Cap 18 - Deus Quer Pentecostalimo? Os Dons Espirituais Bíblicos - TopicsExpress



          

Cap 18 - Deus Quer Pentecostalimo? Os Dons Espirituais Bíblicos - Observações 2.4.2.3. Observações Esta seção foi escrita com o objetivo de abordar pontos, que geralmente são entendidos como sendo dom espiritual, ou parte, dele, no sentido, em que tratamos acima, e não são. 2.4.2.3.1. Revelação Revelação não é um dos dons extraordinários, os carismáticos usam as seguintes passagens: “e agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?” (I Co 14:6), “que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (I Co 14:26), a de José: “e, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas avisado em sonhos, por divina revelação, foi para as partes da Galiléia.” (Mt 2:22) e as de Paulo: “porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” (Gl 1:12), “e subi por uma revelação, e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.” (Gl 2:2), “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;” (Ef 1:17), “por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.” (Fp 3:15). Antes de qualquer coisa, analisemos o que é revelação, a palavra grega é “apokalupsis”, conhecida, até tem um livro bíblico com esse nome, ela significa: “revelação; exposição Lc 2:32; Rm 8:19; Gl 1:12; 2:2; Ef 3:3; I Pd 1:7,13. [apocalipse] .”: 1) ato de tornar descoberto, exposto, 2) uma revelação de verdade, instrução, 2a) concernente a coisas antes desconhecidas, 2b) usado de eventos nos quais coisas, estados ou pessoas até agora não presentes na mente das pessoas se tornam parte da sua realidade, 3) manifestações, aparecimento . Por isso, é o ato de Deus romper o mistério de algo, fazer algo conhecido, isso é revelar, há um aspecto importantíssimo sobre a revelação, que é o do Senhor revelar Sua Palavra (cf 2.2.2.1. Revelação): “mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;” (I Co 2:7), “aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;” (Cl 1:27), “ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto,” (Rm 16:25), “descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,” (Ef 1:9), “e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo;” (Ef 3:9), “o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos;” (Cl 1:26). Naquela época a revelação não havia cessado, pois a Bíblia não havia sido terminada, sendo que esta revelação já se encerrou (cf 2.4.2.4. Cessação), agora vendo isso podemos analisar as referências usadas, as de I Co 14, nada têm a ver com falar da vida de outrem trazendo recado de Deus, naquela ocasião a Bíblia ainda não estava completa, então os crentes não tinham o privilégio, que tem hoje, de tão somente pegar e ler a completa revelação de Deus, que é a Bíblia, eles tinham de se contentar com a revelação parcial, que é o Velho Testamento e parte do ensino apostólico, que, até então, não tinha sido dado por completo, então a revelação mencionada era parte do que temos hoje escrito na Palavra, alguma das verdades, que eles ainda não sabiam. A revelação é sempre feita por Deus: “e Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mt 16:17), os exemplos citados, o de José foi para que se cumprisse a profecia, do Mestre ser chamado do Egito, como Deus é livre advertiu a José por revelação direta, de igual forma fez com Paulo (Gl 2:2) e Filipe, devemos ainda lembrar que o apóstolo recebeu ensino direto do Mestre, até porque esta era uma das qualificações para ser apóstolo, outra observação importante é a comum confusão entre a revelação e o dom da ciência. 2.4.2.3.3. Batismo com Espírito Santo (Mt 3:11; Jo 1:33; 3:5; At 1:5; 2:1-4,38,39; 10:44; 11:16; 19:2-6; I Co 12:13; Ef 5:26; Tt 3:5,6). “Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Lc 3:16). O ensino carismático é de que Cristo não é o bastante para a vida cristã plena, mesmo que não falem isso claramente, já que é necessária uma segunda obra da graça, ou seja, o batismo no Espírito Santo, que, na compreensão deles, é necessário para a plenitude espiritual, este ensino tem fascinado a muitos, mas contêm muitos erros. Mas antes de adentrarmos no mérito da matéria observemos algo. João falou da existência de três batismos, o primeiro da água, o segundo com o Espírito Santo, o terceiro com fogo, o primeiro é o mais fácil de entender, era o tipo que ele mesmo praticava: “apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados.” (Mc 1:4), justamente por isso que ele era chamado de batista, o segundo é o que nos ocuparemos agora, o terceiro será visto adiante (cf 2.8.3. Fogo), este batismo consiste em Deus fazer morada no coração do crente: “já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20), “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (Jo 14:23), “o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” (Jo 14:17), “ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co 6:19), a condição para a vinda do Consolador era a morte de Cristo: “todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.” (Jo 16:7). O batismo com água, outros homens podem fazer, mas o com o Espírito só o Mestre pode: “e eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.” (Jo 1:33), após Sua vinda, Ele começou um ministério, que, entre outras coisas, envolve ensinar e fazer lembrar: “mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14:26), testificar a Cristo: “mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” (Jo 15:26), a condição para ser batizado com o Espírito não é viver uma vida correta, como propalado pelos carismáticos, mas sim crer em Cristo como Salvador pessoal. Para relembrar é interessante entendermos o que é batismo, nós somos batistas porque batizamos, e, ai está lançado o desafio, para batizar precisamos pregar o evangelho para que alguém se converta e o converso seja batizado, por isso, temos, de um modo geral, deixados de ser batistas, nossa pregação do evangelho pode melhorar muito. Então ficou claro que não existe uma segunda benção, pois todos os crentes têm o Espírito Santo: “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8:9), “em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” (Ef 1:13), “e não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” (Ef 4:30), pois todos os crentes foram batizados por Ele: “pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” (I Co 12:13), só para frisar, todos: “e todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.” (Jo 1:16), “mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” (Ef 4:7). Ainda há o lamentável fato de que o ensino carismático sutilmente retira a glória devida ao Mestre, ao insinuar a necessidade de complemento à obra dEle, que é uma obra plena: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade;” (Cl 2:9,10), “visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;” (II Pd 1:3). Como visto, este ensinamento pentecostal não é bíblico, eles erram quanto à Pessoa do Espírito Santo, ao Seu ministério, a base de tal erro é algo assustador, eles simplesmente não crêem na suficiência do Senhor Jesus Cristo, dai há necessidade de mais para a vida cristã. 2.4.2.3.3.1. Joel 2:28 “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.” (Jl 2:28). Esta passagem, tanto no livro do profeta ou em Atos, é usada para o batismo com o Espírito Santo, sobretudo para mostrar a diferença e distinção entre crer em Cristo e ser batizado com o Espírito. O verso texto é usado em Atos 2, na ocasião da vinda do Espírito Santo: “e nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos;” (At 2:17) e é um verso, que profetizava a atuação do Espírito, a Palavra diz toda a carne, o que significa toda carne e não só os judeus, como era antes: “e toda a carne verá a salvação de Deus.” (Lc 3:6), “e, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé.” (At 14:27), Deus derramaria Seu Espírito sobre todos os povos, sobre judeus, representados pelos discípulos (At 2:1-21), os samaritanos, representados por alguns conversos (At 8:14-17), aos gentios, na ocasião por Cornélio e família (At 10:44-48; 11:2-18) e aos discípulos de João Batista (At 19:1-7), esta divisão é equivalente à feita pelo Mestre: “mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1:8). O propósito de tal batismo, além do já falado (cf 2.4.2.3.2. Batismo com Espírito Santo), é muito simples, Deus estava anunciando um novo tempo, uma nova dispensação, agora o povo de Deus é a igreja, que é constituída por pessoas das mais variadas nações, e não só por Israel, e isso já havia sido profetizado também: “e semeá-la-ei para mim na terra, e compadecer-me-ei dela que não obteve misericórdia; e eu direi àquele que não era meu povo: Tu és meu povo; e ele dirá: Tu és meu Deus!” (Os 2:23); “como também diz em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; E amada à que não era amada.” (Rm 9:25). Continuando a passagem: E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (At 2:18-21). Comparando a profecia com os acontecimentos do livro de Atos, a começar do verso 17, fala que vossas filhas profetizarão, em Atos tem o seguinte relato: “e tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.” (At 21:9), mas não fala em jovens e velhos tendo sonhos, nem dos servos e servas; na narrativa aparecem duas expressões de tempo, expressões importantes, que são nos últimos dias e antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor, que dias são esses? Antes de responder observemos algumas coisas, primeiro, a profecia em Joel não menciona línguas, e ela se refere aos judeus conversos, mas não em nossa época e sim na grande tribulação e no milênio, a passagem inteira está em Jl 2:19-32 (a qual importa ler neste momento), para deixar mais claro tem dois versos de Joel, que usa a expressão nunca mais: E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado. E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o SENHOR vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado. (Jl 2:26,27). Diz ainda a passagem: “e mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.” (Jl 2:30,31), que se comparada com passagens como: “e, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.” (Mt 24:29), (cf Mc 13:24; Lc 21:11,25), fica claro que se trata de dias depois da nossa época, então alguém vai perguntar o porquê do apóstolo assinalar aquela ocasião como cumprimento da profecia em Joel, a resposta está é simples, pois “a referência de Joel é um exemplo da lei da dupla referência, pela qual a profecia bíblica é parcialmente cumprida em um momento e posteriormente é cumprida por completo .”. Assim sendo, a passagem em Joel não se cumpriu inteiramente em Atos 2, mesmo assim, quanto ao dia de Pentecostes, ocasião do cumprimento da profecia dita, ele foi um evento único na história, por algumas razões, a primeira está nas palavras do pregador, da ocasião, ou seja, Pedro, que disse: “mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:” (At 2:16), ele dizia que naquela ocasião estava sendo cumprida as palavras de Joel, a segunda razão é o fato de que após o Pentecostes (com a exceção de Atos 8:14-17) o crer em Cristo e o receber o Espírito Santo são simultâneos, um exemplo é a pregação de Pedro em Atos 10:34-48, é também de observar nesta passagem, que termina no capítulo 11, o ânimo dela, pois o enfoque está dito: “e, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” (At 11:18), a terceira é a relação que a Bíblia faz do dia de Pentecostes com a glorificação de Cristo e ai está um aspecto imanente ao dia de Pentecostes, pois é Ele Quem batiza Sua igreja com o Espírito, tal batismo só seria feito após sua glorificação: “e isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” (Jo 7:39), por tal motivo, Pedro explicou que: “de sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (At 2:33). Ainda, nesta terceira razão, surge outra, ela é estritamente gramatical, pois os verbos gregos usados neste verso, a saber: “hupsoo¯”, exaltado, “lambano¯”, tendo recebido e “ekcheo¯” derramou, estão todos no tempo grego aoristo, isso significa que já foi realizado, portanto, designando passado. O segundo são os samaritanos a experiência está em At 8:14-17, os samaritanos também recebem o Espírito Santo, eles não receberam ao momento que creram por duas simples razões, primeira, para cessar a divisão entre os samaritanos e judeus, pois os apóstolos, ao impor as mãos, reconheciam os samaritanos como aceitos por Deus em Cristo e plenamente participantes do reino, a segunda, e descendente da primeira, é que os samaritanos reconheceram que os apóstolos judeus eram os líderes da igreja, por tal razão a igreja conservar-se-ia em unidade, e eles deviam obediência a homens judeus, que até há poucos havia uma rixa racial. Esta passagem não é base para a igreja hoje, salvo se alguém esperar algum apóstolo vir e lhe por as mãos para que lhe seja dado o Espírito Santo: Primeiro outros objetos podem ter sido contemplados na missão dos dois apóstolos, como confirmar a fé dos discípulos e assistir Filipe no trabalho dele, é bem certo que principal objetivo foi a transmissão do Espírito Santo, o que eles fizeram quando chegaram em Samaria, foi certamente o objeto para o qual eles foram para lá, mas a principal coisa, que eles fizeram, foi transmitir o Espírito Santo, principal objetivo da visita deles. Se entretanto Filipe pudesse conferir este dom, a missão, no que toca seu principal objetivo, seria sem utilidade, isso suporta uma forte evidência de que o miraculoso dom do Espírito não era concedido pelas mãos humanas, exceto daqueles, que eram apóstolos . Com isso se cumpre ser testemunha na Judéia; William McDonald comenta a passagem da seguinte forma : Isso imediatamente surge a questão: porque da diferença na ordem dos eventos aqui e no dia de pentecostes? No Pentecostes os judeus 1. se arrependeram, 2. foram batizados, 3. receberam o Espírito Santo; aqui os samaritanos 1. creram, 2. foram batizados, 3. tiveram dos apóstolos orarem e por as mãos sobre eles, 4. receberam o Espírito Santo. De uma coisa podemos estar certos: eles foram salvos da mesma maneira - pela fé no Senhor Jesus Cristo, Ele é o único Caminho de Salvação, entretanto, durante o período de transição, unindo o judaísmo e cristianismo, Deus escolheu agir soberanamente na conexão das várias comunidades de crentes, aos crentes judeus foi requerido desassociar da nação de Israel antes de receber o Espírito, agora os samaritanos tiveram uma oração especial e as mãos dos apóstolos sobre eles, mas por quê? Talvez a melhor resposta seja a que intenta em dar expressão à unidade da igreja, seja tanto os judeus quanto os samaritanos, havia o real perigo da igreja, em Jerusalém, reter as idéias judaicas de superioridade e eles continuarem a não ter nenhum trato com os irmãos samaritanos, para evitar esta possibilidade de cismo ou até mesmo de duas igrejas (uma judia e outra samaritana), Deus enviou os apóstolos para por as mãos sobre os samaritanos, isso expressa a completa fraternidade com eles, crentes no Senhor Jesus, eles todos eram membros de um corpo, todos um em Cristo Jesus. Há, pela ordem, a passagem em Atos 10, referente a Cornélio e sua família, mas como eles receberam o Espírito como os demais crentes receberam então é desnecessário comentar, representando os confins da terra. Ainda há a que está narrada em At 19:1-7, ao ler fica claro que para Paulo o recebimento do Espírito é simultâneo a crer em Cristo, Paulo pergunta a eles: “disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.” (At 19:2), a resposta dos discípulos deixa claro que eles não eram crentes, no sentido de crente vivendo no Novo Testamento, eles ainda viviam no Velho Testamento, criam no Messias, mas ainda não haviam associado que o Messias é o Senhor Jesus: Quando o apóstolo levantou a questão do batismo, ele percebeu que aqueles homens conheciam somente sobre o batismo de João, em outras palavras, a extensão do conhecimento deles era que o Messias estava próximo e eles demonstraram os arrependimentos deles pelo batismo como necessário para recebê-Lo como Rei, eles não sabiam que Cristo havia morrido, sepultado e ressuscitado da morte e ascendido de volta ao céu e que havia enviado o Espírito Santo, Paulo explanou isso tudo a eles, ele lembrou que quando João batizava com o batismo de arrependimento ele instava que eles cressem... em Cristo Jesus . Portanto, eles não estavam recebendo uma nova atuação do Espírito, eles estavam era participando do Novo Testamento, creram no Senhor Jesus e receberam o Santo Espírito: Este é o quarto tempo distinto em Atos quando o Espírito Santo foi dado, a primeira foi no capítulo 2, no dia de pentecostes e envolveu primariamente os judeus, a segunda foi em Atos 8, quando o Espírito foi dado aos samaritanos mediante a colocação das mãos de Pedro e João, a terceira foi em Atos 10, na casa do gentio Cornélio, em Jope . O fato da necessidade de imposição de mãos de um apóstolo é algo a ser observado, como já foi tratado, talvez alguém pense: acaso os discípulos de João o Batista não eram também judeus? Então porque estes também foram batizados com o Espírito Santo já que os poucos discípulos representavam o todo? Ora, a resposta é muito simples, eles necessitavam passar por aquela experiência, visto que eles nem sequer sabiam da existência do Espírito, e também para que não fosse um grupo religioso isolado dos demais. A profecia visava fazer, de todos, um único povo: “porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio,” (Ef 2:14), para Deus: “e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;” (Ef 2:16,17), e obviamente isso não significa misturar as nações, mas significa que Deus se revelaria intimamente a outros povos, e quaisquer que o recebessem pela fé, esses seriam reconhecidos por Deus como Seu povo. Sobre a imposição de mão de um apóstolo é de se observar que sempre foi necessária, a presença apostólica, que geralmente transmitia o Espírito pela imposição das mãos (At 8:17; 19:6), está relacionada com a autoridade única dos apóstolos, caso contrário seria desnecessário os samaritanos esperarem pelos apóstolos (At 8), como visto, só os apóstolos O transmitia por uma simples razão só eles poderiam ser testemunhas aos demais e dizer: “e, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio.” (At 11:15). Como a Bíblia, bem como o Novo Testamento, não é só composta pelo livro de Atos, convém olhar demais livros das Escrituras, e o resultado da análise bíblica é incontornável, ela em lugar algum sustenta tal ensino pentecostal, pelo contrário, está escrito: “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8:9), “ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co 6:19), “e que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” (II Co 6:16), dizer que alguém não tem o Espírito é o mesmo que dizer que tal pessoa não é de Deus, como foi dito: “estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito.” (Jd 1:19). Ainda há um verso para o estudo, ele diz: “pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” (I Co 12:13), naturalmente apareceriam exegetas para fazer uma interpretação deste verso, uns propõem dividir o verso em duas partes, outro tentam aplicar esta passagem em um contexto que não seja o termo batizado aqui igual ao batismo no livro de Atos, enfim, o problema é que o verso é bem claro, todos foram e não alguns, todos incluem o crente dedicado, como o não dedicado, e todos incluem todas as raças, todos nós crentes fomos batizados. A Bíblia ensina que todo crente tem o Espírito Santo: “no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” (Ef 2:22), no entanto, ela exorta a todo crente a encher-se do Espírito: “e não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;” (Ef 5:18), que nada tem a ver com ser batizado com Ele, para ser batizado com Ele basta crer em Cristo como Salvador pessoal (Ef 1:13 cf Ef 4:30), resta o dever de encher, no mesmo livro, nos versos 17 a 24, do capítulo 4 está uma exortação de como estar cheio do Espírito, em uma passagem paralela há estas palavras: “a palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Cl 3:16). 2.4.2.3.3.2. Marcos 16:17,18 “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.” (Mc 16:17,18). Os pentecostais entendem que os versos se referem a todo aquele que crer em Cristo, fazendo esta ser uma promessa para todo e qualquer crente, mas não é fato, basta observar algumas coisas sobre o contexto, que é: “e Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.” (Mc 16:9), ocorre que a incredulidade, quanto à ressurreição do Senhor Jesus, foi grande: “e, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.” (Mc 16:11), “e, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.” (Mc 16:13), sendo que isso foi reprovado pelo Mestre: “finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.” (Mc 16:14), daí Ele dá a grande comissão: “e disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16:15,16) e volta a Se dirigir aos apóstolos, observe como começa o verso 17, diz assim e estes sinais seguirão aos que crerem, se trata dos apóstolos, já que estavam em incredulidade, e eles “e eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.” (Mc 16:20). O verso 20 deixa claro que essa é a abrangência da promessa nos versos 17 e 18, isso é o que significa os versos em estudo, além do mais, a própria gramática assim o diz, no verso 17 diz: e estes sinais seguirão, portanto, futuro, em grego é futuro do indicativo, e o 20 diz: sinais que se seguiram, é o particípio presente ativo, que equivale, pois também é conhecido como gerúndio (contínuo), daí a conclusão mais lógica e mais natural é entender que o verso 20 é o cumprimento da promessa feita nos versos 17 e 18, saneando as dúvidas, de que tão somente os apóstolos foram os beneficiários da promessa, ainda há outro elemento, mas que se refere aos sinal das línguas e a expressão falarão novas línguas (cf 2.4.2.2.8. Línguas): Em conexão com tais dons especiais, B.B. Warfield estabelece: “esses sinais foram parte das credenciais apostólicas como agentes autoritativo de Deus em fundação da igreja... eles necessariamente encerraram com ela”, com o encerramento da era apostólica esses dons cessaram também ao testemunho de Crisótomo e Agostinho, esta também é a visão de Jonathan Edwards: “esses dons extraordinários foram dados para a fundação e estabelecimento da igreja no mundo, mas desde que o cânon da Escritura está completo e a igreja completamente fundada e estabelecida, esses extraordinários dons cessaram”, entre outros, quem expressaram similar ponto de vista foram: Matthew Henry, George Whitefield, Charles H. Spurgeon, Robert L. Dabney, Abraham Kuyper e W. G. T. Shedd . 2.4.2.3.3.3. Atos 2:39 “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (At 2:39). Este verso é usado para justificar a aplicação de bênçãos de todo o capítulo (At 2), para recordamos, ele é o capítulo que descreve a vinda, descida do Espírito Santo, houveram fatos milagrosos, na ocasião, como, por exemplo, a pregação do evangelho em algumas línguas, o verso apresenta três divisões naturais a primeira é vossos filhos, obviamente se refere ao povo judeu: “vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.” (At 3:25), (cf Gn 17:17; Sl 115:14; Jr 32:9; Ez 37:25; Jl 2:28; Rm 11:16), a segunda todos os que estão longe, e assim abrange todos, em especial, os gentios (não judeus): “mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.” (Ef 2:13), “e, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;” (Ef 2:17), “Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome.” (At 15:14), (cf Is 59:19; At 10:45; 11:15-18; 14:27; 15:3,8,14; Ef 2:13-22; 3:5-8), a terceira, tantos quantos Deus nosso Senhor chamar, são todos os eleitos: “os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (Rm 9:24), “e aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.” (Rm 8:30), (cf Jl 2:32; Rm 11:29 Ef 1:18; 4:4; II Ts 1:11; 2:13,14; II Tm 1:9; Hb 3:1; 9:15; I Pd 5:10; II Pd 1:3,10; Ap 17:14 19:9). O verso diz que a promessa é para esses grupos de pessoas, mas que promessa é? Basta olhar o verso anterior para saber: “e disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;” (At 2:38), ficou claro que é a promessa do Espírito Santo, de tê-Lo habitando dentro do que crê, daí acaba caindo no já falado sobre o batismo com o Espírito, todo o crente O tem: “e, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” (Rm 8:11), “guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” (II Tm 1:14), “ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” (Tg 4:5).
Posted on: Tue, 12 Nov 2013 15:02:05 +0000

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