Capítulo 14 Eterno Retorno Na verdade, nada acontece. - TopicsExpress



          

Capítulo 14 Eterno Retorno Na verdade, nada acontece. Somente a nossa essência imaterial, o amor, é real. Ele sustenta a vida. Ele é o Elo Vital a nos unir e a nos tornar um. Ele é o Espírito Santo, descrito nas três principais religiões do planeta: cristianismo, islamismo e judaísmo. Ele a tudo perpassa e a tudo sustenta. Ao mesmo tempo, Ele se encontra a sustentar a nós e a tudo o que vemos à nossa volta. Ele é a cola que aglutina átomos, conferindo-nos a impressão de existência do mundo físico. Todavia, o âmago de todas as formas materiais já está se corrompendo, agora mesmo. Todas elas deixarão de existir após a passagem inexorável do tempo: elas não têm realidade própria. Ainda não podemos perceber, mas só o agora é real. Acima, dissemos ser real somente o amor. Portanto, o amor é o agora, que também é a essência da vida única. Sabemos que somos eternos. Todos bem o sabem. Conhecemos nossa eternidade nos episódios de déjà vu, pois os vivenciamos diariamente. É o desapego de erros e de acertos, de medos e de desejos, que nos permitirá o despertar espiritual. Despertaremos e saberemos que somos um! Cada um de nós contém todos os aspectos humanos. O despertar espiritual envolve a tomada de consciência de todos os aspectos que nos constituem. Um deles é a abertura para a possibilidade de estabelecermos contatos com outras dimensões da existência. Mas as religiões institucionalizadas exploram e usam a nossa abertura perceptiva contra o despertar da humanidade. É assim que ajudam a cúpula do poder dominante do mundo a manter o status quo. No filme “Feitiço do Tempo”, o personagem representado por Bill Murray, o meteorologista Phil Connors, fica preso na data 2 de fevereiro – o Dia da Marmota. Esse mesmo dia passa a se repetir indefinidamente e, somente ele percebe a repetição. Ninguém mais. Por algum tempo, de sua posição privilegiada de sabedor do processo repetitivo da mesma data, ele passa a explorar os seus adjacentes. Mas já sabemos que, inexoravelmente, a repetição se torna tediosa. Quando o tédio o abate, Phil Connors desiste de explorar a inocência daqueles à sua volta, passando a ajudá-los a se livrarem da repetição diária de seus infortúnios. Ao decidir pelo compartilhamento, juntamente com todos, ele consegue penetrar na dimensão do instante zero do novo. Assim também acontece com toda a humanidade: Todos ou nenhum! As nossas histórias de vida são muitíssimo parecidas. Todos os nossos enredos de vida repetem o mesmo padrão, muitas vezes a cada dia. Isso também explica as nossas experiências denominadas “déjà vu”, quando sentimos como se nos reencarnássemos infinitamente. O que é verdade, pois somos um. Somos a manifestação no mundo físico da indivisível e única consciência, a vida única. A repetição indefinida de um mesmo padrão vai escavando, cada vez mais fundo, a nossa impressão de separação e de fragilidade, restando-nos apenas a desesperada busca por um salvador. O paradigma no qual a humanidade se encontra mergulhada tem sido o mesmo em todas as eras humanas na Terra: o paradigma de separação e de medo, envolvendo as posições do dominador versus o dominado, e vice-versa. Passamos a vida sem percebermos como somos prisioneiros dos nossos julgamentos mentais. Nosso cérebro analítico chega sempre com algum atraso após o instante zero, enquanto se mantém ocupado com a análise dos fatos, organizando mais massa crítica julgadora. Dessa forma, nunca nos deixa estar presente no instante do novo, ou seja, na vida, pois ela se renova de instante a instante. A vida somente pulsa a cada novo instante. Como o ego distorce a nossa percepção consciente de nós mesmos, a plenitude original que somos se torna irreconhecível para nós, deixando-nos temerosos de uma aniquilação e, em constante busca por salvação: a nossa primeira tentativa de salvação envolve buscarmos provar o nosso valor. O mesmo padrão se repete em busca de prova do nosso valor, fazendo-nos projetar toda culpa naqueles que se encontram à nossa volta, enquanto suplicamos por auxílio a um salvador invisível e onipotente. Todavia, podemos perceber a imaterialidade profundamente em nós. Ela é a mesma essência ou o "Brahman eternamente infinito e imutável", sustentando todo o tipo de realidade aparentemente concreta à nossa volta. Quando mais nada do que vemos hoje à nossa volta estiver aqui, aquilo que é imaterial e atemporal, ou seja, aquilo que somos em essência, estará: nossa essência consciente e calma, da mesma forma como nos percebemos no sereno esplendor da clareza infinita do agora. Essa presença suave e calma no agora é perene, ela é a mesma antes e depois da morte, porque para ela nascimento e morte não são reais. Ela somente é roubada pela ilusão representada pelos contratempos da nossa história de vida, os quais são meios de contraste onde ela se revela para nós: basta nos lembrar de buscá-la em nossa profundidade silenciosa em meio ao enfrentamento das adversidades do nosso enredo de vida. É paradoxal a condição humana na Terra, porque contemos em nosso interior uma inteireza tal qual uma escada, cujos degraus mais baixos devem ser visualizados para serem galgados: única forma de chegarmos aonde se encontra o esplendor dentro de nós mesmos. Da mesma forma como acontece com uma escada, também nós somente poderemos ficar inteiros, quando pudermos admitir em nós a presença dos nossos "degraus" mais baixos. Pois quando pudermos admitir toda a inteireza que somos, automaticamente teremos acesso a todos os "degraus" dentro de nós mesmos. Ainda não podemos admitir em nós aquilo que julgamos inferior, porque o escondemos de nós mesmos em nosso inconsciente. Entretanto, ainda desconhecemos que transpareça às pessoas à nossa volta aquilo que escondemos de nós em nosso inconsciente: esse é o principal motivo de ser tão difícil e tão sofrida a convivência humana. Nosso inconsciente transparece aos demais através dos nossos gestos e das nossas atitudes. Por isso, quando ouvimos alguém se autoelogiando, quase sempre a seguinte frase se encaixa com precisão: "Que o compre quem não o conheça!" Enquanto não despertarmos da inconsciência de nós mesmos, persistirá bloqueado o nosso acesso à dimensão mais sutil e silenciosa em nossos íntimos. Ao assumirmos como também fazendo parte da nossa inteireza os “degraus” mais baixos de nós mesmos, iremos parar o julgamento separador do bem e do mal em nós e à nossa volta. Então seremos novamente tão silenciosos quanto já o fomos, quando estávamos no ventre materno: será como nascer de novo. Segundo alguns estudiosos místicos, passado e futuro coexistem no agora. Numa analogia com um prédio de 30 andares, o passado pode ser representado pelos andares abaixo do 15º e o futuro pelos andares acima. Assim como nos prédios normais, todos os andares do “prédio do tempo” também estão presentes agora. É incompreensível para nós, mas a essência da alma é única e indivisível: uma de suas infinitas capacidades é estar em todos os lugares, ao mesmo tempo. Ou seja, uma mesma alma, a essência una e indivisível que somos, sustenta ao mesmo tempo cada um do total de seres humanos na Terra. Somos um.
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 15:18:01 +0000

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