Capitulo 06 - TopicsExpress



          

Capitulo 06 TRITÃO E TRITÃO Ainda estava escuro quando Dário entrou na cabana fazendo barulho e acor-dando todos. “Que horas são?”, perguntou César tentando conter um bocejo, “Sei lá, mas já tá na hora de levantar”. Eles se levantaram e ficaram reunidos na sala, todos abraçados consigo mesmos tentando se aquecer do frio que fazia. “Hoje é Segunda-feira, devíamos ir pra escola”, falou Danielly. Todos tinham se esquecido do mundo secular. Dário entrou de novo na cabana, desta vez admirado. –O que vocês estão fazendo que não saíram de dentro da cabana? –perguntou ele com cara de quem não esta entendendo o que esta acontecendo. –Tá frio. Imagine lá fora. –retrucou Marianny. –Tem certeza que são guerreiros? –perguntou ele cruzando os braços. –Somos, só não nos acostumamos com a ideia. –disse Charles. –Tô com fome, onde é que fica o restaurante daqui? Não vão nos servir? –Claro meu senhor. – disse Dário fazendo uma reverência exagerada. –Acompanhem-me por favor. Dário saiu seguido pelo bando, a maioria das pessoas já estava do lado de fora das casinhas. Andaram um pouco até que chegaram à beira de um lago. –Não pedimos banho, pedimos comida. –reclamou Charles. –E você acha que os peixes vão sair sozinhos de dentro da água e se assarem no fogo? –perguntou Dário. –Depois de pescarem, podem ir até aquela foguei-ra pra assá-los. O bando ficou ali olhando pra água. Ninguém sabia pescar. Danielly e Marianny se sentaram à beira do lago e ficaram observando. Havia poucas pessoas ao redor do lago, a maioria já comia perto de suas casas. “Volto já.” Disse Caio se retirando, Danilo o acompanhou. Se dirigiram para dentro da mata, onde sumiram da vista dos outros, que continuavam parados observando a água. Próximo a eles havia um grupinho de três rapazotes, que tinham no máximo uns dezesseis anos. Todos de cabelo preto e da mesma altura. Moviam a água com tanta delicadeza e suavidade que parecia que controlavam os peixes para chegarem a eles. Quando foram passando, Danielly os chamou. –Escuta, como vocês conseguem fazer aquilo? –perguntou ela. Os três rapazes se entreolharam como se não acreditassem no que acabaram de ouvir. –Somos Skiders da água. –respondeu o da direita olhando-os com admiração. –Vocês não são os guerreiros que chegaram ontem? Não são amigos do lendário Skider de fogo? –perguntou outro rapaz do grupo. –Somos, por quê? –respondeu Danielly. –Não parecem com guerreiros, nem pescar sabem. Os peixes não vão se inti-midar com o olhar de vocês e sair da água. A única coisa que eu acho que pe-ga com o olhar, é quebrante. –respondeu o rapaz e os três se retiraram. –Uau! –exclamou Danielly. De repente eles veem Caio voltar junto com Danilo carregando algumas coisas nos braços. Eram frutas, monte delas. Quando chegaram mais perto as puse-ram cuidadosamente no chão, todos eles se sentaram e começaram a comê-las. O sol já estava mostrando seu brilho quando Eduardo e Alfredo se junta-ram a eles. Pareciam admirados. Caio os olhou sem entender o motivo da ad-miração deles. Até que falaram. –Porque vocês estão comendo frutas? Cadê os peixes? –perguntou Alfredo. Danilo apontou para o lago como se acabassem de ter ouvido uma pergunta de resposta óbvia. –Disso eu sei né! –retrucou Alfredo. –Então porque perguntou? –disse Danilo dando uma mordida em uma banana. –Quero saber por que não estão pescando para comer. –disse Alfredo. –Somos vegetarianos, é mais saudável comer fruta. –disse Marianny. –Nada a ver essa sua tese Marianny. Ouvimos quando Narílio passou falando dos guerreiros, que não sabiam nem pescar. –disse Alfredo. –Ah, aquele menino arrogante? Só perguntamos a ele como fazer para pescar como eles estavam pescando, parecia que os peixes vinham até eles. –disse Danielly. –Claro, ele é Skider de água, é fácil pra... –Vocês falam isso como se fosse a coisa mais comum do mundo e como se todos resolvessem seus problemas sendo Skiders! –Retrucou Caio interrom-pendo Eduardo. –Caio tem razão, é a primeira vez que temos contato com uma aldeia repleta de Skiders, sempre vivemos entre pessoas comuns, e ele agora que veio saber que tem algo de diferente, vocês queriam que ele já fosse o melhor guerreiro do mundo, nem nós que já sabemos há tempos não temos tanto controle as-sim, quanto mais ele. Nunca fomos treinados. –disse Danilo um pouco irritado. –Tem razão. –disse Alfredo após um tempo de silêncio. Os dois se sentaram e começaram a comer também. O tempo estava ótimo, e apesar da preocupação de Caio em como a sua mãe estaria naquele momento, ele se sentia feliz, se sentia livre como se os seus problemas tivessem sumido. Depois que terminaram de comer, passaram um tempo sentados conversando, até Alfredo e Eduardo serem chamados, Marianny e Danielly saírem para a cabana, e Charles e César irem se aventurar na floresta, deixando Caio e Danilo a sós. Os dois tinham deitado sobre a relva baixa, sob um enorme carvalho. Caio estava recordando das palavras de Sarty na noite de sua iniciação. Ficou pensando e criando teorias e mais teoria sobre algumas coisas que Sarty lhe dissera e que não ficara bem explicado. Pensou sobre seu pai, sobre ele saber que sua mãe era doente, sobre Singrer, sobre o crime do fogo, e sobre... O pai de Danilo. Ele lembrou que Sarty ocultou essa parte, então sentando-se novamente pensou se teria problema em perguntar a Danilo. Mas por que Danilo não lhe contou nada? O que poderia haver de tão grave para Sarty não ter lhe contado? Será que Danilo era adotado, já que Sarty lhe contara que os pais de todos morreram durante o crime do fogo. Caio queria perguntar a Danilo sobre o assunto, mas não sabia por onde começar, então lhe surgiu a ideia de perguntar qual o poder de seu pai. –Na verdade ninguém lá em casa sabe o que eu sou. –disse Danilo em resposta à pergunta de Caio. –Mas, Sarty disse que todos tinham pais Skiders. Acho que os Skiders só po-dem surgir se tiverem ascendentes. –disse Caio. –Seu pai deve ser um Skider. Ou então... deixa pra lá. –Ou então o quê? –perguntou Danilo. –Você é um Skider, se seu pai e nem seu irmão são, você não acha que pode ser adotado? –perguntou Caio. Danilo olhou pra ele como se tivesse ficado louco. –Não tem outra opção tem? Danilo não respondeu nada. Houve cerca de um minuto de silêncio. Quando Danilo abria a boca pra falar, ouviram gritos vindos da floresta. Olharam ao re-dor e não havia ninguém do Vale por perto, o sol já iluminava o dia. Os dois se levantaram e foram na direção dos gritos. Embrenharam-se na floresta e quan-do já não dava pra ver o lago e a vila, eles encontraram o foco dos gritos. Eram Charles e César. E havia uma terceira pessoa. Os dois estavam deitados no chão sujos de mato e lama, e a outra pessoa estava numa árvore rindo. Caio e Danilo se aproximaram, levantaram-nos e ao olharam para a pessoa que esta-va na árvore, perceberam que era só um garoto, talvez tivesse uns dez anos, era loirinho e os cabelos batiam no ombro. –Não tem o que fazer não pirralho? –perguntou Danilo. –Estou fazendo, tô brincando com os guerreiros. –disse o garotinho. –Desce daí pirralho, vem brincar aqui embaixo que a gente te ensina uma brin-cadeira nova. –disse Caio. –Meu nome não é pirralho, meu nome é Yuri. –disse o garotinho. –E vocês não sabem brincar. –Sabemos sim, desce aí que a gente te ensina uma brincadeira que você nun-ca brincou antes. –disse Danilo. –Tá bom. Mas vão ter que brincar a brincadeira que eu quiser também. –disse Yuri. Quando ele desceu da árvore Caio e Danilo o pegaram tão rápido que não deu tempo nem ele gritar. Mas não deu em nada. De repente cada um deles sentiu uma pancada nas costas. Yuri era Skider de poder vegetal. Quando o soltaram ele saiu correndo e rindo mais ainda e subiu em outra árvore. Danilo saiu cor-rendo atrás dele, os outros foram atrás de Danilo. O garoto jogou uma chuva de folhas em cima deles, era tanta folha que eles ficaram totalmente imersos em folha. Yuri só ria. Quando conseguiram sair de debaixo das folhas, o garoto os acertou com um cipó. Deu uma bela cipoada nas costas deles, parou por que não aguentava mais rir. Danilo que estava mais irritado que os outros ten-tou subir na árvore, mas o menino passou pra outra, sempre que Danilo tenta-va subir ele mudava de árvore. De repente enquanto mudava de uma árvore pra outra, Yuri escorregou e se estatelou no chão. Caio, Charles e César aproveitaram a oportunidade e o pe-garam, dessa vez segurando as mãos dele. Não adiantou. Quando eles viram um galho enorme vindo à direção deles, o soltaram para se proteger. Danilo que não tinha mais paciência, tentou fazer uma demonstração de seu poder. Estendeu a mão na direção da árvore em que Yuri estava subindo e... Nada. Ficou mais irritado. Yuri apenas ria. Danilo tentou subir de novo, mas Yuri era rápido como o Tarzan, não parava de mudar de árvore enquanto Danilo se irri-tava mais. Os outros já tinham cansado, nem ligavam mais. Quando Danilo parou de correr e ficou arquejando, Yuri se aproximou deles desconfiadamente. “Cansou?” Perguntou ele a Danilo. Quando se aproximou mais, Danilo deu o bote. Segurou-o pelos dois braços, e aproveitando a oportunidade deu também um beliscão. Yuri parou de rir e ficou olhando a marca vermelha onde lhe fora dado o beliscão. “Cansou?” Ironizou Danilo. Sem que percebessem, uma onda de folhas e ga-lhos vinha por trás deles. Yuri aproveitou a oportunidade que Danilo olhou pra trás, deu uma mordida e fugiu por cima das árvores de novo. Parecia irritado por ter levado o beliscão. Danilo e os outros tentaram correr, mas a onda de folhas os pegou, passaram um bom tempo tentando se livrar. Yuri não dava mais gargalhadas como antes, mas tinha nos lábios um riso malicioso. De re-pente tudo parou. Danilo e os outros estavam tentando se levantar do chão cobertos de folhas. –Não gostei do beliscão. Doeu. –disse Yuri olhando maliciosamente para eles. –Ah é? Desce aqui que eu dou um mais forte. Seu pirralho nojento. –disse Danilo coberto de folhas e irritadíssimo. –Já disse que meu nome não é pirralho. –berrou Yuri. Tão raivoso que Danilo até se assustou. Yuri deu um pulo e caiu como um gato no chão. Esticou os braços em direção ao chão e... Os dedos estavam crescendo... Não, finos cipós secos saíam de seus dedos, um em cada dedo, e foram crescendo, crescendo, crescendo até que... PA! Os quatro foram jogados a uma distância de no mínimo cinco me-tros. Tentaram levantar e... PA! Outra vez. Dessa vez mais forte. Yuri parecia realmente irritado. Danilo não ficava atrás. Estava a ponto de explodir até que... Escorria água por entre os dedos de Danilo, o chão ao redor deles estava en-charcado. Mirou Yuri e... PAM! Um jato forte de água saiu de sua mão esquer-da em direção ao menino que ficou sem ação. Acertou em cheio. Estirado no chão e encharcado de água, os cipós se recolheram. Yuri percebeu Danilo se aproximando e subiu rapidamente em uma árvore. E foi pulando de árvore em árvore até chegar ao lago onde se jogou. Como era bastante rápido em galhos tomou uma dianteira boa. Mergulhou e foi nadando em direção à margem oposta. Quando Danilo e os outros chegaram à beira do lago, Yuri já estava na metade. Uma burrice! Yuri esqueceu que Danilo havia o atingido com água, portanto era Skider de água. Danilo estendeu as mãos furiosamente e... Água por todo lado, de repente viram Danilo como se estivesse dentro de uma bola de água, e foi mudando, mudando até que parecia os contornos de uma sereia, ou melhor, um tritão. Danilo sumiu. Só podiam ver a forma do Tritão formada de água, até que BUM! O tritão explodiu como uma bomba de água, e Danilo reapareceu. Havia um bom número de pessoas ao redor do lago, a maioria crianças e adolescentes. Danilo mergulhou na água e no outro segundo já estava segurando Yuri pelos braços. Os outros ficaram espantados, mas o que Caio havia esquecido, é que Sarty lhe contara que o Moz de Danilo era o Tritão, o mais rápido de todos os Moz de água. Danilo puxou Yuri para fora da água e toda vez que tentava se levantar, Danilo o derrubava com um jato de água. De repente ouviram alguém gritando, era Dário. Corria e movia os braços freneticamente. Danilo nem ligou. –Para com isso. –disse Dário quando chegou perto de Danilo. –Parar com o quê? –perguntou Danilo como se não estivesse entendendo. –Parar de molhar meu irmão. –disse Dário. –Ele é seu irmão? –perguntou César antes mesmo de Danilo abrir a boca. –É. Dá pra parar? –perguntou Dário outra vez a Danilo, dessa vez irritado. –Ele tá com calor. –respondeu Danilo calmamente. De repente Danilo foi empurrado pra água por uma bola de terra úmida. Quan-do olhou, percebeu que havia sido Dário, que agora ajudava Yuri a levantar. Danilo ficou olhando os dois darem as costas, Yuri se virou e mostrou a língua para Danilo. Quando olhou pro outro lado, viu Alfredo aplaudindo, e Eduardo ao seu lado. “Esplêndido!” Gritou ele. Danilo saiu da água ao mesmo tempo que os dois se aproximaram dele. –Derrotado por uma bola de terra. –disse Alfredo tristemente. Eduardo riu. –E aí Tritão, o menino é um bom guerreiro? Como ele se saiu na floresta? –Danilo olhou pra ele surpreso. –Como sabe que estávamos na floresta? –perguntou Danilo. –Eu vi quando Charles e César entraram lá e pedi para Yuri mexer com eles. Minha intenção era fazer Charles por seu poder em ação, já que estava na flo-resta, e há uma boa quantidade de terra lá, quer dizer, em todo o vale tem terra, mas a questão é que eu queria que Yuri o atiçasse. Bom, mas teve um pro-veito, você é um belo Tritão, só precisa se controlar. –disse Alfredo. –E outra coisa, Yuri só tem dez anos, e deu uma surra nos quatro. – Concluiu e deu as costas. Danilo parecia não estar acreditando no que ouvira. Do jeito que estava na beira do lago, só fez erguer as duas mãos juntas e lançou um jato fortíssimo em Alfredo. Acertou em cheio nas costas dele. Alfredo caiu a uns sete metros de onde estava. Levantou-se. Virou-se. O rosto contorcido de fúria. Andou calmamente de volta ao lago. Danilo saiu do lago e ficou de frente a Alfredo encarando-o. “Tá se achando o valentão né?” Disse Alfredo. Danilo só o encarava. “Só porque molhou um garotinho de dez anos. Que valentia!” Ironizou Alfredo. Danilo fez menção de levantar as mãos para atacar novamente, mas Alfredo foi mais rápido. Atacou Danilo com um jato que o jogou quase no meio do lago. Danilo mal mergulhou e já estava na beira do lago de novo puxando a perna de Alfredo e o arrastando para dentro do lago. Os dois mergulharam e tudo se silenciou. De repente como se uma bomba tivesse explodido no meio do lago, os dois saíram quase voando com o impulso da água. Uma chuva de alguns segundos se formou sobre os que observavam. No ar, pareciam feitos de água, como Danilo fizera antes ao se transformar em Tritão. Logo em seguida caíram na água de novo. Ficaram se atacando na superfície do lago, um tentando acertar o outro. Alfredo, que era bem mais treinado, fazia pedras de gelo acertarem Danilo que por sua vez apenas se esquivava. Tentava fazer o mesmo mas ainda não conseguia. Sempre que um mergulhava o outro acompanhava. Os Moz dos dois era o Tritão, dentro da água os dois eram velozes. Em questão de força e poder, Alfredo estava levando a melhor por ter tido treinos, ao contrário de Danilo que mesmo assim não dava o braço a torcer. Sob a água era incrível a luta. Os jatos, apesar de estarem dentro da água, eram mais po-tentes e pareciam correntes marítimas, quando acertava o alvo o fazia ir mais longe que em terra. Alfredo acertou Danilo seis vezes seguidas, sem dar tempo nem pra ele se posicionar pra se defender. Depois dos ataques contínuos a fúria de Danilo tinha aumentado em mil por cento. De repente tocaram o chão e o lago parecia estar esvaziando. A água estava flutuando sobre eles. Danilo estava com o controle de toda a água do lago. Uma mão pra cima e a outra na direção de Alfredo. Após uns dez segundos Danilo apontou a outra mão pra Alfredo e toda a água foi em direção a ele, que foi arremessado longe, pra den-tro da floresta. Quando a água se acalmou, Danilo saiu calmamente de dentro do lago como se nada tivesse acontecido, antes de chegar à beira do lago foi atingido por um jato de água condensando. Alfredo mergulhou no lago e logo já estava puxando Danilo para o fundo. Já não se aguentavam mais de tanta raiva. Alfredo deu impulso e saiu do lago congelando-o com Danilo lá dentro. Caio, Charles e César fizeram menção de ir até o lago, mas Eduardo os impediu. De surpresa Danilo saiu do lago congelado deixando um buraco nele. Os dois ficaram sobre o gelo. Danilo apontava para onde estava Alfredo e descongelava para fazê-lo submergir, mas quase instantaneamente Alfredo congelava de novo, até que os dois ao mesmo tempo descongelaram o lago e mergulharam. Pouco tempo depois duas bolas de água surgiram flutuando sobre o lago e estavam se transformando em Tritão. Um de frente para o outro. Dois Tritões imponentes, quando se atacassem água seria lançada para todo lado numa velocidade incrível. O que não aconteceu. No momento do ataque, quando um ia se chocar com o outro, foram repelidos. Lerny havia aparecido e distanciado os dois só com o mover de dedos. Lerny era Skider do vento, superpoderoso. Fez os dois caíram quase aos seus pés. –Acho que já chega. –disse Lerny calmamente. –Os dois já mostraram do que são capazes, guardem as energias para quando for realmente necessário. –Concluiu e se retirou. –Se não fosse ele ter chegado eu teria acabado contigo. –disse Danilo. –Ah é? –perguntou Alfredo já indo em direção a Danilo para ataca-lo, Danilo fez o mesmo, mas foram repelidos novamente por Lerny. “Já chega!” Berrou ele. “Se eu vir de novo, faço os dois se arrependerem.” Disse e se retirou. Caio ajudou Danilo a levantar e Eduardo ajudou Alfredo, os dois estavam arra-nhados, Danilo mais que Alfredo por conta do episódio da floresta. Alfredo se-guiu para a casinha em que estava acomodado junto com Lerny e Eduardo. Danilo ia andando junto com Caio, Charles e César, quando uma figura pequena vinha na direção deles, era baixo, magro e loiro, com os cabelos nos ombros. “Olha pirralho, não tô com paciência.” Disse Danilo irritado. “Incrível!” Exclamou o garoto. Danilo ficou espantado olhando para o menino. –Como assim incrível? Eu te deixei todo ensopado lembra? – disse Danilo. –Não, você deixou o meu irmão ensopado. Meu nome é Nayferson, sou gêmeo do Yuri. Sou Skider do poder verde também. Gafanhoto. –disse o menino. –Só um já não basta? Dois eu acho que não aguento. –disse Danilo sem deixar de caminhar. –Não sou como o meu irmão, eu sou mais calmo. Meu irmão não consegue passar uma hora sem arrumar confusão, e quando é ordenado a fazer o que gosta, é como se estivessem entregando ouro nas mãos dele. –disse Nayfer-son. –Pode me chamar só de Nay se quiserem. –Você é mais falante que o seu irmão. –disse Charles entrando na conversa. –É, eu sei. Adoro perguntar e aprender coisas novas. Como vocês se chamam e quais os poderes de vocês? –disse Nay. –Eu sou Danilo, Skider da água e meu Moz é o Tritão. (Eu sei, achei incrível – disse Nay) –Eu sou Charles, Skider da terra, meu Moz é a serpente. –Sério? –perguntou Nay arregalando os olhos. –Aqui no vale não tem ninguém com o Moz Serpente. E vocês? –perguntou ele virando-se para César e Caio. –Eu sou César, Skider da eletricidade, meu Moz é a Enguia. (Uau! – exclamou Nay.) –Eu sou Caio, não sei qual é o meu Moz e sou Skider do Fogo. – Nay parou de andar. A notícia o deixou paralisado. –Algum problema? –perguntou Caio. –Você é Skider do Fogo?! Não dá pra acreditar. Cara, vocês são os meus ído-los! –disse Nay sorrindo alegremente. –Você não estava ontem quando Lerny nos apresentou? –perguntou Caio. –Não, tinha saído com meus primos pra floresta, estávamos procurando ervas de cismer para minha tia. –disse Nay tristemente. –O que é erva de cismer? –perguntou César. –É uma flor. As pétalas dela são boas pra curar queimaduras, é só picar e por dentro de uma vasilha com a água e passar sobre as queimaduras. –disse Nay. –Como sua tia se queimou? –perguntou Caio. –Ela morava no Vale do Astery, que foi devastado pelos servos do Imperador Negro. –disse Nay pensativo. –Olha, eu tô começando a pegar ódio desse Singrer. –disse Caio. –Todos vo-cês lutam? –perguntou César. –Sim, mas tem os exércitos preparados pras batalhas, não são todos que po-dem ir, só os mais fortes e geralmente os mais velhos, a partir dos quinze anos já dá pra lutar numa guerra, mas os riscos são grandes, então os chefes de Vales só permitem que lutem, apenas quem tem mais de dezoito anos. –disse Nay. –E, se lhe pedíssemos que nos levasse até esse Vale do Astery, você nos le-varia? –perguntou Caio. Os outros o olharam meio desconfiados. –Levo, mas ninguém pode saber. OK? –disse o menino olhando para os lados pra garantir que ninguém os tivesse ouvido. –OK! –disse Caio.
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 05:02:30 +0000

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