CANTINHO MUSICAL 4 Lá se foi o mês de julho. Olha só, uma coisa - TopicsExpress



          

CANTINHO MUSICAL 4 Lá se foi o mês de julho. Olha só, uma coisa que eu observei e que me deixou muito surpreso: além de mim, várias outras pessoas fazem aniversário no mês de julho; eu nem imaginava isso. Bem, mas esse não é o motivo principal da minha conversa: o assunto que me veio à cabeça, até em decorrência das comemorações que presenciei e de que participei, é mais profundo e requer um estudo que me parece inédito e que, certamente, vai enriquecer o conhecimento humano a respeito da forma de comemoração das efemérides que se repetem ano a ano e que sempre nos emocionam. Existe uma canção muito linda, melodiosa, repetida a cada homenagem natalícia, não a dos “Parabéns prá você”, de letra complexa e difícil de decorar (às vezes, a versão em inglês me parece mais fácil), mas aquela que é uma verdadeira ode, um hino ao desejo de alegrias, de felicidade, de saúde, de paz e que, quando entoada, chega a causar uma grande comoção entre os que congratulam o aniversariante. Vamos juntos analisá-la verso a verso e procurar entender a mensagem existencial e festiva ali contida, e que, mesmo recorrente, ainda tanto nos intriga. Ela começa de forma, digamos, meio negativa, com um grito de angústia, uma expectativa de um futuro vazio para a pessoa homenageada, desse jeito: - E PRO FULANO NADA? Ah! Mas não, o alívio parece vir logo a seguir, com uma declaração peremptória, definitiva, segura: - TUDO! Certo, mas e aqueles discípulos de São Tomé, que não se contentam com uma resposta tão curta, de apenas quatro letras - que, a rigor, não detalha ou não determina exatamente o significado - e insistem, buscando uma explicação mais contundente, mais objetiva? - ENTÃO COMO É QUE É? Para esses agnósticos, e buscando encerrar de vez a inquirição, a chamada resposta curta e grossa, que, em princípio não admite contestação, que tenta explicar-se por si só e, principalmente, visa acabar com a secular dúvida shakespeariana, a questão do to be or not to be: - É! É não, pois a conscientização de que algo ficou no ar e que o que está em jogo é o destino do FULANO ainda resiste até que, por fim, vem a explicação final, clara e objetiva, que coloca os pingos nos iis e elimina de vez qualquer desconfiança renitente, qualquer receio de insatisfação futura: - É PIQUE, É PIQUE, É PIQUE, PIQUE, PIQUE! Tá explicado! E tem mais, tudo isso requer urgência na aplicação, como demonstra a conclamação nervosa, como se fossem os últimos segundos possíveis de suportar essa espera: - É HORA, É HORA, É HORA, É HORA, É HORA! E então não dá mais pra segurar, explode coração, como um grito parado no ar, num ato heróico de apoio, quase de salvação: - RÁ! TI! BUM! FULANO! FULANO! FULANO! Que presente! Vale registrar, antes que alguém me acuse de discriminação, que o tributo deve ser prestado também ao SICRANO e ao BELTRANO, caso façam aniversário; eles merecem! Essa é a minha contribuição, sem arrogância, mas com autoridade, para que todos possam daqui pra frente, com esse tema elucidado, memorar com segurança, convicção e conhecimento dos votos alegremente proferidos. ………………. Com quem será… (Da série “1001 abobrinhas para ler antes de morrer”)
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 01:54:15 +0000

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