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CORONEL DENUNCIA INGERÊNCIA POLITICA NA PM O chefe do Estado-Maior da Polícia Militar de Alagoas (PM), coronel Ivon Berto, enfrentou, na última quinta-feira (3), o risco de ser preso ou ser alvo de procedimento disciplinar, ao receber a Gazeta para esta entrevista exclusiva. Nela, expõe fortes indícios de irregularidades cometidas pela cúpula da segurança pública de Alagoas. E considera serem estas as principais causas para a “falência múltipla dos órgãos de segurança pública” do Estado. Também presidente da recém-criada Associação dos Servidores da Segurança Pública do Estado de Alagoas e pós-graduado em Ciências Criminais, Ivon Berto chefia o órgão mais importante da cúpula da Polícia Militar, originalmente criado para ser responsável pelo fluxo de informação, estudo, concepção e planejamento para apoio às decisões do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dimas Cavalcante. E além de informar que a tropa está sobrecarregada pelo aumento da demanda da sociedade pelas ações da Polícia Militar, indica que os policiais militares demonstram um alto nível de insatisfação, apesar de gratificações criadas para premiar ações de combate ao crime. O oficial militar denuncia o alto nível de ingerência política no seio da PM, que tem comprometido a punição efetiva de policiais militares indisciplinados. E aponta o secretário da Defesa Social como possível mentor de eventuais irregularidades. Ao solicitar apurações ao Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), elege o colegiado como o principal órgão a permitir uma saída para o efetivo combate à criminalidade em Alagoas. O que motivou o senhor a se arriscar a dar esta entrevista? Estamos acompanhando uma sociedade agonizando nos quatro cantos do Estado. Temos uma média de dois mil homicídios por ano. E estamos perdendo vários policiais militares em decorrência do descontrole da criminalidade. Em decorrência disso, tenho recebido muitos clamores por um posicionamento. Alguém tem que falar. Porque, de repente, esta entrevista serve como alerta aos poderes, principalmente ao Conselho Estadual de Segurança, no qual confio plenamente. Porque há fortes indícios de irregularidades na cúpula da segurança alagoana. O propósito é ampliar o debate para minimizar os efeitos do que está sendo provocado no seio da sociedade. Debate que sempre houve no Alto-Comando da Polícia Militar. O que está acontecendo na segurança pública de Alagoas, durante a execução do programa Brasil Mais Seguro? O Alto-Comando da PM está sendo colocado distante deste processo. O Brasil Mais Seguro é natimorto. A tropa não foi contemplada em nada, porque deixou de se prever o básico do básico. Ou seja, qualquer tipo de incentivo aos policiais e bombeiros. Sem realinhamento salarial, sem abono por desempenho, sem plano de saúde, sem gratificação pelo serviço a mais, sem esperança de salário digno. Sinceramente, o plano Brasil Mais Seguro não prospera jamais. Qualquer discurso contrário é balela, engodo. Há uma falência múltipla dos órgãos da segurança pública.
Posted on: Mon, 07 Oct 2013 09:18:50 +0000

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