CAUSOS DE VIÇOSA (XIX) No terceiro ano do Agrotécnico, em 1967, a UREMG cedeu-nos o ônibus (Janú ou Janúa?) para fazermos uma pequena excursão. O motorista era o Zé Pequeno. Devagar prá caramba. Fomos a Sete Lagoas, Três Marias, Cordisburgo(Gruta de Maquiné) e Curvêlo. Éramos uns 40 e enchemos o ônibus. A familia do Meio-quilo(+) morava em Sete Lagoas e ele arranjou um salão de um colégio para a gente pernoitar por lá. Arrumou também um jantar e, mais tarde, uma hora dançante num clube chamado Iporanga, se não me engano. Não adianta esconder que nossa turma ainda era meio bronca e com pouco traquejo social, mesmo com 17-18 anos nas costas e 3 anos de UREMG. A maioria era do interior, de cidades pequenas ou da zona rural. E as gafes começaram a acontecer logo no jantar que o Iporanga nos ofereceu. Um dos nossos colegas estava meio gripado e, mesmo antes de o jantar ser servido, sentou-se à mesa como todos nós, mas pegou o guardanapo de pano, dobradinho, bonitinho, e aproveitou-o para dar aquela aliviada no nariz! Benza-o Deus! Ainda bem que éramos só nós, estudantes e o Zé Pequeno. O Buzina, muito moleque na época, percebeu que as poucas meninas que iam chegando, iam todas direto para o banheiro, não era nem bem um toilette, era banheiro mesmo! E não saíam de lá, talvez, assustadas com aquele bando de rapazes, em número muito superior ao delas. Mais que depressa, o Buzina vai lá e troca as plaquetas de "masculino" e "feminino" penduradas nas portas. E voltou para a rodinha de rapazes comentando que os banheiros eram muito bonitos, espelhos grandes, azulejos decorados (novidade, na época) etc etc. Pra que? Os mais curiosos e os mais narcisistas correram para o banheiro e, naturalmente, entraram no banheiro que era, de fato, feminino, já abrindo as braguilhas e tal. E deram de cara com as garotas lá dentro. Foi um auê! Acabava-se naquele momento, qualquer possibilidade de haver uma hora dançante. As meninas desceram correndo as escadas e sumiram do mapa. E nós fomos dormir cedo em Sete Lagoas. Alguns ainda encheram a cara com a reserva levada de Viçosa. No outro dia cedo, fomos conhecer as 7 lagoas que dão origem ao nome da cidade. Alguns ainda juram que viram umas 14 lagoas e não ´apenas as 7 que estavam no programa. Efeito da "marvada". Bom, minha gente. Vou interromper este causo, para não ficar muito extenso e acrescentar apenas o texto ilustrativo do significado da palavra "braguilha" que encontrei no dicionarioinformal.br quando fui me certificar de estar escrevendo corretamente a palavra. Quando criança, eu conhecia aquele negócio como barguilha! Perdão se acharem a piada de mau gosto, mas eu ri bastante da situação!!! ---------------------------- "E foi numa dessas que o meu amigo e a namorada, ali, no escurinho da Rua Luís Gama, abaixaram o zíper das braguilhas das calças farwest e estavam naquela coisa. Mão na mão, mão naquilo, aquilo na mão e quando partiram para o aquilo naquilo, os dois zíperes também resolveram se unir. Isso. Um zíper pregou no outro. E não dava para tirar. Nem aquilo daquilo, nem o zíper do zíper. E o pai da moça já tossindo lá dentro, que era o aviso que o namorico tinha acabado e amanhã tinha aula e olha a friagem." (em: dicionarioinformal.br).
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 13:15:09 +0000
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