Cineastas europeus fazem protesto contra a inclusão do - TopicsExpress



          

Cineastas europeus fazem protesto contra a inclusão do audiovisual no livre comércio entre os EUA e a Europa. oglobo.globo/cultura/cineastas-europeus-fazem-protesto-8591706# El Pais (Email · Facebook · Twitter) Publicado: 5/06/13 - 7h02 Atualizado: 5/06/13 - 7h02 Crítica. Os diretores Jean-Pierre e Luc Dardenne veem risco ao continente Foto: Divulgação Os diretores Jean-Pierre e Luc Dardenne veem risco ao continente. MADRID - O anúncio feito pela Comissão Europeia de que vai estudar a possibilidade de incluir o setor audiovisual e cinematográfico nas negociações comerciais travadas entre a Europa e os Estados Unidos para a criação de uma zona livre de comércio causou uma celeuma no cinema europeu. Michael Haneke, Pedro Almodóvar, Fernando Trueba, Constantin Costa-Gravas, Thomas Vinterberg, Bertrand Tavernier, os irmãos Dardenne, Paolo Sorrentino, Margarethe von Trotta e muitos outros cineastas assinaram uma carta virtual que pede aos chefes de Estado dos países da comissão que se posicionem de forma contrária a isso e mantenham a política vigente na Europa há vinte anos. A carta, que circula pela internet sob o título “A exceção cultural não é negociável”, já tem mais de 6 mil assinaturas e também conta com o apoio de nomes internacionais como o do brasileiro Walter Salles, do americano David Lynch e da neozelandesa Jane Campion. Os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, que assinam filmes como “Rosetta” (Palma de Ouro em Cannes em 1999), além de apoiar a petição geral, enviaram também um carta pessoal aos chefes de Estado. Nela, dizem-se “intimamente convencidos de que a perda da capacidade dos estados europeus de sustentar e regular o setor audiovisual levará a um empobrecimento do continente”. No texto, os diretores pedem ainda que a “cultura seja excluída das negociações bilaterais”. Na carta que circula pela internet, os assinantes lembram ainda que o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso, em 2005, disse que “em uma escala de valores, a cultura vai antes da economia”. Ele, agora, virou alvo de uma dura crítica: “Não entendemos que marca o senhor Barroso quer deixar na história europeia. Até o momento, infelizmente, predomina a renúncia cultural. Parece até que ele se esqueceu da lição que nos deu há algum tempo — a de que ‘a cultura é a resposta à crise’”. Negociação ainda em curso Em fevereiro deste ano, Bruxelas e Washington anunciaram um “acordo transatlântico de comércio e investimento” para apoiar “a criação de milhões de empregos”. Segundo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, juntos, o grupo daria “forma à maior zona livre de comércio do mundo” e impulsionaria suas respectivas economias “sem gastar um centavo”. No dia 13 de março, a Comissão Europeia cedeu, aceitando a ideia de que nessa zona poderia entrar também a indústria audiovisual. No dia 23 de maio, o Parlamento Europeu apoiou aquele que poderia ser o tratado de livre comércio mais importante do mundo, mas apontou algumas questões na negociação. Entre elas, destacava-se exatamente a situação do setor cultural. A negociação deve prosseguir neste mês e durar até o fim do ano. Leia mais sobre esse assunto em oglobo.globo/cultura/cineastas-europeus-fazem-protesto-8591706#ixzz2VLxQMXOE
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 16:23:51 +0000

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