Capitulo 05 - TopicsExpress



          

Capitulo 05 Vale do Follyng Caio passou a noite no Refúgio, dormiu tranquilamente depois de comer nova-mente. No Domingo acordou às oito horas em ponto, teve uma noite perfeita. Sentou-se na cama e ficou pensando em tudo que Sarty lhe contara. Depois de um tempo ele se levantou vestiu uma camisa e saiu do quarto, não sabia onde Alfredo estava e nem Sarty, e também não sabia pra que lado ficava a cozinha. Deu um grito por Sarty, e nada. Andou um pouco entrou numa sala cheia de sofás, diferente da primeira sala, dos sofás verdes, nessa havia cinco sofás roxos, e as cortinas laranja em todas as paredes. Andou em direção à porta que havia no outro lado da sala, atravessou-a e estava numa sala vazia e pequena, não havia cortinas nessa sala. Havia quatro portas contando pela qual ele saiu, uma das portas estava entreaberta e com a luz acesa, Caio andou em direção a ela. Era um banheiro. Aproveitou o momento. Saiu do banheiro e foi em direção à outra porta, antes de chegar lá, Alfredo chamou por seu nome. Caio se virou e acompanhou Alfredo. Foram direto à cozinha. Só entraram pela porta oposta a que Caio iria entrar, passaram por um salão cheio de computadores e já esta-vam na cozinha. –Como foi a noite? – perguntou Alfredo. –Ótima! Não dormia tão bem assim há dias. – respondeu Caio Caio sentou-se junto a Alfredo nas cadeiras que havia no enorme balcão da cozinha e tomaram o café da manhã. Empanturraram-se de pãezinhos de mel, pães de queijo, bolo de fubá e de coco e café quentinho. Ao terminarem, Caio acompanhou Alfredo que foi à sala de jantar. Ao chegarem lá tiveram uma sur-presa, Danielly, Marianny, César, Charles, Eduardo e Danilo estavam sentados junto com Sarty à mesa também tomando o café da manhã. Os dois pararam à porta e ficaram observando. Só foram notados algum tempo depois, quando Sarty fez menção de ir à cozinha e se virou para a porta. –Olhem só! Já acordaram! – disse Sarty – Sentem-se conosco! –Já merendamos – disse Alfredo – O que fazem aqui? Todos eles? –Ah, vieram saber as novas notícias, que mais fariam aqui? –respondeu Sarty. –Porque não nos avisou? – perguntou Alfredo. –Porque vocês não sentam logo? –disse Danielly. Estavam todos animados. Caio e Alfredo não entendiam o porquê dessa ani-mação. Caio lembrou-se do que Sarty o dissera na noite anterior “Caio, você tem junto a você, o melhor bando de guerreiros Skiders que já vi na vida”. E estava ali o bando todo sentado à mesa. Um senhor de um metro e sessenta com cabelos vermelhos, olhos castanhos e as roupas mais excêntricas que poderiam ser encontradas no mundo. Ao seu lado estava Danielly, um metro e setenta talvez, ruiva, mas não tanto quanto Sarty, seu ruivo era bem mais claro e se estendiam até a altura de sua cintura, seus olhos verdes brilhavam de felicidade nesse momento, ao lado dela estava o único loiro do bando, Eduardo, um metro e setenta e cinco, pele clara, olhos pretos e ao seu lado estava Charles que parecia ser seu irmão, tinha a pele clara também, cabelos e olhos pretos e a mesma altura. Marianny era morena clara de cabelos castanhos e olhos azuis, tinha um metro e setenta. De frente à ela estava César, um metro e setenta e três, cabelos castanhos até o ombro e olhos verdes, ao seu lado encontrava-se Danilo, um metro e setenta e sete, era o mais alto do bando, cabelos pretos e olhos cor-de-mel, a pele era clara, e ao seu lado agora estava Alfredo, um metro e setenta e cinco, cabelos e olhos pretos e pele clara também. Agora estava lá ele, Caio César, sentado ao lado de Alfredo e de frente à Danielly, tinha um metro e setenta e um, cabelos pretos na altura do pescoço e os olhos também pretos. Quase todos tinham dezessete, apenas Charles tinha dezoito e Sarty, com seus mais de quarenta. Sarty contou aos outros tudo que aconteceu com Caio na noite anterior, todos ficaram admirados ao saber que ele era um Skider de fogo. Danilo quis logo saber qual era seu Moz. Ficaram ali sentados por um bom tempo, conversando e rindo, de repente ouviram um som alto. Um som de explosão. Todos olharam uns pros outros por um instante, depois Sarty falou: “Vamos todos para a sala principal”. Acompanharam Sarty à sala dos sofás verdes. “Alfredo e Eduardo venham comigo, os outros esperem aqui, o som veio de fora”. Sarty saiu acompanhado de Alfredo e Eduardo logo atrás. Caio sabia o porquê, eles já tinham experiência em batalha, os outros, inclusive ele, ainda não. Depois de alguns minutos ouviram outra explosão, agora bem mais perto, e sem saber direito o que fazer naquele momento, Caio olhou para os outros pensando à mil. Como Sarty e os dois experientes já haviam saído e outra explosão aconteceu, Caio não sabia se eles estavam bem, então decidiu ir olhar, chamou os outros cinco e saíram juntos. Do lado de fora puderam entender a situação, não havia perigo algum. O baru-lho da explosão foi um carro que bateu à toda nas grades da casa da frente, e a segunda explosão foi o motor do carro que não aguentou a batida e CABUM. Sarty, Alfredo e Eduardo estavam de pé contemplando a cena quando o resto do bando chegou. Havia próximo ao carro um homem de cabelo curto e já fi-cando grisalho, quando percebeu que estava aumentando o público se virou. – Lerny? – perguntou Caio olhando para o homem. –Oh, Caio, que bom revê-lo. O que faz por aqui? – perguntou o homem – Sarty preciso de um belo e grandioso copo de vitamina de alguma coisa, a viagem foi longa. –Bem, na verdade fui sequestrado ontem e trazido pra cá. Tudo bem com vo-cê? – respondeu Caio. –Sequestrado? Típico do Sarty. Ele nunca parou com esse costume. – disse o homem. –Já se conhecem? – perguntou Sarty convidando todos a entrar. –Já sim, Caio foi meu aluno nas aulas de violão e artes plásticas num cursinho que eu ensinava. – Disse o homem pegando a sua bolsa do chão e entrando no Refúgio. –Que ótimo, isso diminui bastante as explicações. Bom, Lerny, Caio é um Ski-der. –disse Sarty. –Sério? Eu sempre soube, sempre senti algo diferente nele. E é Skider de? –perguntou o homem. –Adivinhe só. Skider... De fogo – disse Sarty de um jeito bem enigmático. O homem parou de supetão como se a notícia fosse algo incrivelmente extra-ordinário (o que na verdade era pra todos os Skiders). Olhou de Sarty para Caio tentando digerir o que acabara de ouvir. –Não posso acreditar. Um Skider de fogo? E esteve tanto tempo comigo, e eu não percebi nada. Como eu não sabia disso? – disse Lerny. –Não se chateie, eu também não sabia disso. – disse Caio. –E qual é o seu Moz? O dragão? – perguntou Lerny a Caio. –Na verdade a iniciação ocorreu ontem, ele ainda não fez uso dos poderes. – disse Sarty. –Por falar em uso, lembrei o que vim fazer. Vamos entrar – disse o homem olhando para os lados desconfiadamente – Não é seguro falar aqui fora. –E o carro? – Perguntou Eduardo. –Deixe aí. Não tem problema, eu arranjo outro depois. – respondeu Lerny. Todos entraram e se dirigiram à cozinha, onde Sarty preparou uma vitamina de acerola com laranja para Lerny. Todos se sentaram ao redor do enorme balcão. Depois que Lerny terminou, todos estavam esperando que ele contasse por que estava ali. Por um momento ele havia esquecido, se distraía rápido. Quando percebeu o semblante de todos, ele lembrou o que tinha de dizer. –Foi mal pessoal – começou ele – Me empolguei com a comida. Pois bem, meu carro já era, não sei como vou voltar. –Use o portal da passagem de vidro, esqueceu que esta no Refúgio? – disse Alfredo. –Ah não. Não vim do Império. Vim do Vale Do Follyng. – respondeu Lerny. –Vale do Follyng? Desde quando estava lá? – perguntou Sarty. –Desde a morte de Kauã. Fui pra lá a pedido dele, pra comandar tudo, pro pessoal não fazer besteira, você sabe que eles queriam ir ao Império atacar Singrer, se fizessem isso teriam tido o mesmo destino que Kauã. Depois que ele foi atacado eu o encontrei e antes de morrer, me fez esse pedido. Achei que soubesse. –O que é exatamente o Vale do Follyng? – perguntou Caio. –É um dos vales em que os Skiders se refugiam desde o Crime do Fogo. E Kauã era o mais antigo de lá, guiava os outros. – disse Lerny em resposta. –E porque não ficaram aqui? Isso aqui não é um Refúgio? – perguntou Caio. –É diferente. Isso aqui é um Refúgio, mas não para Skiders que perderam o lar, quer dizer, até pode ser, mas temporário. Aqui é um Refúgio de treinamen-to. – respondeu Lerny. –Tem certeza que é só isso? Pelo que andei e vi, acho que é muito mais que um Refúgio de treinamento. – disse Caio olhando para Sarty e Alfredo. –Ah é. Mas você se acostuma. Com o tempo vai conhecer isso aqui até de ca-beça pra baixo. – disse Lerny – Continuando. Vim para avisar para Sarty e Al-fredo que O Vale do Astery foi completamente destruído, alguns dos nossos sobreviveram e estão no nosso Vale, mas muitos morreram. Alguém deve ter mostrado o caminho, e só poderia ser um dos que estavam lá, somente nós sabemos onde os Vales se encontram. Não estamos mais seguros... Precisa-mos agir o mais rapidamente possível, e a notícia de que há um Skider de Fo-go vivo e esta do nosso lado, vai trazer a todos a esperança. Temos que fazer o possível para que Singrer não nos encontre antes de estarmos preparados. Todos ficaram em silêncio. Dentro de Caio estava havendo um choque de in-formações, estava começando a sentir uma enorme responsabilidade sobre si, estava sentindo o peso de uma guerra que ainda não era sua. –Preciso ir. Estão me esperando – disse Lerny. –Vou com você – disse Alfredo. –Também vou – disse Caio se levantando da cadeira. –Não é seguro você ir Caio, ainda não sabe como usar o seu poder – disse Sarty. –Posso aprender lá, não é um vale de Skiders? – perguntou Caio. –Se ele for, nós iremos também, tomaremos conta dele se houver algum pro-blema – disse Eduardo. –Não preciso de babá pra ficar me vigiando, já sou bem grandinho. – retrucou Caio. –A questão não é você precisar de babá, é que você ainda não sabe em que guerra entrou, esse negócio não é uma brincadeira, como você ouviu Lerny dizendo, muita gente já morreu, e o Crime do Fogo prova bem o perigo que você corre, mais do que nós. – disse Alfredo. –Mas eu quero ir, como vou poder me habituar com guerras e lutas se não en-trar em nenhuma? Como é que eu vou usar meu poder se não treinar? Como vou poder saber do perigo que corro se não me arriscar? Preciso só de uma chance, e essa pode ser a primeira de várias. – disse Caio. –Tem razão! Pode ir com Lerny. – disse Sarty. –Tá falando sério? – perguntou Alfredo parecendo indignado – Mas e se hou-ver uma batalha? –Bom, se houver uma batalha, você ou então Danilo vai ter que “apagar” ele. Só isso. – disse Sarty, Caio não entendeu direito, mas os outros pareceram entender. –Então, vamos! – disse Alfredo olhando para Lerny. –Quê? Ah, sim. Vamos. – disse Lerny parecendo lembrar. Saíram todos da cozinha e se dirigiram a uma sala, que comparada às outras era pequena. Era repleta de armários e guarda-roupas do século antigo, mas pareciam bem cuidados. Quando Eduardo e Alfredo abriram as portas, os ou-tros se admiraram. Estavam cheios de roupas de couro e algumas espécies de armaduras, havia também luvas de couro que pareciam mais com munhequei-ras de roqueiros, todas em couro marrom. Alfredo e Eduardo começaram a pe-gar as roupas de couro e pôr dentro de umas bolsas que estavam a um canto de um dos armários. Quando puseram as mochilas nas costas olharam pros outros e perguntaram “Vocês vão ficar só olhando?”. “E quer que a gente faça o quê?”, perguntou Marianny, “Ué? Peguem as roupas de vocês. Podemos precisar.” Eles entraram e começaram a pegar roupas e luvas, e as puseram em mochilas também de couro. A saleta ficava bem ao lado da sala de jantar, ao saírem dela foram direto para a sala dos sofás verdes. Caio estava excita-díssimo, e também nervoso. Sarty se sentou em um dos sofás, os outros permaneceram de pé. Lerny esta-va falando com ele, e o resto do bando estava absorto numa conversa sobre o que poderia acontecer. E no meio de toda a algazarra ele pode ouvir Lerny perguntar algo a Sarty, não entendeu toda a frase, mas pode distinguir as pala-vras fogo, pai e crime. Naquele momento ele se lembrou da carta, a carta envi-ada em nome de seu pai para sua mãe. Ele se condenou por ter se esquecido da mãe. Mas agora não podia voltar atrás, seria pior ele pensou. Todos ficariam no pé dele tentando descobrir o que estava acontecendo. Não contaria a ninguém a não ser que fosse o último caso, quando voltasse veria a mãe e voltaria a ler a carta. Voltou a si antes que alguém percebesse. E então, se lembrando que o carro de Lerny tinha sido destruído, e no Refúgio não havia carro, ele perguntou “Como nós vamos até lá?”. A pergunta parecia não ter passado antes pela cabeça de ninguém. Todos se perguntaram a mesma coisa, exceto Lerny que cantarolava alegremente enquanto todos os outros olhavam para ele esperando uma resposta. “Que foi?” perguntou ele percebendo que todos o olhavam. –Como vamos chegar ao Vale do Follyng? – perguntou Caio. –Ah, é isso. – disse ele como se fosse algo óbvio. –Tem uma passagem aqui perto, dá pra ir a pé até lá. Foi por lá que eu vim, é que eu tava com preguiça pra estirar as pernas então vim de carro. Vamos. Eles saíram e pegaram a rua da direita. Estava deserta. Caminharam até o fim da rua e dobraram à esquerda, andaram até chegar à orla de um bosque, não havia ninguém por ali além deles. Pararam de frente a duas árvores paralelas. Tinham o mesmo formato, a mesma espessura e a folhagem idêntica. Lerny pegou um pouco de pó de dentro de sua bolsa. O pó lembrava areia do mar. Ele jogou o pó por entre as duas árvores, fazendo um movimento em forma de arco, viram algo brilhar e depois... Nada aconteceu, permaneceu tudo como estava. “Pronto!”, exclamou Lerny, e passou por entre as árvores e... Sumiu! Alfredo e Eduardo se adiantaram, e percebendo que os outros estavam para-dos e boquiabertos, Alfredo perguntou “Vocês não vêm?”. E atravessou tam-bém, seguido por Eduardo. Caio os acompanhou, e o resto do bando o foi jun-to. Do outro lado havia várias casinhas e barracas de madeira e barro, todas bem-feitas. Havia também várias pessoas (que logo reconheceram ser Skiders), to-das vestidas com as mesmas roupas que levavam nas mochilas. Lerny já con-versava com um homem que parecia um pouco com ele. Alfredo seguiu para uma das casinhas mais próxima e Eduardo o acompanhou. Caio, Charles, Cé-sar, Danilo, Danielly e Marianny continuavam parados observando e admirando tudo. Havia ali não só grandes guerreiros, também havia mulheres, jovens e algumas crianças que brincavam próximo a um lago. O Vale do Follyng lembrou a Caio as antigas vilas senhoriais. A terra estava molhada, parecia ter chovido. Ao redor do Vale só havia árvores e mais árvores. Talvez por isso Lerny achasse que havia um traidor, não daria para encontrar aquele lugar a não ser que já soubesse como chegar lá, ou então se perdesse na densa mata. Lerny percebendo que eles não sabiam o que fazer, os chamou para perto de-le. Eles foram vagarosamente, sem deixar de observar cada detalhe daquele belo lugar. –Este é Lauro, meu irmão mais novo. Me ajuda a liderar o Vale. – disse Lerny. –Como vão? Estão bem? – disse Lauro cumprimentando a todos com um aper-to de mão. –É melhor vocês irem se trocar, como devem ter percebido, o couro anda em moda por aqui. Dário, vem aqui. – um garoto de cabelos castanhos cortados em forma de cuia que aparentava ter no máximo uns doze anos se aproximou. –Oi Lerny. – disse o garoto. –Quero que você leve os nossos convidados até a cabana central. – disse Lerny. O menino saiu acompanhado pelo bando. –Vocês vêm de onde? Nunca os tinha visto por aqui. – disse Dário. –Vocês são tão calados, parecem até admirados, nunca tinham estado em um Vale antes? –Na verdade não. –disse Danilo. –Ah! Entendo. Sou um Skider da Terra. Treino desde os dois anos de idade. Temos quase todos aqui, menos transformistas, Skider místico e de fogo é cla-ro. Acho que não existe mais nenhum, quer dizer, só o Imperador Negro. É uma pena, por que se tivesse outro poderia destruí-lo e então poderíamos vol-tar a viver normalmente. –O Imperador Negro é o Singrer não é? – perguntou Marianny. –É. Eu nunca o vi, mas dizem que ele é muito mal, e só anda de preto, uma longa capa de couro preto. – disse Dário. Por onde passavam, as pessoas olhavam e algumas crianças se escondiam, outras riam, e poucas acenavam. –Chegamos, troquem logo a roupa, vocês estão chamando muita atenção ves-tidos assim. A cabana era feita de madeira, havia três quartos e algumas cadeira de madei-ra. Dividiram-se em dupla e cada dupla ficou com um quarto. Marianny com Danielly, Charles e César, e Caio e Danilo. No quarto em que Caio e Danilo entraram, havia duas camas, não havia janelas e nem lâmpadas, mas percebe-ram que havia duas lamparinas em cima de uma mesinha que estava entre as camas, e havia também no quarto, um armário de madeira com duas portas. Caio e Danilo jogaram as mochilas em cima das camas, tiraram as roupas de dentro e se trocaram. Depois de se trocarem saíram e se encontraram com os outros quatro sentados na salinha. Dário apareceu de repente e parou à porta. “Vamos.” Disse ele. O bando apenas o seguiu. Do lado de fora havia uma aglomeração de pessoas que os observava. –Aqui estão eles, venham até aqui. –disse Lerny que já estava trajado de couro e se encontrava junto de Lauro, Alfredo e Eduardo no meio das pessoas que faziam uma roda. Quando se aproximaram, Lerny iniciou o que parecia ser um discurso. –Atenção Vale do Follyng, tenho uma notícia que vai agradar a todos. – todos agora estavam atentos no que Lerny falava. –Primeiro, vou apresentar a vocês esse bando. Alfredo e Eduardo, que já andaram antes por aqui, Marianny, Cé-sar, Charles, Danielly, Danilo e Caio. São todos Skiders, mas precisam de trei-namento ainda. Como vocês sabem, muitos de nós, em todos os lugares estão unindo forças contra Singrer, estamos todos nos preparando para quando ele decidir nos encontrar, e teremos que estar preparados, para não sermos des-truídos. “Singrer não perdoa, e muito menos dá uma segunda chance àqueles que são contra ele. O fato é que, ele é um Skider do fogo, e garantiu que permanecesse no poder destruindo todos aqueles que poderiam derrota-lo, outro Skider de fogo. Sabemos que depois do crime do fogo todos foram mortos. Mas a boa notícia, e o que Singrer ainda não sabe e não pode ficar sabendo por enquanto, é que um garotinho sobreviveu, e a persistência e o amor desse garotinho por sua mãe, fez seu poder que havia sido interferido, ressurgir do mais profundo de sua alma. Temos em nosso meio o que pode ser a nossa última esperança. Temos um Skider de fogo.” Todos ficaram maravilhados com a notícia e olhavam curiosos para cada um dos garotos do bando. –Caio, dê um passo à frente. – disse Lerny. Caio deu o passo. – Esse rapaz é a nossa esperança. Ele é um Skider de fogo. Não sabemos como, mas seu poder se mostrou ontem, que ocorreu a Iniciação. Ele tem muito que aprender e vai precisar da ajuda de todos vocês. Todos os Skiders estão agora nas mãos dele. A multidão aplaudia excitada de felicidade. Caio não sabia se se alegrava tam-bém, ou se corria dali, agora ele pode perceber a responsabilidade e o peso que teria que carregar. E se não conseguisse? E se desistisse? E se perdesse os amigos? E se morresse? Havia uma guerra dentro dele próprio. Decisões a tomar. Ele se tornou a esperança de muitas pessoas, queria sua mãe de volta, queria entender aquela carta também, e esse seu pai misterioso que todos achavam que estava morto e de repente mostra que ainda esta vivo, que ainda conhece a mãe de Caio, nome, endereço, tudo. * * * Caio estava deitado em sua cama pensando em como a mãe estaria e quem estaria tomando conta dela. Estava vestido com sua roupa normal e a de couro por cima, sentia frio. Estava chovendo e dava até para sentir o vento frio dentro de casa. A lamparina iluminava o quarto. Ele estava deitado com as mãos por trás da cabeça, observava o teto da cabana enquanto pensava em tudo que lhe aconteceu nos últimos dois dias, será que era tudo real, ou apenas estava num sono profundo? De repente uma voz o tirou do devaneio em que estava. Era Danilo que o chamava da outra cama. –Ainda esta acordado Caio? – perguntou Danilo. –Estou. Não sei se vou conseguir dormir com tanto frio, esses cobertores não são tão bons. –É só isso? Só esta preocupado com o frio? –Não né, você sabe que não. Minha mãe. A carta. Essa história toda de eu ser a esperança de todos. Como vou fazer isso se não sei nem como lutar? –Taí uma pergunta que eu não posso responder. Mas você vai conseguir. –Espero. E espero não morrer também. –Não se preocupe. Você só vai morrer depois de mim, vou cuidar de você co-mo um pai cuida de um filho. –Para de falar besteira, claro que eu não deixaria você morrer por mim, você tem uma família que se preocupa com você, pai, mãe, irmão. Eu é que não te-nho nada disso. –E eu, não conta? Sou mais chegado a você que ao meu irmão. Não deixaria nada acontecer a você, a não ser que acontecesse comigo também. –Tem razão. Se for pra morrer, morremos juntos. –Tá parecendo quando a gente era criança, quando Cid implicava com a gente e você prometeu que se fosse pra apanhar, tinha que ser os dois ou nenhum... tô começando a ficar com sono. –Dormir é bom. – disse Caio dando um profundo suspiro. –Dorme cara, você precisa, talvez amanhã a gente não tenha descanso, princi-palmente você. Lerny vai botar quente pra que você se torne um bom guerreiro. –Essa história toda ainda é bem esquisita. –Eu sei, também acho, e olha que domino a água desde os três anos. –Porque você nunca me contou? –Simples, você não acreditaria. –Tem razão. – disse Caio e deu um bocejo. – Acho que vou aproveitar que o sono tá em cima de mim. Boa noite Danilo. –Boa noite... Filhote. –Boa noite paizote!
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 05:01:21 +0000

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