COMO DEVE ACONTECER A INCLUSÃO DE CRIANÇAS ESPECIAIS NAS - TopicsExpress



          

COMO DEVE ACONTECER A INCLUSÃO DE CRIANÇAS ESPECIAIS NAS ESCOLAS – Educação e Políticas de inclusão Social Introdução Atualmente se fala muito em Inclusão Social, mas será que todos sabem realmente o significado de fazer Inclusão? Ou será que as escolas estão somente aceitando o fato como a novidade do momento", como se incluir fosse apenas aceitar um indivíduo diferente na sala de aula? Segundo Mittler (2003, p.25) "a Inclusão envolve um processo de reforma e de “Reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todos os gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola”. Esse conceito de inclusão do autor envolve uma reflexão sobre a filosofia político­ pedagógica da escola e a prática dos professores. É um repensar nos valores e objetivos que a escola tem ou pretende ter no que diz respeito ao processo de ensino aprendizagem de seus alunos. Conforme o autor, o ideal seria não enfatizar os defeitos e as limitações, mas as habilidades a serem potencializadas. Isso poderia ser feito através de avaliações onde se pudessem detectar "pontos fracos e fortes" das crianças especiais para, a partir disto, fazer um. Diagnóstico e planejar um programa de intervenção junto às mesmas, onde os pontos fortes seriam potencializados e os fracos minimizados. Além disso, seria primordial um trabalho. Junto às crianças ditas "normais" e aos seus familiares, em uma tentativa de promover um. Clima de aceitação incondicional da diferença que acarretaria na dissolução das desigualdades e no desenvolvimento interacional tanto das crianças especiais quanto das outras crianças "normais". O objetivo é dar apoio a criança com dificuldade de aprendizagem para que ela se adapte ao sistema educacional na medida que o sistema educacional se adapta a esta. Assim, seria necessária que, primeiramente, a escola se adaptasse a criança especial para depois as mesmas conseguirem se adaptar não somente à escola, mas à sociedade como um todo. Este processo de intervenção não é específico para o grupo de crianças ditas deficientes, mas sim, para todas, afinal, sempre haverá diferenças individuais dentro da escola que deverão ser. Trabalhadas. Todas precisam de um bom ensino que leve em conta os padrões individuais de aprendizagem. Baseado nesta proposta de Mittler (20003), apresenta se, nesse trabalho, Informações e sugestões de como trabalhar com tipos diferentes de crianças especiais. Deficiência Auditiva Há várias controvérsias metodológicas referentes à Educação dos Deficientes Auditivos. As três principais controvérsias são referentes ao modo que se deve incluí­los na comunidade verbal. Muito se discute sobre qual perspectiva metodológica deve ser adotada: o Oral ismo, o Bimodal ismo ou o Bilinguismo. Mesmo hoje em dia, ainda é bastante utilizada a linguagem oral junto ao surdo em. Uma tentativa de fazê­lo apreender esta através de leitura labial. Sabe se, no entanto, que o Oral ismo é prejudicial, pois exige um grande esforço por parte do surdo, que, muitas vezes, se desestimula e passa a evitar situações em que lhe são exigidos comportamentos sociais. Referentes à esta aprendizagem, assim, tanto qualitativamente quanto quantitativamente, sua. Interação Social é prejudicada. Este prejuízo, inclusive, pode acarretar em outros, tais como. Atrasos cognitivos. O grande esforço exigido do surdo para que este aprenda a se comunicar "oralmente", faz com que esta perspectiva metodológica seja, na verdade, uma "perspectiva Da. “Imposição”. Forçadamente, o surdo pode até conseguir pronunciar algumas palavras para a sua melhor socialização, assim como compreender o que os outros falam, no entanto, como. Uma pessoa pode efetivamente aprender a falar se ela não escuta? Assim, tendo em vista que, em média, apenas 20% das palavras podem ser compreendidas, a comunicação dos surdos através do oral ismo estará sempre destinada a ser deficitária. Além disso, esta perspectiva metodológica exige dos surdos uma atenção muito grande nos lábios dos "falantes", e destes é exigido um acompanhamento muito próximo (têm que falar sempre devagar e olhando diretamente para os surdos, porque senão estes se “perdem” na leitura). (Labial). A linguagem Bimodal, por sua vez, seria a combinação da linguagem dos sinais e da linguagem oral, o que acarreta em uma modificação tanto da primeira quanto da Segunda. É uma perspectiva metodológica que propicia uma comunicação complexa e insere o surdo Tanto na comunidade dos ouvintes quanto na dos surdos, o que não acontecia com o oral ismo, que restringia a comunicação dos surdos apenas com os nãos surdos. Por isso mesmo, exige um maior período de tempo por parte dos surdos para aprendê­la. Além disso, na medida em que ela é um tipo de tradução simultânea da língua dos sinais para a língua oral e, assim, modificamos ambas, acarreta em uma aprendizagem prejudicial, pois não ensina direito. Ao surdo nenhuma das suas linguagens. Por fim, tem se o Bilinguismo, que ao ensinar o surdo tanto a língua dos sinais quanto a oral, mas de maneira não simultânea, propicia a aprendizagem correta de ambas as. Línguas Esta perspectiva metodológica se caracteriza por ensinar, primeiramente a Língua dos Sinais para, depois, a partir desta, ensinar a língua oral, assim como fazemos para aprender uma língua estrangeira (a partir da nossa “língua mãe” aprendemos uma outra). (Língua). Assim, o Bilinguismo é benéfico na medida em que leva em consideração as diferenças estruturais entre a linguagem dos Sinais e o Português, o que não fazia a linguagem. Bimodal. Em relação aos desafios atuais na Educação dos surdos, deve se, primeiramente pensar acerca dos objetivos a que se propõe essa educação junto aos surdos. Na medida em. Que a educação dos surdos não pode ser considerada um adestramento destes para que possam Ser forçosamente inseridos na comunidade dos ouvintes sem qualquer adaptação destes à Realidade dos surdos e, muito menos, a sua exclusão e isolamento desta comunidade, deve se. Ter o cuidado para que os objetivos da Educação dos surdos não se localizem em nenhum Destes extremos. Hoje em dia, tem se uma opinião formada acerca da necessidade de não isolar as crianças surdas em colégios exclusivos para elas. Sabe se, atualmente, que a convivência destas crianças juntos com crianças ouvintes pode ser enriquecedora não somente para elas como para estas últimas, assim, como é enriquecedora a convivência de duas crianças (ou). (Adolescentes) de países diferentes que falam duas línguas diferentes. No entanto, para que crianças com deficiência auditiva sejam educadas em colégios de ouvintes, este tem que passar por uma série de mudanças que venham a propiciar uma inserção adequada desta, afinal, “os alunos surdos dos colégios regulares recebem menos atenção e de menor qualidade, já que o número de alunos por aula é maior e os recursos técnicos, pelo”. Contrário, são menores; os professores nos colégios regulares não estão preparados para ensinar a crianças surdas; os alunos surdos têm sérios atrasos na comunicação oral e, por este motivo, sua integração social não é fácil. Além disso, sua lentidão na aquisição da linguagem oral afeta as possibilidades de uma aprendizagem normal; a integração marginaliza a. Linguagem dos sinais, que é necessária, segundo opinião quase unânime das associações de surdos, para a educação dos alunos surdos. “(MARCHESI, Álvaro) Desta maneira, as escolas regulares que se propõem a aceitar alunos surdos, não”. Devem, simplesmente, aceitamos largá­los à própria sorte, tentar adequá­los ao sistema que. Foi criado para as crianças ouvintes, mas efetivamente ACEITÁ­LOS. Deve haver um projeto. De educação específica no centro educacional que dê conta da demanda das crianças com Deficiência auditiva. Este projeto deve ser desenvolvido levando em consideração critérios que levem em consideração a presença da criança surda na instituição e todas as suas Limitações Isto não quer dizer que as crianças ouvintes vão se sair prejudicadas, mas que as crianças com deficiência auditiva vão ter uma atenção especial e que vai haver compromisso por parte da escola em trabalhar as dificuldades destas a fim de ajudar as mesmas a superá­las. Somente levando em consideração todas estas variáveis vai haver uma efetiva. Inclusão das crianças surdas no âmbito escolar. Não apenas a criança surda deve se adequar à escola, mas à escola deve se adequar a esta. E, consequentemente, com uma efetiva inclusão, haverá maior facilidade de a criança surda melhorar qualitativamente e quantitativamente a sua interação social. A socialização da criança com deficiência auditiva na sociedade, assim, vai depender de como ela foi acolhida quando criança, no seu âmbito. Escolar, não apenas no âmbito familiar.
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 21:52:53 +0000

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