CRER TAMBÉM É PENSAR: COMBATEU O BOM COMBATE, ACABOU A CARREIRA, - TopicsExpress



          

CRER TAMBÉM É PENSAR: COMBATEU O BOM COMBATE, ACABOU A CARREIRA, GUARDOU A FÉ. O universo batista está de luto, consternado pelo passamento de nosso querido irmão e pastor Isaltino Gomes Coelho Filho, ocorrido em 01/10/13. Pastor, filósofo, psicólogo, Mestre em Educação e Teologia e escritor batista com o maior número de livros publicados até então, ultimamente pastoreava a Igreja Batista Central de Macapá, esse era o currículo do pr. Isaltino. Escrevo em tributo a esse grande servo de Deus, não impressionado pelos seus títulos honoríficos, mas, sobretudo, por sua postura, agindo sempre com firmeza, ao expor suas convicções bíblicas. O pr. Isaltino era do tipo “batistão”, jargão, largamente usado pelos menos esclarecidos, para referenciar aqueles que defendiam com denodo a pureza da doutrina bíblica, sarcasticamente acusados de “defensores de placas”. Não faz muito tempo, que pessoas assim apontadas causavam constrangimentos com a sua presença, àqueles que se deixa influenciar pelos “modernismos evangélicos”. Pois o pr. Isaltino era um destes valorosos guardiões da sã doutrina, não pestanejava se tivesse que apontar algum deslize ou fragilidade doutrinária, homem atuante na vida denominacional, que não hesitou em determinado momento escrever um manifesto em que expunha o tema: Os batistas diante da crise de identidade. Sentia ele a necessidade de reforçarmos nosso ethos, ou melhor, dentro de sua característica indicava “um retorno às práticas bíblicas” sem negociações. É notória a perda de identidade de muitas igrejas batistas, que ainda conservam o nome batista em sua forma jurídica, porque este lhes concede a credibilidade de mais 400 anos de sólida formação, mormente no Brasil. Mas, que em suas liturgias já se imiscuíram com práticas pentecostais e neopentecostais, a muito que deixaram para trás suas origens bíblicas, em nome de supostas renovações, aludidas por “revelações” conjecturadas por algum líder carismático. Infelizmente, a multiforme sabedoria de Deus (Ef 3:10), muitas vezes é usada como justificativa bíblica, para as “multifórmulas espirituais do homem”, em meu entendimento, como flagrantes alternativas modernas à clássica e eficiente doutrina bíblica da santificação, e isso acontece desde o surgimento do puritanismo. Sempre quando perguntado por que sou batista, respondo como Paulo em I Co 4:6b: “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro.” – Não ir além do que está escrito, para não dar lugar à soberba; não acrescentando e nem eliminando parte do que nos foi revelado, pois: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho (He 1:1)”. O Cânone sagrado atingiu sua plenitude em Cristo, a Eterna Palavra não pode sofrer alterações, caso contrário deixará de ser eterna. Como bíblico, poderemos ter a iluminação do Espírito Santo, para que entendamos o que já está revelado, mas, nunca novas revelações vindas de Deus, proclamadas por profetas espertalhões. Por isso, presto minha elegia ao mestre Isaltino, que em sua abençoada vida ministerial, nunca se prestou por defender placa de igreja, mas se dedicou a ser fiel à revelação divina, e assim ensinou e inspirou a muitos, como a mim, a tratar com a apologética (defesa da fé). Nos bastidores da Assembleia Convencional em Foz do Iguaçu em 2012, tive um único e prazeroso encontro com ele, no qual conversamos sobre a prática apologética, porém, agora, mantenho zelosa e respeitosamente seus livros em minha biblioteca. Certamente, ele está junto ao Senhor, por que: Combateu o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé. A Deus seja a glória, a honra e o louvor para todo o sempre. Amém e amém.
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 14:58:21 +0000

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