Brasil entra no grupo dos ‘cinco frágeis’ quando assunto é - TopicsExpress



          

Brasil entra no grupo dos ‘cinco frágeis’ quando assunto é câmbio Morgan Stanley cita também Turquia, Índia, Indonésia e África do Sul Bruno Villas Bôas / 19/08/13 RIO - De membro do famoso Brics (acrônimo criado para Brasil, Rússia, Índia e China), seleta relação dos países com grande potencial de crescimento feita pelo banco Goldman Sachs, o Brasil foi incluído pelo banco de investimento Morgan Stanley em um novo grupo de emergentes que tem uma história menos empolgante para contar: o dos “Cinco Frágeis”. São países que têm em comum as moedas mais vulneráveis às mudanças na dinâmica da economia mundial, marcada agora pela expectativa de redução do programa de recompra de títulos públicos americanos, os chamados treasuries. O novo grupo é integrado também por Turquia, Indonésia, Índia e África do Sul. Em relatório aos clientes, o Morgan Stanley avaliou que os cinco países têm dois principais fatores em comum: um elevado déficit em conta corrente — o saldo das transações entre um país e o resto do mundo — e um nível relativamente alto de inflação ao consumidor. “O risco associado particularmente às moedas desses cinco países fica evidente também pelo fato de os bancos centrais desses países estarem entre os que atuam de forma mais agressiva para segurar suas moedas”, escreveram os analistas do banco, em relatório assinado pela Equipe de Pesquisa Global de Moedas. Para o banco, os países vão continuar gerando “incertezas a médio prazo”. Por isso, recomendou aos clientes apostarem na desvalorização dessas moedas frente ao dólar americano. Real teve segunda maior desvalorização Dos cinco países relacionados, a África do Sul teve a maior desvalorização cambial. O rand sul-africano recuou 16,97% frente ao dólar neste ano até esta segunda-feira. O real, nesse período, se desvalorizou menos: 15,44%, a segunda maior do grupo de cinco países. Segundo o Morgan Stanley, no entanto, isso se deve em grande parte à política de não-intervenção do BC sul-africano na taxa de câmbio, único a adotar essa estratégia no grupo. Segundo o diretor de pesquisa do banco Nomura, Tony Volpon, o atual ciclo de desvalorização cambial segue um roteiro visto nos anos 90. Ele diz que países que dependem do financiamento externo sofrem maior pressão. Isso acelera a inflação e força os bancos centrais a elevarem suas taxas básicas de juros. O roteiro, segundo ele, segue pela desaceleração do consumo e piora do mercado de trabalho, com consequente redução do crescimento econômico. — O Brasil deveria ter passado por esse ajuste há mais tempo. Mas, como piora do mercado de trabalho tem consequências políticas, isso só ocorreria depois das eleições de 2014 — afirma Volpon, para quem a mudança da política monetária americana antecipou esse quadro. — Vamos ver uma piora do mercado de trabalho brasileiro pela frente. Isso não é, claro, só por causa apenas do câmbio. É pelo quadro geral. O ex-presidente do Banco Central (BC) Carlos Langoni, diretor do Centro Mundial de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que o déficit em conta corrente do Brasil, de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) não preocupa tanto quanto o de outros países do grupo. — É um patamar ainda seguro. O déficit deve ficar de US$ 70 bilhões a US$ 80 bilhões e algo como 80% dele serão cobertos por capitais de longo prazo, como os Investimentos Estrangeiros Diretores, que têm mais qualidade — afirma Langoni. Ele avalia, no entanto, que a inflaç ão ainda elevada preocupa, apesar da tendência de desaceleração de preços no curto prazo
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 04:03:50 +0000

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