Ou faz uma coisa ou faz outra. Se quiser se formar vai ter que dar prioridade a formação. A Via Sacra é outra coisa” Confesso que fiquei me perguntando se esta pessoa seria alguma dia na vida capaz de ter um filho, trabalhar e ainda realizar algum trabalho na Igreja, porque pelo seu discurso ele não compreendia que fosse possível abarcar duas realidades TOTALMENTE conciliáveis. Fiquei bastante pensativo, disperso, triste. Tentando entender se o que eu estava fazendo era certo ou não. Esperei um consolo de alguém e nada obtive. Me esforcei pra fazer as coisas em horários distintos sempre que possível e passei a ignorar demais comentários. Nunca fui um catequista negligente, muito menos sem vontade de trabalhar pela minha Igreja. No fim de 2011, fomos (eu e a turma de formação) convidados a trabalhar no Retiro da Crisma. Foi uma alegria receber aquele convite. Fomos chamados a trabalhar no Bem Estar. Sempre fui pró-ativo e quis sempre estar um passo a frente pra querer ajudar. Se aproximando da data do retiro da Crisma, observei que a equipe de Intercessão não havia planejado nenhum jejum, nenhum oração ou preparação específica. Um dia a noite em casa eu tive a ideia de montar rapidamente um jejum, marcar um dia pra rezar, imprimir correndo e levar no dia seguinte e entregar ao menos a todos os catequizandos de formação. Foi o que fiz. Fiquei até de madrugada fazendo e levei no dia seguinte. No término do nosso encontro pedi a atenção de todos e propus o jejum, as orações e uma noite pra rezarmos o terço. Entreguei pra todos os catequizandos. Porém ouvi de um dos meus catequistas de Formação: “Quem lhe autorizou a fazer isso? Quem lhe pediu pra fazer isso? Você não pode ficar montando jejuns sem autorização da coordenação, até porque você não sabe quais as intenções do retiro”. Isso me jogou no chão. Na frente de todos meus colegas eu fiquei estático, sem saber o que dizer, sem saber o que falar, sem nenhuma reação. Ninguém na sala se manifestou, nem mesmo os demais catequistas de formação. Sai do encontro praticamente chorando e corri atrás das coordenadoras de intercessão e da Crisma. Me apresentei diante delas, disse que havia feito no dia anterior, com a melhor intenção porque nada havia sido feito, mostrei o jejum a elas, as orações e ouvi de ambas: “Nossa Jeovah, ficou bom! Tem como trazer mais de tarde?” Pronto, meu coração se confortou um pouco. Corri pra casa após a missa, imprimi mais um tanto, recortei e corri pra Igreja pra levar onde os coordenadores de Crisma estavam. Entrei na sala em que se encontravam e fui surpreendido por um horrível silêncio. Ninguém olhou pra mim, ninguém recebeu de minhas mãos os papeis que eu havia impresso. A Coordenadora virou pra mim e falou: “Jeovah, queria falar com você. Quem foi que lhe autorizou a fazer isso? Com que poder você fez isso e entregou aos outros? Você não sabe as intenções do nosso retiro? Não tinha o direito de montar esta intercessão e este jejum…” Fiquei mais uma vez estático, sem palavras… Disse de modo bem humilde que iria recolher tudo e não mais entregaria nada relativo aquilo. Pedi desculpas e sai daquela sala. Foi quase impulsiva minha decisão de sair da catequese naquele momento. Passei uma semana inteira (a semana que antecedeu o retiro) em angustia, rezando todos os dias, perguntando a Deus onde eu havia errado, porque havia sido exposto daquele modo, porque me julgaram, porque simplesmente não aceitaram, porque não me chamaram em silêncio num canto, porque não me ensinaram ao invés de condenar, qual o tamanho do meu erro, quantas mais vezes eu errei? E durante o próprio retiro, Deus me mandou um consolo. Já havia espalhado esta notícia pela catequese e os meninos do Ministério de Música Santo Sacrário (todos eles) me chamaram pra conversar (eu não conhecia nenhum deles, nem eles a mim) e me disseram que provações acontecem a todo momento, até mesmo no nosso primeiro ano de catequese, mas que um coração bom perdura pra sempre. Disseram ainda que não viam razões para terem me condenado e que me apoiavam em tudo que eu precisasse, em tudo mesmo. Depois vieram falar comigo a Poliana Virgínia e a Coordenadora Geral da época a Cláudia e me disseram também: “Jeovah, talvez tenha errado apenas em não ter avisado antes, mas não em rezar por alguém. Onde já se viu pedir autorização pra poder rezar por alguém? Fazemos isso em todas as missas”. Deste dia em diante meu coração se confortou e eu resolvi não mais deixar a catequese. Entretanto meu coração se fechou um pouco e neste mesmo dia eu disse: “Nunca mais serei humilhado desta forma nesta catequese e nenhum amigo meu será humilhado também”. Comecei a fazer a Escola Catequética, ler vários livros católicos, sobre vários assuntos, fazer retiros de capacitação Espiritual, busquei um orientador espiritual e por fim resolvi (mesmo já tendo o compromisso de uma faculdade) fazer a Faculdade de Teologia. Dizia no meu coração: “Ao menos pela razão vão me respeitar”. Desde 2012 assumi turma, na Perseverança Etapa IV, junto com um Maravilhoso parceiro: André dos Santos. E desde este ano o Senhor Deus veio transformando meu coração dizendo a mim que de nada vale o conhecimento senão houver um moldar do meu coração. De nada vale combater o ímpio com sua própria arma. Mas apenas com o amor. Aprendi que a verdadeira Teologia se faz de joelhos e quanto entende de Cristo, mais meu coração deve se esvaziar… E assim tenho feito. Posso quem sabe ser humilhado de novo, mas vou devolver em orações. Mas os pequeninos (todos meus amigos, afilhados e afilhadas, meus meninos do teatro) que Deus me confiou, estes contam 24 horas com minhas orações e todo meu empenho para que não sofram o que eu sofri. jeovahfialho.wordpress/2013/09/09/meus-primeiros-passos-na-catequese/
Posted on: Wed, 09 Oct 2013 02:52:12 +0000

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