CLEMÊNCIA: Maria Helena Costa Noite escura e fria Depois de um dia À procura de trabalho. Seu Clemente , barbado, Enfêrmo e exausto Dorme no chão do quarto, Falecera a mulher. Perdera a alegria e a fé... Casa vazia... Solidão... Quanta desolação! Clemência, sentada se cala Sufoca na garganta, um grito. Contempla o nada O olhar perdido. Casa vazia.... Barriga vazia... Caneca vazia... O silêncio é quebrado Com o son do estômago Que ronca tão alto! É a música do espanto! Desencanto! São tantos os ais . Triste lamento...Desalento... Ausência de sonhos...Tormento! Mistura de Sentimentos... Saudade da mãe querida. No coração, uma ferida. Uma flor, a única amiga, Daquela noite fatídica, De uma criança Cheia de lembranças... Medo do futuro... Mente vazia de esperança... Culpa da sociedade. Falta da solidariedade humana. Oh! Gente insana! Gente sem coração, Que não tem compaixão Do sofrimento do menor abandonado ...Desamor! Egoistas! insensíveis! Despertem! Clementes e Clemências pedem CLEMÊNCIA, Diante de tanta dor... - Hipócrita! Onde reina o seu amor?
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 13:39:16 +0000
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