Capítulo 28 RECEITUÁRIO MEDIÚNICO Até que fosse publicado - TopicsExpress



          

Capítulo 28 RECEITUÁRIO MEDIÚNICO Até que fosse publicado «Nos Domínios da Mediunidade», a pergunta era feita quase que de modo geral: — Qual o mecanismo do receituário mediúnico? Noutras palavras: Como é possível atender, no receituário, um doente situado a milhares de léguas, no mesmo instante e no meio de um monte de quatrocentas ou quinhentas consultas, colocadas diante de uma médium e por ele vertiginosamente atendidas? Embora os conhecimentos doutrinários dessem aos mais estudiosos uma ideia de como se processa o atendimento dos enfermos, a distância, o aparecimento do maravilhoso livro de André Luiz veio esclarecer, de modo definitivo e com absoluta clareza, o mecanismo do receituário. Sabe-se que, em casos isolados, pode o Espírito visitar, rapidamente, o doente e indicar, no mesmo instante, o medicamento. Nos casos, entretanto, de receituário em massa, o serviço é alguma coisa de notável e sublime. Exige a cooperação de várias entidades. Há um entrosamento de atividades. Uma como que comunicação teledinâmica entre os diversos colaboradores. Enfim, uma harmonização de providências tão perfeita, simples e rápida, para não dizer momentânea, que, á maneira dos modernos aparelhos de televisão, o enfermo é atendido no mesmo instante. Desde que surgiu a chamada «Coleção André Luiz», positivou-se a certeza de que cidades, bairros e ruas estão submetidos a um serviço de controle espiritual invejável. Determinado Espírito, dotado de ponderáveis recursos psíquicos, controla um setor e por ele é responsável. Esse Espírito, com a sua larga visão, domina o setor que lhe está confiado. Pode informar, a qualquer instante, através do conhecimento direto ou da captação de imagens, acontecimentos ali verificados. Como vemos, muita ordem, disciplina e trabalho. Ser-nos-á lícito duvidar dessa «ordem divina», quando as próprias instituições humanas primam pela organização e pela disciplina, como se verifica em tantos estabelecimentos respeitáveis!.. Pois bem, tais Espíritos são incumbidos de, atendendo às notificações oriundas do grupo onde o receituário está sendo extraído, dar informes sobre as enfermidades, fazendo, inclusive, que a imagem perispiritual do doente, por ele captada, se projete num espelho fluídico situado junto ao médium receitista. Essa imagem apresentará, com todas as minúcias, o estado orgânico ou psíquico do consulente, e é através dela que a entidade receitista indica os medicamentos, após identificar-lhe as anomalias físicas ou os problemas morais. Isso é muito lógico, simples e intuitivo. Vejamos o esclarecimento do Assistente Áulus: «Pelo exame do perispírito, alinham-se avisos e conclusões. Muitas vezes, é imprescindível analisar certos casos que nos são apresentados, de modo meticuloso; todavia, recolhendo apelos em massa, mobilizamos meios de atender, a distância. Para isso, trabalhadores das nossas linhas de atividade são distribuídos por diversas regiões, onde captam as imagens de acordo com os pedidos que nos são endereçados, sintonizando as emissões com o aparelho receptor à nossa vista. A televisão, que começa a estender-se no mundo, pode oferecer uma ideia imediata de semelhante serviço, salientando-se que entre nós essas transmissões são muito mais simples, exatas e instantâneas . É muito frequente colocar-se o nome de uma pessoa que não está afetada de qualquer doença orgânica e, no mesmo instante, o médium consignar, vertiginosamente: «Buscaremos cooperar em seu favor com os nossos recursos espirituais, através de passes. Jesus nos abençoe. Em alguns casos, as palavras finais são de encorajamento: «Confiemos em Jesus . Outras vezes, de consolidação do bom ânimo: «Nosso amigo continua sob o amparo de benfeitores da Espiritualidade. Informando-se, posteriormente, da situação da pessoa cujo nome, desconhecido do médium, fora incluído no receituário, entre centenas de outras consultas, saber-se-á que está às voltas com problemas de ordem moral, abatida, desanimada ou mesmo atravessando uma fase de provações acerbas. Remédios, nem uma gota. E para que, se o mal era todo anímico, isto é, psíquico? Em casos de pessoas viciadas, no jogo ou no álcool, é comum, igualmente, a não indicação de remédios. O habitual é: “Buscaremos cooperar em seu favor, etc. etc.” Nos casos de doença orgânica, o medicamento vem e perfeitamente aplicável à enfermidade. Se o consulente sofre do fígado, lá vem um extrato hepático. Se está esgotado, um bom reconstituinte. Se anda às voltas com uma eczematose exsudativa, lá vem o conselho: «O uso do pó tal pode ser experimentado (aplicações externas).» E assim por diante... Nos centros onde o receituário é volumoso, é numerosa a equipe de médicos desencarnados, receitando um de cada vez, enquanto os demais aguardam, atentos, a sua vez. Através de um sistema de comunicações que funciona, indubitavelmente, na base do magnetismo, por meio de vibrações, as entidades responsáveis pelos diversos setores recebem a notificação da consulta, entram em relação como o consulente, captam a sua imagem perispiritual e a retransmitem para o local dos trabalhos, projetando-se ela no espelho fluídico, onde, numa fração de minuto, é examinada pelos companheiros espirituais ali presentes. O desenho que ilustra este capítulo dá uma ideia de como se processam as notificações e a projeção das imagens perispiríticas, que, com outros pormenores não especificados pelos Espíritos, mas que devem existir, constituem, em tese, o mecanismo do receituário mediúnico. O fato de ser o receituário feito com o exame da imagem, presente, do perispírito do consulente, explicará possíveis casos, suscetíveis de ocorrer, em que uma pessoa possa ser medicada mesmo que o seu falecimento já se tenha verificado. De que forma? hão de perguntar, sem dúvida. É que, em muitos casos, embora desencarnado, o Espírito permanece no ambiente familiar, especialmente no quarto e na cama onde experimentou as dores da enfermidade, na ilusão de que ainda vive. Essa permanência — ponto absolutamente pacífico em Doutrina Espírita — pode ser de horas, dias, semanas, meses e até anos inteiros, segundo o maior ou menor apego do morto aos familiares, ao lar ou às próprias sensações físicas, das quais não consegue libertar-se de pronto. Estando o seu perispírito ainda presente na casa, a sua imagem poderá ser captada e projetada no espelho fluídico situado junto ao médium. Daí ser possível, raramente, aliás, a indicação de medicamentos, mesmo que já tenha desencarnado a pessoa objeto da consulta. No receituário feito em massa, isso pode ocorrer algumas vezes. Os leigos estranharão e os estudiosos acharão a coisa muito simples e absolutamente natural. É por isso que o Discípulo Amado aconselha carinhoso: “Um novo mandamento vos dou: instrui-vos.» Sobre o assunto, vejamos a explicação do Assistente Áulus: “Muita vez, a longa distância, a criatura em sofrimento é mostrada aos que se propõem socorrê-la e os samaritanos da fraternidade, em virtude do número habitualmente enorme dos aflitos, com a obrigação de ajudar, não podem, de momento, ajuizar se estão recebendo informes acerca de um encarnado ou de um desencarnado, mormente quando não se acham laureados por vastíssima experiência. Em certas situações, os necessitados exigem auxílio intensivo em pequenina fração de minuto. Assim sendo, qualquer equívoco desse jaez é perfeitamente admissível.” As elucidações do Assistente, as palavras do presente capítulo e o gráfico com que as ilustramos, aclaram a maneira pela qual se verifica o receituário nos centros e nos grupos do Espiritismo Cristão, onde a mensagem consoladora e o medicamento oportuno exprimem o sublime devotamento desses Benfeitores que, em nome de Jesus-Cristo, amparam as fraquezas humanas e distribuem remédio para os corpos enfermos. Abençoada, pois, mil vezes abençoada seja a Doutrina Espírita que tem sido, é e será sempre valioso manancial de paz e esclarecimento, dando de graça o que de graça recebem os seus adeptos. Encerramos esse capítulo, lembrando-nos, comovidos, das palavras de um grande médico brasileiro: “Ai dos pobres do Rio de Janeiro se não fossem os espíritas.” Do livro ESTUDANDO A MEDIUNIDADE, de Martins Peralva.
Posted on: Fri, 09 Aug 2013 12:13:14 +0000

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