Casquel vai a leilão pela terceira vez em Cambará por npdiario | 21/11/2013 às 16h21m - at. 22/11/2013 às 15h36m | 126 visualizações A usina de açúcar e álcool Casquel Agrícola e Industrial S/A, de Cambará, vai a leilão pela terceira vez no exato período de um ano. O leilão está previsto para a próxima terça-feira, dia 26, às 9h30, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Jacarezinho. A primeira tentativa aconteceu no dia 27 de novembro do ano passado, mas o leilão foi suspenso no momento que seria iniciado por determinação do desembargador Paulo Ricardo Pozzolo, do Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba. Depois de longos meses de espera dos ex-funcionários da Casquel, o leilão foi remarcado para o dia 8 de outubro deste ano. Os lotes secundários foram leiloados de acordo com a expectativa, mas para o lote principal houve uma manobra de última hora atribuída a antigos donos da usina, que deram um lance falso. O depósito, que deveria ser efetuado 24 horas depois, não aconteceu. O lance foi dado em uma circunstância misteriosa porque a pessoa nem havia sido inscrita entre os interessados em participar do leilão. Dessa vez, a Justiça tomou algumas providências para evitar novas surpresas. A juíza do Trabalho de Jacarezinho, Sandra Cristina Correia, determinou que os interessados em participar do leilão devem fazer um depósito prévio de R$ 100 mil na conta da Justiça do Trabalho. O valor será devolvido a seus donos logo após o leilão. Segundo a juíza, a medida tem o objetivo de evitar novas manobras para impedir o leilão, que agora só poderá ser cancelado por determinação de instância superior da Justiça do Trabalho. Espero que desta vez nós possamos encontrar pessoas sérias interessadas no arremate porque os trabalhadores estão ansiosos pelo recebimento de seus créditos, disse a juíza. O patrimônio da Casquel em Cambará, que compreende as instalações da usina e uma área de 233 alqueires, vai a leilão pelo lance inicial de R$ 25 milhões. O valor corresponde a apenas 23% do lance mínimo previsto para o dia 27 de novembro do ano passado, que era de R$ 108 milhões. Na época, o patrimônio da usina foi avaliado por peritos da Justiça em R$ 180 milhões. Agora, o valor mínimo é suficiente para saldar apenas as dívidas trabalhistas dos cerca de mil funcionários, estimadas em mais de R$ 20 milhões. O leiloeiro Paulo Nakakogue diz que a Justiça decidiu baixar o valor do lance inicial da usina para resolver o que ele define como caos social. Ele diz que será dado preferência ao arremate do lote completo e com pagamento à vista. Se isto não acontecer, o valor poderá ser parcelado, sendo 40% do pagamento à vista e o restante em até 24 meses. Nakakogue acredita que a usina será arrematada porque, segundo ele, só as terras valem mais de R$ 20 milhões. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Açúcar e Álcool de Jacarezinho e Região, José Ramos Vasconcelos, que foi o primeiro a levantar suspeita sobre o lance falso do leilão em outubro, agora está confiante no sucesso do leilão. Ele só espera que o patrimônio da usina não seja fragmentado em lotes, o que poderia não cobrir as dívidas trabalhistas. por npdiario
Posted on: Mon, 25 Nov 2013 10:38:22 +0000
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