Capítulo 7 Ao abrir meus olhos me deparei com um lugar muito - TopicsExpress



          

Capítulo 7 Ao abrir meus olhos me deparei com um lugar muito estranho, assustador até, eu queria sair dali, mas não tinha a mínima ideia de como, na verdade eu não sabia nem como havia chegado ali. Sai andando de um lado para o outro e der repente o avistei, ele estava sentado na relva de costas pra mim, com a cabeça baixa, me aproximei com cautela, mas logo me arrependi. Em seus braços jazia morto um pequeno animal, e Jon o estava drenando, ele parecia uma fera, um demônio. Eu queria gritar, correr ou qualquer coisa parecida, mas não conseguia, meus pés estavam presos no chão. –Entende agora porque não posso te amar? Eu sou um monstro, não tenho coração nem alma, apenas uma sede insaciável por sangue. Aquelas palavras ecoavam por minha mente, e nesse momento tive certeza de que aquilo era um pesadelo. Acordei em minha cama, já de pijama. Eu me lembrava da rejeição, da dor, da minha corrida ate ali, me lembrava de ver as garotas me olhando assustadas e depois disso nada. Busquei por companhia no quarto e vi Jully enrolada na poltrona a meu lado. Levantei devagar tentando me situar e esse movimento a despertou. –Ally, graças aos céus você acordou. Eu e a Janny estávamos apavoradas, estávamos ate pensando em chamar a enfermeira pra dar uma olhada em você. O que houve depois que te ligamos? –Olha eu estou bem, acontece que meu encontro não saiu como eu esperava e eu me senti frustrada, mas não se preocupe, isso não voltara a se repetir. Obrigada por não terem me dedurado. –Não precisa agradecer, amigas são pra essas coisas! Vasculhei o quarto a procura de algo que me orientasse do horário, mas não achei, pela penumbra que estava o lado de fora deduzi que ainda fosse madrugada. –Cadê a Janny? –A Megan ligou aqui pra pergunta de uma caixa que a Janny tinha pegado e ela foi La pra devolver. –A ta, vocês não contaram nada da minha aventura noturna pra elas não é? –Claro que não, agora volte a dormir. Deitei, mas a imagem de meu pesadelo ainda estava em minha mente. Balancei a cabeça tentando espanta-las mas não funcionou. Levantei irritada e cutuquei Jully –Você se importaria em dividir a cama comigo? Eu não quero ficar sozinha... –Claro que não, vem Ca! Assim que deitei ao lado dela ela me perguntou –Você não quer mesmo falar sobre o que houve? –não, eu não quero! Depois disso ficamos em silencio. Eu não sei em que hora eu dormi, só sei que acordei com Janny puxando nossas cobertas. –Ei, dorminhocas, hora de levantar, já são 09:00 andem... Resmunguei um pouco, pois ainda estava sonolenta, estranhamente não me lembrava de ter tido sonhos ou pesadelos na 2ª etapa de meu sono... A contragosto me levantei, tomei um banho e sai pra encarar dois rostos iguais me olhando. Jully foi a primeira a falar. –O que tem a nos dizer? –Em primeiro lugar bom dia! E em segundo obrigada, vocês são de mais, vocês sempre cuidando de mim como se eu fosse da família, meus agradecimentos de coração! Janny me olhou emocionada e me respondeu: –Nos te amamos e sim você é um membro crucial de nossa família, por isso não aguentamos ver você sofrendo! Idiota nenhum merece as lagrimas que você derramou! Promete que não vai mais deixar que esses panacas te magoem? –Sim, eu prometo que vou tentar, é que me senti frustrada, mas já passou! O restante da tarde passou depressa, nos encontramos com nosso grupo de estudo pra averiguar um trabalho que deveríamos entregar na terça, conversamos muito e graças aos céus tanto Jully quanto Janny mantiveram minha noite em sigilo. A semana foi passando, e meu sonho se repetia em todas as noites, eu em um lugar escuro e sombrio, ele esta de costas pra mim, me aproximo e vejo o sangue por toda parte. Na noite de 6ª fui dormir decidida a mudar aquele sonho, eu tinha plena consciência de que aquilo não era normal, havia algo que estava me escapando, eu só não conseguia saber o que era. Deitei-me e assim que fechei meus olhos à imagem dos sonhos me invadiu. Caminhei na direção dele e antes que ele começasse sua ladainha eu o interrompi: –Eu sei o que você vai dizer, que você não pode amar pois é um monstro etc e tal. Chega, já me cansei disso. Ele me olhava de um jeito diferente, acredito que com admiração, mas eu continuei a falar –Você aparece todas as noites e me diz a mesma coisa, por quê? –Você tem que entender o quanto sou perigoso. Mas mesmo assim preciso te ver, e esse é o local mais seguro... –Você disse que não podia... –E realmente não posso, mas assim eu não te coloco em perigo... Fui o mais direta possível quando voltei a falar, aquela angustia já estava me matando. –Você é rápido, sua pele é pálida e fria, você entra em minha mente e fala como se não fosse um ser humano.O que você é? – Sou alguém que você deveria temer. Perguntei mais uma vez –O QUE É VOCÊ? –Eu não posso te dizer, isso te assustaria e eu não suportaria te ver sofrer. –Eu acho que nada mais pode me assustar, e se não sabe, o seu silencio me dói mais do que qualquer coisa... Ele parou e avaliou o que eu havia acabado de falar, esperei pacientemente até que ele pareceu ter decidido... –Façamos assim, amanha a noite vai ter uma festa, pense bem se realmente quer saber mais sobre mim, se a resposta for sim vá à festa, lá você saberá o que fazer, coso for não eu jamais voltarei a te atormentar, vou sumir de vez da sua vida, você nunca mais me verá ou ouvira falar de mim, por mais doloroso que possa ser pra mim. Com essas palavras ele sumiu e eu adentrei sozinha na escuridão. ************ Acordei sábado disposta a encontra-lo, pesquisei entre as turmas e logo descobri que aquela noite realmente teria uma festa. Fui falar com as garotas. Soltei em poucas palavras demonstrando uma animação maior do que o desejado... –Meninas, já estão sabendo da festa que vai rola hoje? To louca pra ir, o que me dizem? Todas me olharam assustadas, mas fingi não notar e continuei falando... –O bom é que não precisamos sair escondido, parece que é em comemoração a dois novos supervisores que chegaram, e ai? Ruby foi logo acusando: –Diga já quem é você e o que fez com nossa amiga... Olhei seria pra ela antes de cair na gargalhada, recuperei um pouco de meu autocontrole e respondi: –Será que realmente não tenho direito a estar disposta a ir a uma festa sem que vocês me olhem como se eu estivesse louca? Eu sou jovem e quero curtir, tanto quanto vocês. Mesmo sem acreditar em minhas palavras todas concordaram, afinal festa era sinônimo de garotos tanto pra Megan quanto para Ruby. Já para as gemias festa é igual à descontração e divertimento. Fomos para os quartos procurar roupas “adequadas” para a ocasião. Assim que entramos no quarto Jully tratou de bater a porta atrás de si e me sentar na cama, me olhou firmemente antes de dizer. –Eu não sei o que diabos tá acontecendo, mas é bom que eu não te veja chorando outra vez por idiota algum. E se isso acontecer você tem que promete que vai me dizer quem ele é, assim eu poderei dar uma surra bem dada nele por fazer você sofrer. Sorri pra ideia de Jully tentando bater em Jon e respondi: –Hoje vai ser diferente, pode acreditar, e obrigada por cuidar de mim. Janny, que ate então estava no banheiro saiu com dois vestidos na mão: –Gente, qual desses fica melhor em mim? Com isso o papo foi encerrado e tratamos de escolher um Luck perfeito pra nossa noite. Às sete horas nos encontramos no saguão, o fluxo de alunos alvoroçados ali era intenso, e o incrível era que não se viam professores próximos. Megan já estava grudada em Mick, aparentemente os dois já tinham evoluído muito desde a festa. Eu teria que questiona-la quanto a isso assim que voltássemos da festa. Eu, Jully, Janny e Ruby entramos atrás enquanto Mike tomava posição no banco do motorista e Megan se sentava a seu lado. O caminho era curto e logo chegamos à festa. Assim como no saguão, não vi nem sinal de professores, aquilo era realmente estranho, uma festa sem supervisão mas com consentimento dos diretores... Mas tirei isso da minha cabeça assim que um rapaz se aproximou de mim com um papel e perguntou: –Allyce certo? Pediram que eu te entregasse isso... Era um pequeno bilhete, escrito a mão com letras impecáveis. Respirei fundo antes de abrir.
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 20:45:46 +0000

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