Bom dia amigos!!! As pessoas tem me perguntado o que eu acho - TopicsExpress



          

Bom dia amigos!!! As pessoas tem me perguntado o que eu acho sobre o futuro político do nosso País e sobre como a evolução tecnológica proporcionou a invasão de milhares de manifestantes nas ruas do Brasil inteiro. Bem, gosto muito dos textos do Paraibano Silvio Meira engenheiro de software, ele tem vasto conhecimento em tecnologia. Mas vamos lá, boa parte da poeira levantada em junho nas ruas de 438 cidades brasileiras parece ter assentado, mas ainda há bastante pelo ar. Uma breve retomada dos fatos: o Movimento Passe Livre saiu às ruas em varias capitais contra um reajuste de R$ 0,20 nas passagens de ônibus e metro. Em São Paulo, os protestos fecharam algumas vias, entretanto, viu, pela tevê, o espaço publico ser tomado por baderneiros, num festival de vandalismo. A policia interveio, o confronto se generalizou e, de repente, o jogo mudou. Nos dias seguintes, mais de 2,5 milhões de pessoas foram para as ruas no País - numa onda nunca vista. O pessoal mais assíduo aos protestos tinha entre 15 e 24 anos, possui smartphone e freqüenta as redes sociais na internet. No dia 13 de junho, o que eles filmaram não estava sendo transmitido na televisão. Pelo menos não com o mesmo víeis. Ao contrário do que ganhou destaque, a maioria protestava pacificamente, farta de políticos, de aumentos e de corrupção, e foi reprimida pela polícia. As imagens dos abusos cometidos tomaram conta das redes sociais e multiplicaram os protestos. A luta deixou de ser contra um aumento de R$ 0,20 no transporte e o gigante acordou com sede de reformas. E agora, cadê esse gigante, que talvez devesse ser descrito como próprio bicho de sete cabeças, tamanha a diversidade de bandeiras, de inspiracões e de manifestantes. Para começar a entender esse momento brasileiro - que reflete uma tendência global - é preciso compreender como funcionam as novas tecnologias digitais. As novas ferramentas de comunicação criaram espaços e dinâmicas que alteram a sociedade. É provável que elas redefinam as relações sociais do século XXI. Como isso vai acontecer e em que velocidade é difícil prever, mas os caminhos apontam para um futuro de maior participação social. Mas não se muda um País simplesmente porque coloca 20 mil, 70 mil ou 1 milhão de pessoas nas ruas. Somos 200 milhões. Mudanças não acontecem de um dia para o outro. Acontecem no longo prazo e isso implica capacidade de articulação, coordenação, colaboração, cooperação, compartilhamentos de valores e de princípios. Vai levar muito mais tempo do que as pessoas estão achando. Elas descobriram que podem se articular e levar um grupo de 200 - não precisa ser 2 mil - para a Avenida Paulista ou Presidente Vargas toda vez que quiserem. Se isso virar uma norma, ai começamos a mudar o País. Mas, em curto prazo, a mobilização popular deve perder força e um número grande de instituições contra as quais as pessoas estão se manifestando vai assumir uma parte das manifestações como propriedade delas. E não vão mudar as praticas. Vão continuar fazendo o que já estavam fazendo. É exatamente o que mostra o vídeo Reunião de Emergência, do grupo Porta dos Fundos, quando dizem no You Tube: vamos diminuir só 20% o volume de roubo; só por um tempo, ate esse pessoal se aquietar, depois a gente volta ao normal. Acho que os brasileiros precisam ser mais politizados. O que aconteceu não foi por consciência política e sim porque o povo perdeu a paciência. E daí que vem a revolta perigosa. Não a de quem reclama, mas a de quem destrói e não tem nenhuma proposta de construção. Salve Silvio Meira!!!! A tecnologia vai mostrar cada vez mais sua força na política nacional.
Posted on: Sun, 03 Nov 2013 13:11:02 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015