Bem, eu não procuro me afastar de nada, pelo contrário procuro agregar e assimilar da melhor forma todo conhecimento que me chega, não preciso resistir a nada. E quanto a mim mesmo, me constituo a partir de minhas orientações internas, sigo o que meu coração manda, tento ao máximo ser original e autêntico. Eu não me constituo a partir de diferenças ou semelhanças de outros, vou por mim mesmos, pelo meu coração. Se os demais aceitam ou não pra mim é secundário; não me encaixo nem por opção e nem por imposição. Não quero ser incluso ou aceito, não faço questão de participar de uma sociedade de doentes mentais, gente medíocre e pequena, de mentalidade estreita, cérebro de férias. Sou o que sou: alienígena residente no planeta da mentira, crio meus próprios valores, invento meu próprio mundo, produzo meu universo, minha concepção de Deus e minha religião, crio para além de mim mesmo. Minha religião é criar, e criar para mim é gerar, procriar, dar a luz, engendrar, concretizar no mundo o que se leva no mais íntimo. A criação nasce na escura de instintos viscerais, de impulsos fisiológicos que permeiam a presença do mundo no que há de mais íntimos. Assim, criar é dar luz, abrindo as profundezas, grávidas, pelas pulsões internas.
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 14:30:57 +0000
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