Brasileiro plastificado Os pagamentos de compras pelos - TopicsExpress



          

Brasileiro plastificado Os pagamentos de compras pelos consumidores com os cartões de crédito e débito atingiram o total de R$ 189,43 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma elevação de 16,9% ante o mesmo período de 2012, segundo levantamento divulgado ontem pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). No período, o número de transações com os dois tipos de cartões somou 2,13 bilhões, uma alta de 14% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A praticidade deste meio de pagamento, conveniência e segurança explicam o aumento no número de transações e do valor total movimentado. Responsável pelas compras de menor valor e substituto do dinheiro, o cartão de débito foi o mais utilizado pelos consumidores, que gastaram em média R$ 60,9 por compra – ante um tíquete médio de R$ 118,8 do cartão de crédito. A função débito foi a que mais cresceu em número de transações, totalizando 1,09 bilhão no primeiro trimestre, uma alta de 15,2% sobre igual período do ano anterior. Esta modalidade movimentou ao todo R$ 65,8 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento de 21,2%. Em volume total movimentado o cartão de crédito atingiu o valor de R$ 123,6 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 14,8% sobre o primeiro trimestre de 2012. As transações na modalidade crédito somaram 1,05 bilhão, aumento de 12,6% no mesmo período de comparação. Continuam em alta o valor gasto por consumidores em compras parceladas e no exterior. De acordo com o levantamento da Abecs, a compra parcelada respondeu por 50,4% do volume total movimentado no cartão de crédito, ante 49,6% das compras à vista. Parceladas – O tíquete médio da compra parcelada é quatro vezes maior do que o de pagamentos à vista. É o que mostra o peso de ambas as opções de pagamento no crédito, em número de transações. As compras parceladas representam 20% das operações nas máquinas, enquanto os pagamentos à vista respondem por 80%. Ainda sem considerar a recente valorização do dólar, o levantamento mostra que os gastos de brasileiros no exterior com cartão de crédito movimentaram R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 16% ante o mesmo período de 2012. Já o total gasto por estrangeiros com cartão de crédito no Brasil foi de R$ 2,9 bilhões, alta de 15,2%. Varejo online – A modalidade de cartão de crédito também teve incremento na utilização por causa do avanço da tecnologia e do acesso à internet, que elevaram as vendas do comércio eletrônico. Segundo a Abecs, com dados da consultoria e-Bit, no ano passado o cartão de crédito foi responsável por 74% das vendas do varejo online. De acordo com a entidade houve aumento da aceitação de cartão de crédito em estabelecimentos de ramos de atividade não-tradicionais. A elevação foi maior no setor primário, indústria e serviços básicos, com alta de 25,9% – que abrange os segmentos de educação, saúde e utilidades. Serviços – No segmento de profissionais liberais e outros serviços, o incremento na aceitação foi de 19,6%. Este setor contempla serviços de construção civil, comunicação, finanças e administração. No varejo alimentício, houve alta de 17,1% na aceitação de cartões de crédito. No caso dos cartões de débito, houve aumento de 36,8% de aceitação no setor primário, indústria e serviços básicos, seguido por um incremento de 23,7% em estabelecimentos de comércio automotivo e de 23,6% em varejo alimentício. A região do Brasil na qual o faturamento dos cartões mais cresceu foi a Centro-Oeste. Segundo a Abecs, o crescimento acompanha uma tendência verificada nos últimos anos. O faturamento de cartões de crédito cresceu 22,2% em Campo Grande (MS) e 24,4% em cidades do interior da região. A região Centro-Oeste também foi onde mais houve crescimento do cartão de débito, com 26,8%. A segunda região de destaque foi a Norte, na qual o cartão de débito cresceu 24,5%. A cidade que liderou essa alta foi Rio Branco, capital do Acre, onde a alta foi de 29,5%. Crédito, débito ou parcelado com juros? O pagamento parcelado com juros será uma terceira opção na máquina POS – que hoje tem as alternativas de crédito e débito – ao longo do primeiro semestre do ano que vem. A afirmação é de Raul Moreira, diretor vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que participa de um comitê para a padronização do crediário eletrônico junto a bancos emissores, bandeiras e credenciadoras. A entidade deve lançar, em conjunto, uma autorregulação sobre sobre o assunto. Atualmente, o pagamento por crediário está disponível em carnês e cheques e a ideia é que a terceira opção eletrônica seja mais uma alternativa que o lojista pode oferecer ao consumidor. Raul Moreira diz que a padronização elaborada pela entidade não interfere em taxas de juros oferecidas ao consumidor e ao lojista (para fazer a transação e para receber o pagamento) e nem nos prazos máximos de parcelamento. "No entanto, a expectativa é que o prazo seja maior que 36 meses. Alguns bancos oferecem esta forma de pagamento em até 56 vezes. A quantidade de parcelas deve incentivar o consumo pelo cartão, para que as prestações não pesem no orçamento do consumidor", explica. Um exemplo citado pelo diretor da Abecs é uma compra de R$ 2 mil que, parcelada sem juros, tenha prestações de R$ 200 e com a incidência de juros e prazo maior, de R$ 30. Moreira diz que hoje o Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil (BB) têm projetos-piloto de crediário eletrônico – alguns debitam na fatura do próprio cartão de crédito e outros na conta corrente. "A forma como o cliente vai pagar continuará dependendo de cada banco", diz. No caso do Banco do Brasil, a posição da carteira deste projeto piloto de crédito parcelado com juros é de R$ 800 milhões, o que representa cerca de 2% a 3% do faturamento da indústria de cartões. Com a padronização, a expectativa é aumentar essa participação. Para o comerciante, explica, a vantagem é a possibilidade de financiar o consumo via banco. Outra forma de incentivo, ressalta, é o pagamento antecipado ao lojista. "O sucesso do crediário automatizado dependerá da taxa de juros para o consumidor e para o lojista. Ele terá a vantagem de não ter o risco de crédito, mas será preciso saber o custo disso. Essa nova modalidade não significará o fim do carnê porque ainda há muitos consumidores que têm limites apertados no cartão", afirma Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Posted on: Tue, 30 Jul 2013 10:57:02 +0000

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