Bom dia! bom domingo sempre! (desejo o silêncio: o construtivismo - TopicsExpress



          

Bom dia! bom domingo sempre! (desejo o silêncio: o construtivismo de nossos suor: lágrimas marinhas, água da calunga grande). Abraços a todos e todas. José Geraldo Neres / José Geraldo Neres / José Geraldo Neres / Macumbaria Poética - Arte ancestral / Olhos de Barro / -- O Lord sem nome, canção inédita para um Guardião: laroyé!. Camisa limpa, sapatos novos. E eu não sei para onde estou indo. Ele roupa de seda, gravata vermelha não preciso uma razão para isso. O caminho ele sabe abrir com a fumaça. Velas acesas, e uma sempre apagada. Serpentes caminham ao seu lado, por entre suas pernas. E nem o vento quer brincar nas ladeiras de meus ossos. Sou o deserto, o selo que se rompe ao som de uma gaita de fole. O vento é virgem quando passa por seus lábios. Eu quero fugir, tenho medo, mas saiba que da minha caveira ninguém escapa. Não necessito levantar e ou desembargar minha espada: ela –a espada– tem ainda o sangue da minha virgem que cortou minha perna. Ela ainda tem o sabor do sêmen dela a curar e cicatrizar essa ferida: primeiro, ela me recolheu ao seu leito de palhas, dividiu o pouco dos grãos que tinha para passar o inverno. Seus filhos olhavam assustado para minha cicatriz, mas ela fazia unguentos com a própria saliva e lágrimas. Quando estava em estado de vigília, conseguia perceber o fogo que saiu de seu corpo, e mesmo estando no quatro longe de todos: este vapor me aquecia. O movimento fora da cabeça eu conseguia perceber, era uma legião de mortos vivos a espera que eu me juntasse a eles. Quando a cicatriz recomeçou ter a cor do sol, e lavras dela começavam a sair; ela cobrir meu corpo com o seu. Naquela fração infinita que separa o mundo dos vivos e une o mundo das mortes; era possível ver e tocar cada vértebra do seu esqueleto, a beleza corporal é um disfarce para não atrair aquela morada ninguém aventureiro. Ela com duas adagas; cravava meu esqueleto e sorria e seu corpo/ossos se movimentava no sentido contrario do sol. O temporal não tem lugar na casa. Um sino anuncia o momento para nossos corpos ficarem em silêncio. Passei naquela morada de palha por sete noites, e sete dias. Nunca falamos uma única palavra. O cheiro do corpo dela; alimenta meus fantasmas. O sábio me ensinou a brindar as lágrimas, brindar à água que existe em todo corpo feminino. Erguer o copo em momentos sacros e jamais levantar minha sedenta espada para um clã que ainda está por erguer suas casas de pedras. Um guardião é aquele que sabe o momento certo de cozinhar um alimento, mas também sabe onde guardar sua espada e fúrias para uma surpresa, ou brisa contrária: a mão direita pode sacrificar um amor, pode ler um livro, pode esconder e alimentar seus pesadelos. Mas a mesma espada pode confeccionar um carrinho de madeira, e concertar o seleiro destruído pelas trevas, pela tempestade. Esculpir o amanhã com uma espada requer muita disciplina. Reflorestar uma floresta com as próprias requer o auxilio e equilíbrio; no canto esquerdo a espada sangra e celebra com meus fantasmas, irmãos e irmãs de batalhas. Uma taça envenenada consegue enganar o sol. As lanças que carrego no peito (sete perfurações); é o motivo para acreditar que as almas são motivos sublimes para continuar a caminhar. Sinto o calor do seu vestido vermelho, o aroma de sua pele misturado à palha, mas meu corpo não pode tocar em nada; apenas olho e os poucos grãos de lágrimas que nascem se evaporam instantaneamente. Tenho um celeiro para terminar, em sete dias, preciso recolher meus ossos, e continuar a caminhar pela destruição. Meus irmãos iram sentir o aço do meu corpo. Amar me foi negado, mas honrar uma criação divina; esse é meu trabalho. O senhor deus das armas forjou meu caráter com os pedaços de minha perna, de meu coração, e de minha família: fez essa espada para que eu não me esconda dentro das sombras da minha vergonha. Este é um juramento de um templário, lord sem nome, mas que carrega na sua mãe esquerda uma caveira que nunca está vazia. Laroyé! by: Macumbaria Poética - Arte ancestral https://facebook/MacumbariaPoetica
Posted on: Sun, 15 Sep 2013 15:04:51 +0000

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