CAMILLE FLAMMARION DEMONSTRA A PEQUENEZ HUMANA Assim como todas - TopicsExpress



          

CAMILLE FLAMMARION DEMONSTRA A PEQUENEZ HUMANA Assim como todas inovações e descobertas da ciência que foram ridicularizadas e negadas o Espiritismo é alvo de pseudo-sábios. Levar o conhecimento espírita a toda parte para quebrar de vez o obscurantismo material, intelectual e moral em que a humanidade está assentada e, pode-se dizer, conformada é obrigação de todo Espírita. Enquanto os homens discutem em alguma esquina qualquer do mundo, ou em suas Academias, se existem ou não tal coisa, se este ou aquele é superior, a Luz, não se detêm para apreciá-los, vara o Universo em busca de mundos infinitamente superiores, distantes, belos e desconhecidos, na velocidade de 300.000 km, enquanto àqueles debatedores mal conseguem mover os pés por efeito da gravidade.... A luz não se detém nunca para apreciar os vermes terráqueos, pretensiosos, arrogantes e orgulhosos que tudo acreditam saber sabendo tão pouco. Pigmeus morais.... Enquanto os debatedores do conhecimento inútil levantam-se em armas, uns contra os outros, o Sol não pára um segundo sequer as suas explosões solares e envia, sem que o saibamos a luz, elemento fundamental, que nos dá vida e em todo a nossa sistema solar, nosso vizinho que não o conhecemos ainda... Homens, despertemos para as realidades da vida universal ainda que não se as compreenda. O Espiritismo é a bússola apontando o norte do conhecimento e da razão que fará com que nos libertemos de todas as crendices, superstições e negações. CAMILLE FLAMMARION - DEUS NA NATUREZA [...] Escutai, pois: no fundo dos vastos desertos siderais, dormita obscuro um pequenino globo des­conhecido. Não tendes acaso percebido, uma que outra vez, entre as miríades de estrelas que bran­queiam a Via-Láctea, uma estrelinha de ínfima grandeza? Pois bem, essa estrelinha, como vós, é também um sol e em torno dele rolam algumas miniaturas de mundos tão pequeninos que rolariam quais grãos de areia, na superfície de um de vós. Ora, sobre um dos mais microscópicos planos desses micros­cópicos mundículos, há uma raça de racionalistas e, no seio da raça, um núcleo de filósofos que aca­bam de declarar positivamente, é magnificências! — que o vosso Deus não existe. Soberbos pigmeus, levantaram-se na ponta dos pés, pensando ver-vos assim de mais perto. Eles vos acenaram para que vos detívésseis e proclama­ram, em seguida, que os ouvísseis e que toda a Natureza estava com eles. Alto e bom som, proclamam-se os intérpretes únicos dessa Natureza imensa. A lhes darmos crédito, pertence-lhes, doravan­te, o cetro da razão e o futuro do pensamento humano está em suas mãos. Firmemente convencidos estão eles, não só da verdade, mas, sobretudo, da utilidade de sua descoberta e da benéfica influência resultante para o progresso desta pequena humanidade. Ao demais, fizeram constar que todos quantos lhes não compartilhassem a opinião, esta­vam em contradita com a ciência natural, e que a melhor qualificação cabível a esses dissidentes retardatários é de ignorantes obcecados. Não vos exponhais, portanto, a serdes tão desfavoravelmente julgadas por esses senhores, é portentosas es­trelas! Procedei de maneira a distinguir o nosso im­perceptível sol, o nosso átomo terrestre, a nossa vermínea racionalidade e, aderindo a esta declara­ção capital, paralisai o mecanismo do Universo e com ele a dimensão e harmonia; substitui o movi­mento pelo repouso, a luz pela treva, a vida pela morte e, depois, quando toda a capacidade intelec­tual for aniquilada, todo o idealismo banido da Natureza, suprimida toda a lei, atrofiada toda a força, o Universo se pulverizará, vós vos disper­sereis em pó no bojo da noite Infinita, e se o áto­mo terrestre ainda subsistir, os senhores filósofos, últimos viventes, estarão satisfeitos. Não mais se poderá dizer que haja inteligência na Natureza. [...] “Ó misterioso Incógnito! — exclamei — gran­de, imenso Ser, que somos nós, pois? Supremo au­tor da harmonia, quem és tu, se tão grandiosa é a tua obra? Pobres mitos humanos os que supõem conhecer-te — ó Deus! Átomos, nada mais que áto­mos, como somos ínfimos! E como tu és grande! Quem, pois, ousou nomear-te pela primeira vez? Que orgulhoso insensato pretendeu definir-te, ó Deus! — ó meu Deus, todo poder e ternura, imensidade sublime e inconcebível! E, como qualificar os que vos têm negado, que em vós não crêem, que vivem fora do vosso pensa­mento e jamais sentiram vossa presença — ó Pai da Natureza! Amo-te! amo-te! Causa suprema e desconhe­cida, Ser que palavra alguma pode traduzir, eu vos amo, divino Princípio! mas... sou tão pequenino, que não sei se me ouvireis, se me entendereis.. Como estes pensamentos se precipitavam fora de mim, para fundirem-se na afirmação grandiosa de toda a Natureza, as nuvens se esgarçaram no poente e a radiação áurea das regiões iluminadas inundou a montanha. “Sim! tu me ouves, ó Criador! tu que dás a beleza e o perfume à florinha silvestre! A voz do oceano não abafa a minha voz e meu pensamento a ti se eleva, ó Deus! com a prece coletiva.” Do todo do Cabo, minha vista se estendia ao Sul como ao Ocidente, na planície como sobre o mar. Voltando-me, lobriguei as cidades humanas, meio adormecidas nas plagas. No Havre, as ruas comerciais se iluminavam, e além, na margem opos­ta, Trouville acendia o seu parque de diversões. E enquanto a Natureza se mostrava reconhe­cida ao seu Autor com o saudar a missão de um dos seus astros fiéis; enquanto todos os seres lhe enviavam suas preces e o rugido dos mares mistu­rava-se ao vento, em ação de graças ao termo de um belo dia; enquanto a obra criada, unânime e recolhida, se oferecera ao Criador, a criatura imor­tal e responsável — ser privilegiado da Criação, expoente do pensamento — o Homem, vivia à mar­gem, indiferente a tantos esplendores, sem olhos de ver nem ouvidos de ouvir, parecendo ignorar essa harmonia universal, em cujo seio deveria en­contrar a sua felicidade e a sua glória. Infelizmente, em geral, as pessoas que pertencem às classes superiores da sociedade – sábios, eruditos, artistas, escritores, magistrados, sacerdotes, médicos, etc. – mantêm-se em discreta reserva, como se tivessem medo de falar. Não são completamente livres, têm interesses a salvaguardar e calam-se, ao passo que os outros falam. Essa pusilanimidade, essa cobardia, são absolutamente desprezíveis. De que é que se tem medo? Negar os fatos, por ignorância, é desculpável. Mas, não ter a coragem de confessar o que se viu, que miséria! Há mais criminosos além dos que estão presos: são os homens cultos que conhecem as verdades e não ousam revelá-las por temerem o ridículo ou por interesse pessoal. Tenho encontrado, durante a minha carreira, mais de um desses “homens de ciência”, muito inteligentes, muito instruídos, que foram testemunhas ou tiveram conhecimento de fatos metafísicos irrecusáveis, que não duvidam da existência inegável desses fenômenos, mas não têm a coragem de o dizer, por um sentimento de mesquinhez imperdoável nos espíritos de real valor, ou que cochicham misteriosamente, com medo de serem ouvidos os seus depoimentos, que seriam de considerável peso para a vitória da verdade. Tais homens são indignos do nome de sábios. Muitos pertencem ao que se chama “alta sociedade” e receiam desacreditar-se, mostrando-se crédulos, embora creiam, entretanto, em dogmas muito discutíveis.
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 13:38:08 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015