Capítulo 25 Equilíbrio do Ego Quantas - TopicsExpress



          

Capítulo 25 Equilíbrio do Ego Quantas vezes, ao sermos generosos, fomos manipulados? Quantas vezes determinadas pessoas abusaram de nossa generosidade? Quantas vezes abrimos mão da nossa vida pessoal para ajudar aqueles que perceberam nossa dificuldade de dizer não? O equilíbrio do ego nos permitirá romper com essa “doença” de ficar perto de pessoas, cuja vibração é perversa e manipuladora, além de não nos respeitarem. Podemos olhar agora para o nosso ego e ver que vem dele o apelo de nos vender “baratinho”. Podemos permitir que a essência amorosa que habita em nós presencie a nossa vida. Podemos escolher viver numa realidade mais aprazível e mais amorosa. Equilibrar o ego não significa ausência de ego, ou ego fraco e subjugado: submetermo-nos ao domínio alheio é tão nocivo, quanto assumirmos o domínio dos nossos iguais. Um grande número de pessoas já pode perceber em si a Imagem Idealizada. É assim que permitiremos que se desvele o esplendor da Presença Verdadeira a abranger em si mesma o Elo Vital, o Caminho Estreito que nos unifica na vida única. Ele é o Divino Espírito Santo a comungar conosco e com Deus. Unificados no agora, direcionamo-nos à nossa criatividade genuína de bem aventuranças coletivas. Mas, infelizmente, ainda não é essa a situação da maioria. Durante todo o nosso tempo de vida, nosso ego nunca deixará de estar conosco, porque ele faz parte do nosso programa operacional de separação, que nos permite agir no mundo. Ele é responsável pelo nosso setor volitivo, ou seja, é responsável pelas nossas ações no mundo. Estamos envolvidos em nossos respectivos egos e é bom estarmos conscientes disso, para também evitarmos a invasão da nossa vida pelos nossos adjacentes. Fazemos parte do sistema egocêntrico dominante do mundo, o qual se assemelha a uma Matrix. É um paradigma, estamos inseridos nele, mas não podemos saber, é como água para peixe. Todavia, podemos aguçar a nossa percepção, nos intervalos dos nossos pensamentos. Podemos espaçá-los, deliberadamente. É assim que nos posicionaremos além do paradigma no qual nos encontramos inseridos. A mudança verdadeira no mundo somente poderá acontecer a partir da abertura da nossa percepção consciente do agora. De acordo com a Teoria do Centésimo Macaco, de Rupert Sheldrake, quando determinado número humano atingir a abertura da percepção da realidade, toda a humanidade despertará. O fato de experimentarmos tão cruelmente a limitação garantiu a nossa instalação planetária em meio a condições ambientais extremas, incluindo o convívio com terríveis feras. Pois em nosso mundo dualista, somente vamos tão alto quanto tenhamos ido abaixo. Assim podemos entender como a agressividade egocêntrica tenha nos garantido a instalação planetária em meio a todo tipo de situação hostil. Todavia, não é mais essa a dinâmica que importa para avançarmos rumo à Nova Era de paz e de aceitação de todos os nossos potenciais. Nosso ego nos permite agir no mundo, apesar do paralisante choque causado pela nossa impressão de separação e de menos valia, ocorrido em nossa primeira infância. É o nosso ego que nos permite sobreviver na matéria. Ele continuará conosco enquanto vivermos na Terra. Não há como eliminá-lo. Mas ele se torna equilibrado quando o vemos agindo em nós. Ele continuará, sempre, buscando nos salvar a cada novo conflito. Quando então nos apresentaremos vestidos com a armadura representada pela nossa Imagem Idealizada. A expressão bíblica “Orai e Vigiai” é um alerta para não nos deixarmos enganar pelos nossos próprios egos e também por aqueles adjacentes a nós. Pois a palavra hebraica traduzida na Bíblia por “orar”, na verdade, tem o significado de “despertar”, despertar da inconsciência de nós. A astúcia egocêntrica é bem estudada pelas religiões institucionalizadas. A ajuda aos necessitados através de membros voluntários nos faz acreditar que elas estejam investidas de pura bondade. É assim que deixamos de perceber seus fins lucrativos e separativos da humanidade. Estamos aprisionados numa “Matrix”, que não percebemos. É a nossa paixão egocêntrica pelo papel do salvador que tem fundamental importância na manutenção do Sistema Dominante do Mundo. Temos a pretensão egocêntrica de sermos salvadores, inclusive, daqueles que passaram na prova mais difícil enfrentada por um ser humano: a morte. O autoabandono nos braços acolhedores da morte é necessário quando chega sua hora. Mas essa é uma façanha cada vez mais difícil, à medida que envelhecemos. A maioria de nós tem dificuldade até para se entregar aos braços do sono, sem o uso de um sonífero. Nosso enrijecimento egocêntrico, pretensamente controlador dos rumos do mundo, gradativamente vai avançando até chegar ao ponto de nos bloquear o desapego necessário á nossa entrega Àquilo-que-é, no agora. Ainda assim, mantemos a pretensão de querer salvar aqueles que nos superaram no quesito máximo que significa chegar ao estado de morte. Mas todo credo religioso prega a necessidade de entoarmos orações com súplicas de salvação para os mortos. Todavia, sequer damos conta de atingir nossa autopercepção no agora. No entanto, não cogitamos de que seja pretensão o fato de nos atribuirmos o papel de intercessores da salvação daqueles que já se libertaram da impressão de separação e de autonomia. Todo credo religioso reforça a Imagem Idealizada julgadora e separadora do bem e do mal em nós. Assim ficamos fragmentados e discriminativos com o próximo. Portanto, podemos saber que nossa Imagem Idealizada representa o mal que existe no mundo. Como o mal está dentro de nós, praticamos a verdadeira caridade ao mundo, quando lançamos sobre Ele o nosso olhar consciente, no exato momento em que estiver agindo em nós. Pois, ao notarmos a tendência egocêntrica em nós, imediatamente entendemos se tratar apenas de nossos equívocos infantis. Esses, tão logo forem vistos serão esclarecidos. É esse o sentido da recomendação feita por Jesus de sermos vigilantes. Todo credo religioso afirma ser pecado grave o comportamento julgador e separador. Mas, contraditoriamente, todo credo religioso estimula a idealização de nós mesmos. Todo credo religioso estimula o Inimigo Julgador e Separador em nós, fragmentando-nos e nos tornando discriminativos com o próximo. Fazendo-nos cada vez mais temerosos de um encontro fatal com Aquele que nos leva a acreditar que tenha o poder de nos enviar ao céu paradisíaco ou ao fogo eterno do inferno. O resultado em nossa vida é nefasto. Esperamos por uma clemência como resultado de nossas súplicas e orações, mas não podemos ter certeza. Assim tememos terrivelmente a condenação post mortem num inferno eterno. É um paradigma criado pelo nosso cérebro, ao tentar nos defender de nossos equívocos infantis. Ele cria nosso ego, o qual, a cada dia é mais reforçado pela religiosidade humana. É como água para peixe, sendo uma espécie de Matrix. Não percebemos que vivemos paralelamente numa realidade que é paradoxal: ao mesmo tempo em que nos promete a salvação, também nos condena sem nos deixar sequer o vislumbre de outra opção, tornando-nos cada vez mais desesperados e loucos. Independente do capitalismo, do socialismo ou do comunismo, desde o princípio da humanidade na Terra, o egocentrismo se mantém no domínio planetário. O programa egocêntrico de separação ficou instalado em nosso “processador” cerebral. Ele dita o nosso jeito de reagir nas diferentes situações consuetudinárias. Desde as mais antigas civilizações, o mundo se estrutura, de acordo com o poder financeiro, num formato estratificado piramidal: a quase totalidade humana se situa na imensa base, subjugada pela minoria situada no ápice. Entretanto, cada setor inserido nesse paradigma não se percebe fazendo parte de um Sistema Controlador e Escravizador da Humanidade. Se o Sistema Dominante fosse adequado e tudo o que foi dito aqui fosse mero equívoco, o mundo já o teria provado: não haveria tantos crimes hediondos estampados nos noticiários, no cinema, na literatura. As lideranças planetárias favorecem as religiões, enquanto essas garantem o "status quo": a quase totalidade da massa humana ocupa a gigantesca base da estrutura piramidal e na cúpula do poder uma seleta minoria como um “Buraco Negro” exige lucros e produção cada vez maiores, levando nosso planeta rumo à destruição. Não percebemos, mas somos dominados pela mídia que, por sua vez, serve ao Sistema Egocêntrico situado no comando financeiro do mundo. Desenfreadamente, ficamos submetidos à incitação ao consumismo até às últimas consequências. Ao mesmo tempo, contraditoriamente, também ficamos submetidos à incitação religiosa: o paradoxo corrobora nosso julgamento separador do bem e do mal em nós e à nossa volta, deixando-nos cada vez mais separados, enfraquecidos, vulneráveis e facilmente subjugáveis. Assim, a imensa massa populacional humana é mantida separada e desconhecedora do poder advindo da nossa união. Portanto, por enquanto, persiste bloqueado o nosso acesso à Nova Era da Humanidade, cujo esplendor magnífico ainda não podemos sequer imaginar. O filme "10.000 Anos A.C." ilustra de forma emocionante a condição humana que vigora no mundo, desde tempos remotos. Não importa a especificidade da crendice vigente nas diferentes localidades, por todas as eras humanas na Terra: todas levam à facilitação do domínio do homem pelo homem. Está bem esclarecida e fundamentada a igualmente importante participação de cada parte na manutenção do Império Dominante Mundial. Em todo o mundo, a fome e a miséria são infladas pela corrupção governamental, mas são partes fundamentais da engrenagem do Sistema Dominante Mundial. A fome e a miséria nos oferecem a possibilidade de nos empossarmos no papel de salvadores dos desvalidos, oferecendo momentâneo alívio para o nosso contumaz sofrimento egocêntrico de suspeita de menos valia e de risco de aniquilação. Ao mesmo tempo, também nos mantêm pacificados da crescente tensão resultante do nosso contínuo e cada vez mais acelerado giro egocêntrico, ao confirmar a bondade selecionada pela nossa “Imagem Idealizada”. Também é reconfortante e nos ajuda a reclamar menos das incompetências e corrupções governamentais por confirmar a nossa posição dominante. Continuamos infelizes, repetindo continuamente a mesma reatividade egocêntrica, mas como num “comercial de margarina”, continuamos usando direitinho a nossa “Máscara Idealizada”, sempre simpática e solícita. Esta atitude é reforçada pelos conselheiros religiosos, sempre bem dedicados em nos alertar para olharmos à nossa volta para vermos que há muitas pessoas em situações bem piores do que nós! Assim entendemos porque não há interesse real de se resolver de forma decisiva a situação da fome e da miséria que assola o mundo. Afinal, interessa ao Sistema Dominante Mundial manter o status quo. Se fosse um objetivo, o fim da fome e da miséria do mundo já teria acontecido: a logística para fazê-lo requer menos recursos do que aqueles que são dispensados em explorações espaciais ou em explorações arqueológicas. O regime escravocrata mundial é dissimulado por vários artifícios, para que possa ser visto por nós como nosso beneficente. Ele continuará a agir em todas as áreas do domínio humano, enquanto não nos autoconhecermos. Somente então daremos o primeiro passo além do circuito egocêntrico humano e acessaremos uma Nova Era na Terra. Ajudamos verdadeiramente ao mundo ao buscarmos nos situar no estado de unificação a Tudo-que-é, esvaziando-nos de desejos e de medos. Esvaziando-nos até mesmo do desejo de ajudar ao próximo, por nos sabermos um com Deus e com o próximo. Portanto, em estado vazio, situamo-nos além dos medos e dos desejos: paraíso. É assim que também levamos para lá aqueles à nossa volta, incluindo aqueles a quem gostaríamos de ajudar. Ou seja, ajudamos quando nos esvaziamos do desejo de ajudar, por confiarmos em nosso estado de unificação a Tudo-que-é. Mas enquanto estivermos nos esforçando para forçar um pensamento positivo na direção do outro, imaginando a chama violeta e as vibrações de amor e de proteção naquela direção, estaremos mergulhados em tentativas de controle dos rumos do mundo: ego e estado separado. Com nossos egos devidamente equilibrados, conseguiremos dissipar com o nosso olhar consciente a nossa Imagem Idealizada e, assim nos desbloquearemos e perceberemos o Elo Vital que nos une, além das nossas histórias de vida. O equilíbrio nos permitirá transcender além da personalidade que nos julgamos ser. Então perceberemos a nossa realidade mais abrangente e, enxergaremos a falsidade que é a Imagem Idealizada. Entretanto, temos que nos manter em estado alerta, pois continuaremos buscando a dominação dos nossos adjacentes, através da sedução de nos mostrarmos como vítimas, ou como salvadores. Afinal, quem julgaria desfavoravelmente alguém que nos salvasse de qualquer dificuldade? E quem julgaria desfavoravelmente alguém que estivesse sendo vitimado por um presumido tirano? Segue-se, abaixo, uma historinha do Zen Budismo: Um monge se imaginava tendo com seu mestre, o seguinte diálogo: -“Mestre!” E respondia para si mesmo: -“Sim?” E ele mesmo continuava: -“Fique atento!” E respondia: - “Sim, Mestre!” E completava: -“E, além disso, não se deixe iludir pelos outros!” E afirmava para si: -“Sim, sim, meu Mestre!”
Posted on: Mon, 24 Jun 2013 22:24:21 +0000

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