CARTOGRAFIA E CULTURA: ABORDAGENS PARA A GEOGRAFIA - TopicsExpress



          

CARTOGRAFIA E CULTURA: ABORDAGENS PARA A GEOGRAFIA CULTURAL Geógrafos continuam afirmando que mapas estão estreitamente ligados à geografia e ao espaço.Mais do que meio século atrás, o geógrafo cultural americano Carl Sauer observou que os mapasrepresentavam um recurso essencial para a geografia, tanto que “estamos de mãos vazias sem eles, sejana sala de conferências, ao estudarmos, ou no trabalho de campo” (SAUER, 1956, p.289; 2000, p.139).Para ele, mapas eram como uma língua da geografia porque eles “acabam com nossas inibições,estimulam nossas glândulas ( sic!), mexem com nossa imaginação, soltam nossas línguas” (SAUER,1956, p.289; 2000, p.139). Estas observações de Sauer sobre a “vocação comum” dos geógrafos precisam ser vistas no contexto da geografia cultural norte-americana da primeira metade do século XXquando a maioria das pesquisas se enquadrava nos “cinco grande temas” da geografia cultural: cultura,área cultural, paisagem cultural, história cultural (incluindo a difusão cultural) e ecologia cultural(MIKESELL & WAGNER, 1962).Essa geografia cultural buscava revelar as marcas visiveis na paisagem que resultaram dasatividades humanas transformadoras do espaco físico. Muitas das publicações em geografia culturalcontinham mapas que indicavam a localização de uma área de pesquisa ou visualizavam processos dedifusão cultural. Entre as pesquisas encontravam-se estudos sobre a distribuição das grandes religiõesdo mundo (SOPHER, 1967), os diversos tipos vernaculares de casas nos Estados Unidos (KNIFFEN,1965), a delimitação da área de influência dos mormons no oeste americano (MEINIG, 1965) e adifusão espacial de plantas domesticadas (SAUER, 1952). Os mapas nessas publicações provam quecultura se estrutura espacialmente e se expressa geograficamente de modo que “o mapa permanece ummodo poderoso de visualizar e representar os aspectos espaciais de como culturas se formam,interagem e mudam” (COSGROVE, 2005, p.28). Muitos geógrafos culturais dominaram as técnicas dacartografia, e durante a Segunda Guerra Mundial alguns deles (entre eles Robert West, Henry Brumane Peveril Meigs) chegaram a trabalhar para o Office of Strategic Services (OSS), um órgãogovernamental que se transformou na CIA após a guerra.
Posted on: Sun, 07 Jul 2013 01:29:17 +0000

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